Brasil: rechazan amnistía para Bolsonaro y otros implicados en actos golpistas
Miles de personas se movilizaron este domingo en ciudades de Brasil para marchar contra los pedidos de amnistía al expresidente de ultraderecha Jair Bolsonaro (2019-2023) y demás implicados en un intento de golpe de Estado para impedir la juramentación de Luiz Inácio Lula da Silva.
En la Avenida Paulista, Sao Paulo, los manifestantes se congregaron frente al antiguo Departamento de Operaciones de Información-Centro de Operaciones de Defensa Interna (DOI-CODI), donde se ubicó la agencia de inteligencia y represión política brasileña durante la dictadura militar de 1964-85.
NÃO À ANISTIA! Golpistas não passarão!
A Avenida Paulista, em São Paulo, está tomada por milhares de ativistas que seguem fortalecendo a luta pela democracia. Em todo o Brasil, o povo grita por justiça! Vamos juntos nessa luta!#SemAnistia #BolsonaroPreso pic.twitter.com/co6v2GtFF4
— PT Brasil (@ptbrasil) March 30, 2025
De acuerdo con medios locales, la protesta superó en cifra de movilizados a las convocadas por Bolsonaro en fechas previas.
La movilización contra el golpismo fue liderada por los frentes Pueblo sin Miedo y Brasil Popular, que agrupan a diferentes organizaciones, sindicatos, partidos y movimientos populares, entre ellos el Partido de los Trabajadores (PT), el Movimiento de los Trabajadores Sin Tierra (MST), el Movimiento de los Trabajadores Sin Techo (MTST) y la Unión Nacional de Estudiantes (UNE).
La marcha contra la amnistía a Bolsonaro y el resto de los golpistas cierra frente al antiguo centro de detención y tortura DOI CODI. Un homenaje a quienes lucharon contra la dictadura. pic.twitter.com/ie1R5BDUrR
— Nacho Lemus (@LemusteleSUR) March 30, 2025
En Brasilia (capital) los manifestantes rechazaron la amnistía en Eixão, la principal calle de la ciudad. Durante la movilización se intercambió con transeúntes a fin de que más personas rechacen una propuesta de amnistía en favor de los bolsonaristas y que, presión popular mediante, esta no avance en la Cámara de Diputados.
Las protestas no estuvieron desligadas de la condena al golpe militar de 1964, del que se cumplirán 61 años el próximo martes. Así ocurrió en la ciudad de São Luís, estado de Maranhão (noreste), donde movimientos populares, sindicatos y otros colectivos realizaron una feria popular.
Nervios en un bar del barrio Paraíso cuando pasa la manifestación contra la amnistía a los golpistas.
La protesta atraviesa una región tradicional de la élite militar para llegar hasta el antiguo centro de tortura y muerte de la dictadura DOI CODI. pic.twitter.com/sWp2uodtB6
— Nacho Lemus (@LemusteleSUR) March 30, 2025
Días atrás, el Supremo Tribunal Federal (STF) aceptó una denuncia penal de la Procuraduría General de la República (PGR) contra Bolsonaro y siete exmiembros de su Gabinete por intento de golpe de Estado.
En paralelo, el bolsonarismo intenta sacar adelante un pedido de urgencia para que se tramite un proyecto de ley que indultaría a quien haya participado en actos populares a partir del 30 de octubre de 2022, fecha de las elecciones en que Lula, con un 51 por ciento de los votos, venció a Bolsonaro.
Cidades brasileiras têm atos contra anistia a golpistas neste domingo
Por Guilherme Jeronymo e Mariana Tokarnia
Manifestantes se reuniram em várias cidades brasileiras, neste domingo (30), em atos contra a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe do 8 de janeiro. A maior concentração foi em São Paulo, onde os participantes pediram punição aos participantes da depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes em janeiro de 2023 e ao núcleo político da tentativa golpista, a começar pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
As manifestações foram convocadas por entidades sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e União Geral dos Trabalhadores (UGT), e coletivos como a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo, o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em São Paulo, a manifestação começou na Avenida Paulista e seguiu pela Vila Mariana até o prédio do antigo Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), onde eram presos e torturados os adversários da ditadura cívico-militar instaurada em 1964.
O sentido simbólico das manifestações foi o de ressaltar a importância da defesa da democracia e lembrar como a última ditadura impedia as vozes e os atos. Para uma das participantes do ano, Lenir Correia, a anistia dos atos de 8 de janeiro viria como uma carta branca para futuras tentativas de golpe: “É contra a injustiça que estamos aqui. Ele [Bolsonaro] foi uma pessoa que agiu contra o Brasil.”
“Quebraram todo o Congresso, picharam, fizeram o que fizeram. Trata-se de defender tudo que é público, que é nosso”, completou Lenir. Para ela, este tipo de protesto é importante para aumentar o número de pessoas contra a anistia e contra atos deste tipo.
Para o manifestante Sada Shimabuko, discutir anistia agora equivale a se colocar contrário à democracia. Para Rosemeire Amadeu, que também acompanhava a manifestação, com uma anistia é questão de tempo para que surjam novas tentativas de golpe.
Também participante do ato, Emmanuel Nunes disse que é importante dar apoio para que os réus sejam julgados nas vias normais, segundo o processo legal. “Para que não haja um conflito de poderes, pois se o Legislativo vota a anistia geraria uma crise entre poderes muito grande. Então a gente tem que garantir que haja o julgamento, e é importante o recado das ruas”, concluiu.
Rio de Janeiro
Na capital fluminense, o domingo foi de planfletagem e de mobilização para o ato unificado contra a anistia que ocorrerá na terça-feira (1º). Quem passou por pontos da cidade, como a Feira da Glória, na zona central da cidade, pelo Museu da República, pelo Aterro do Flamengo e Praia de Copacabana, na zona sul, por pontos do Grajaú, na zona norte da cidade, encontrou grupos com cartazes, adesivo e panfletos.
“É uma questão que envolve pessoas de direita, pessoas de centro, pessoas de esquerda, pessoas que defendem a democracia. Essa é uma pauta até suprapartidária”, defendeu Sérgio Santana, que faz parte da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e da organização Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia e estava na manhã deste domingo participando da ação em frente ao Museu da República, no bairro do Catete.
O grupo conversava com as pessoas e entregava materiais explicativos, que defendem que os atos orquestrados e até mesmo os planos para envenenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva são criminosos e que aqueles que participaram de alguma forma devem ser punidos.
“Nós estamos aqui contra o golpe. Nós não queremos nem ditadura, nem tortura nunca mais. Esse é o nosso lema”, diz Regina Toscano, que também participou da ação e faz parte do Núcleo Resistência do PT.
Na terça-feira, ocorrerá o ato unificado no Rio de Janeiro. Os manifestantes caminharão do edifício que abrigou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) até a sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
A manifestação lembra também o aniversário do golpe de 1964 (31 de março), com o início da ditadura, e a busca ainda hoje pela preservação da memória, por verdade e por justiça. Segundo Sérgio Santana, o golpe de 1964 e os atos golpistas estão relacionados na medida em que atentam contra o Estado Democrático de Direito.
Vários outros atos foram registrados pelo país, porém com menor participação do que em São Paulo. Em Brasília, a manifestação aconteceu no Eixão Norte, altura das quadras blocos 106 e 107. Belo Horizonte, Fortaleza, São Luís, Belém, Recife e Curitiba foram outras capitais com mobilizações previstas para este domingo.