Brasil condena operaciones militares de Israel en Cisjordania
Brasil condenó las operaciones militares de Israel en Cisjordania, territorio palestino sin salida al mar, y lamentó el desplazamiento forzado de unas 40 mil personas de los campamentos de refugiados de Yenín, Tulkarem y Nur Shams.
En una nota de la Cancillería, el Gobierno «expresa su profunda preocupación por la intensificación de las operaciones militares israelíes en los campos de refugiados de Jenin, Tulkarm y Nur Shams, en el norte de Cisjordania, y condena el reciente uso de tanques y la ocupación militar».
También deplora la remoción forzada de habitantes de esos campos, en violación del derecho internacional y humanitario.
El Ejecutivo del presidente Luiz Inácio Lula da Silva subraya, además, la importancia de que Naciones Unidas pueda mantener sus actividades en los campos de refugiados en beneficio de esa población.
La operación de las Fuerzas Armadas de Israel, en el norte de Cisjordania, se considera la más grande en 20 años, generando decenas de miles de desplazados. En 2005 ocurrió la última invasión con tanques de guerra.
El mensaje oficial recuerda el dictamen consultivo de la Corte Internacional de Justicia, del pasado 19 de julio, que consideró ilícita la presencia israelí en el territorio palestino ocupado.
Brasil condena invasão israelense a campos de refugiados na Cisjordânia
Por Murilo da Silva
O exército israelense iniciou operação militar que expulsou 40 mil palestinos de campos de refugiados em Jenin, Tul Karem e Nur al-Shams, na Cisjordânia. O governo brasileiro emitiu nota, pelo Itamaraty, em tom de preocupação, condenado o “emprego de tanques e a ocupação militar”.
A operação das Forças Armadas de Israel no Norte da Cisjordânia é considerada a maior em 20 anos, gerando dezenas de milhares de deslocados. No ano de 2005 havia acontecido a última invasão ao território palestino por tanques de guerra.
A informação do esvaziamento dos campos com mais de 40 mil pessoas foi feita pelo próprio ministro da Defesa, Israel Katz.
A medida também levanta preocupação quanto aos rumos do cessar-fogo em Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem dificultado a libertação dos prisioneiros palestinos após a divulgação de vídeos de israelenses antes de serem soltos pelo Hamas. A situação somada com a invasão à Cisjordânia, no qual Katz pediu para que os militares preparem “estadia prolongada”, coloca nova fervura no conflito.
Confira abaixo a nota completa do Ministério das Relações Exteriores do Brasil:
Operações militares israelenses em campos de refugiados palestinos
O governo brasileiro expressa forte preocupação com a intensificação, nas últimas semanas, de operações militares israelenses nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, e condena o recente emprego de tanques e a ocupação militar. Nesse contexto, deplora a remoção forçada de cerca de 40 mil moradores daqueles campos, em violação ao direito internacional e ao direito internacional humanitário.
O Brasil sublinha, ademais, a importância de que a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA) possa manter suas atividades nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, em benefício da população refugiada.
Ao recordar o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a presença israelense no território palestino ocupado, o Brasil insta Israel a suspender completamente suas operações militares na Cisjordânia.