Brasil | Lula advierte respuesta recíproca ante posibles aranceles de Trump contra Brasil

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“Habrá reciprocidad”: Lula responde a amenazas arancelarias de Trump

El presidente de Brasil asegura que su país responderá con “reciprocidad” en caso de que EE.UU. decida imponer sanciones contra productos brasileños.

“Es muy simple. Si él grava los productos brasileños, habrá reciprocidad en Brasil a la hora de gravar los productos que son importados de Estados Unidos”, ha puesto de relieve este jueves Luiz Inácio Lula da Silva durante una conferencia de prensa en Brasilia, capital brasileña.

De igual manera, ha instado a Trump a respetar a Brasil porque el magnate estadounidense se eligió para gobernar EE.UU. y él para hacer lo propio con Brasil.

En este contexto, Lula ha recalcado que su prioridad no es mantener una dinámica de confrontación con EE.UU., sino una relación de respeto entre Estados soberanos.

“Trump fue electo para gobernar en EE.UU. y le mandé una carta para desearle que tuviera una buena gobernanza. Yo fui electo en Brasil, [así que] quiero respetar a los EE.UU. y quiero que Trump respete a Brasil”, ha recalcado.

Tras subrayar que busca “mejorar esa relación” para importar y exportar más, Lula ha aseverado que “no me preocupo si va a pelear por Groenlandia, el Golfo de México o Panamá, lo que tiene que hacer es respetar la soberanía de otros países”.

El presidente brasileño ha lanzado estas declaraciones después de que Trump acusara a Brasil, junto a otros países como China y La India, de “querer perjudicar la economía de Estados Unidos”.

“Vamos a imponer aranceles a países que realmente quieren perjudicarnos. Quieren perjudicarnos, aunque básicamente quieren hacer el bien a su país. Mira lo que hacen los demás: China es un tremendo creador de aranceles, India, Brasil y tantos otros países…”, destacó Trump.

En las últimas semanas, Trump ha amenazado a muchos países con aumentar aranceles e imponer sanciones contra países que no sigan las órdenes de Washington, como el caso de Canadá y Colombia.

Hispan TV


Lula diz que Brasil vai reagir contra taxações de Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta sexta-feira (dia 14), que o Brasil vai aplicar o princípio da reciprocidade caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpra com a promessa de elevar as tarifas de importação do país.

“Eu ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar a Organização [Mundial] do Comércio [OMC] ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse em entrevista para a Rádio Clube do Pará, em Belém (PA).

E o presidente reforçou:

“Sinceramente, não vejo nenhuma razão para o Brasil procurar contencioso com quem não precisa. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade. Não tem dúvida, haverá reciprocidade do Brasil em qualquer atitude que tiver contra o Brasil”.

Presidente americano

Trump vem prometendo aplicar tarifas abrangentes a diversos países com superávit comercial com os Estados Unidos, como a China, e até a parceiros mais próximos como México e Canadá . Ele também anunciou uma taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, cancelando isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, entre eles o Brasil.

Lula lembrou, entretanto, que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil, ou seja, vendem mais bens e serviços do que compram. “A relação do Brasil com o Estados Unidos é uma relação muito igualitária. Ou seja, eles importam de nós US$ 40 bilhões, nós importamos dele US$ 45 bilhões”, disse.

“Então, nós não queremos atrito com ninguém. O Brasil não tem contencioso internacional, nós queremos paz e tranquilidade. Olha, se o Trump tiver esse comportamento com o Brasil, eu terei esse comportamento com os Estados Unidos”, reafirmou.

Relacionamento

Nesta quinta-feira (dia 13), Trump ainda anunciou a aplicação de tarifas de reciprocidade contra qualquer país que imponha impostos contra as importações norte-americanas, sendo a mais recente ofensiva tarifária contra aliados e inimigos do país. De acordo com a Casa Branca, as tarifas podem começar a ser impostas em semanas, enquanto a equipe comercial e econômica do governo estuda tarifas bilaterais e relações comerciais. O governo norte-americano vai analisar país a país e esses estudos devem ser concluídos até o dia 1º de abril.

Diante disso, membros da equipe econômica do governo defendem cautela diante dos anúncios do presidente dos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil não precisa temer as medidas, também citando a balança comercial superavitária para os norte-americanos. Haddad afirmou que o governo brasileiro não irá se manifestar «a qualquer sinalização», vai aguardar para ver o «que é concreto, efetivo» e avaliar «como vai terminar essa história».

Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil não representa um “problema comercial” para os Estados Unidos. Ele ressaltou que dos dez produtos mais exportados pelo Brasil aos Estados Unidos, apenas quatro não são taxados pela alfândega estadunidense, nos demais são impostas tarifas. Já nos dez produtos mais importados pelo Brasil vindos dos EUA, oito entram totalmente livres de tarifas.

Relações diplomáticas

Ainda na entrevista à Rádio Clube do Pará, nesta sexta-feira, Lula também lembrou que Brasil e Estados Unidos completam 200 anos de relações diplomáticas em 2025, mas disse que ainda não conversou com o presidente norte-americano depois que ele assumiu o cargo em janeiro.

“Não tem relacionamento. Eu ainda não conversei com ele, ele ainda não conversou comigo. O relacionamento é entre Estado brasileiro e Estado americano. O Brasil considera os Estados Unidos um país extremamente importante para relação com o Brasil e eu espero que os Estados Unidos reconheça o Brasil como um país muito importante”, destacou.

Globo

 

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