Brasil: presidente de Diputados delinea estrategia de defensa en juicio para destituirlo del cargo

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante sessão para votação dos destaques do Projeto de Lei da Biodiversidade, PL7735/14, do Executivo (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Cunha usará tática sambarilove na Câmara

Alvejado por uma chuva de dólares falsos no dia de ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já traçou o plano para permanecer à frente do Legislativo; ele tentará provar que não mentiu ao negar suas contas na Suíça; no entanto, reconhecerá o vínculo com os dólares lá depositados, mas sem dizer que as contas são suas – na realidade, elas pertencem a empresas offshore em que ele aparece como beneficiário; Cunha dirá ainda que o dinheiro é lícito e se deve ao pagamento de empréstimos feitos a um deputado morto; na prática, Cunha se comportará como Armando Volta, personagem do ator David Pinheiro na escolinha do professor Raimundo, que imortalizou o bordão sambarilove; será que o Congresso engole essa?

Sempre que não tinha o que responder, o personagem Armando Volta, criado pelo ator David Pinheiro, saía-se com o bordão sambarilove, na Escolinha do Professor Raimundo.

É mais ou menos isso o que fará o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já prepara sua defesa no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, onde será julgado por quebra de decoro parlamentar.

Cunha, acusado pela procuradoria-geral da República de manter diversas contas secretas na Suíça, onde estão bloqueados mais de R$ 20 milhões, recebeu ontem uma chuva de dólares falsos, no salão verde da Câmara dos Deputados.

Segundo informa reportagem de Ranier Bragon (leia aqui), na noite de ontem, ele já traçou o plano para permanecer à frente do Legislativo.

De acordo com a estratégia, Cunha tentará provar que não mentiu ao reconhecer o vínculo com os dólares bloqueados na Suíça, sem, no entanto, dizer que as contas são suas – na realidade, elas pertencem a empresas offshore em que ele aparece como beneficiário.

Cunha dirá ainda que o dinheiro é lícito e se deve ao pagamento de empréstimos feitos a um deputado morto – o ex-parlamentar mineiro Fernando Diniz.

Ou seja, sambarilove. Será que o Congresso engole essa?

Brasil 247

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