Brasil: gobernador y ex ministro califican el proceso de impeachment como «golpe» y lanzan movimiento en apoyo a Dilma Rousseff

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Governador Flávio Dino classifica como golpe tentativa de impeachment de Dilma

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, saíram em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa neste domingo no Palácio dos Leões, sede do governo maranhense. Eles classificaram como «golpe» a instauração do processo de impeachment da petista na Câmara dos Deputados e anunciaram o lançamento de página no Facebook «Golpe Nunca Mais», em apoio à presidente.

Dino destacou que a instauração do processo de impedimento de Dilma é «golpe», pois não tem base constitucional. Ele lembrou que as chamadas «pedaladas fiscais» foram cometidas em 2014, no primeiro mandato da presidente e que sequer ainda foram julgadas pelo Congresso Nacional. O governador lembrou ainda que, ao aprovar o PLN (Projeto de Lei do Congresso) que alterou a meta fiscal, os parlamentares deram «prova» de que não querem o impeachment e mostraram que há espaço para diálogo sobre o assunto.

O presidente nacional do PDT, por sua vez, afirmou que o processo de afastamento de Dilma é uma tentativa de rasgar a Constituição de 1988. Para ele, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não tem legitimidade para deflagrar o processo, por ser alvo de investigação por envolvimento nos esquemas de corrupção da Petrobras e por ter contas não declaradas na Suíça. Para Lupi, apesar de o País passar atualmente por uma situação «grave», o «ódio não pode ser maior do que o Brasil».

Já Ciro Gomes avaliou que é preciso «engolir» todos os «abusos» do governo atual, em nome da democracia. Para o ex-ministro, o processo de impeachment tem sido tocado por um «grupo de mafiosos» que estão se utilizando de «protocolos formais» para derrubar a democracia brasileira. O pedetista disse ainda que o «golpe» não tem sido orquestrado apenas pelo PMDB, mas por grupos internacionais de interesses conservadores e reacionários que «cobiçam o petróleo brasileiro».

O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi deflagrado na última quarta-feira pelo presidente da Câmara. No parecer, o peemedebista usa como base para autorizar o processo as «pedaladas fiscais» e a abertura de créditos suplementares em 2015 sem autorização do Congresso, que, segundo ele, ferem a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Nesta segunda-feira, deputados deverão eleger os 65 membros da comissão que dará parecer sobre o processo na Câmara.

R7 Noticias

Flávio Dino e Ciro Gomes lançam movimento Golpe Nunca Mais

O governador do Maranhão, Flávio Dino, e o ex-ministro Ciro Gomes lançaram, neste domingo (6), o Movimento Golpe Nunca Mais. A frente foi lançada no Palácio dos Leões, sede do governo maranhense, em coletiva conduzida por Dino, Ciro e também pelo presidente do PDT, Carlos Lupi.

«Estamos diante de uma situação absurda, uma monstruosidade institucional. Não podemos aceitar passivamente que se rasgue a Constituição. Lutamos muito para conquistar a democracia. Nenhum interesse pode estar acima da democracia», afirmou Flávio Dino. «O direito à oposição é legítimo, mas ele não está acima do País», afirmou.

Flávio Dino criticou a tese das ‘pedaladas em 2015’, e lembrou que o Congresso acaba de aprovar a nova meta fiscal. «Se o próprio Congresso Nacional aprovou a mudança da meta fiscal no exercício financeiro vigente, os decretos deste ano de suplementação orçamentária estão validados», afirmou.

«Há um valor, que está acima de tudo, e que deve ser sempre respeitado: é a própria liberdade», disse Ciro Gomes, que teve sua candidatura presidencial lançada por Lupi. Ciro afirmou ainda que não há nenhuma acusação de ilícito contra a presidente Dilma Rousseff. «É uma senhora honesta, decente, a quem não estão permitindo governar», afirmou.

Jornal do Brasil

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