La Policía detiene a acusado de liderar ataque contra asentamiento del MST que dejó dos fallecidos y seis heridos
Capturan al acusado de liderar ataque contra asentamiento del MST en São Paulo, Brasil
La policía arrestó al hombre acusado de liderar el ataque contra el asentamiento Olha Benario, del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST), en Tremembé (interior de São Paulo), que dejó tres muertos y seis heridos la noche del pasado viernes, así lo informa el diario Brasil de Fato.
De acuerdo con las declaraciones del delegado seccional de Taubaté, Marcos Ricardo Parra, el detenido tiene 41 años de edad y confesó el crimen. Asimismo, indicó dónde se encuentran el resto de las personas implicadas en la agresión.
Las seis víctimas hospitalizadas y testigos del ataque identificaron al hombre. En tanto, Ricardo Parra aseguró que trabajan bajo la condición de certeza de su participación. Aunque aún se desconocen las causas del crimen, la evidencia recopilada refiere una posible relación con la disputa sobre un terreno en el asentamiento.
La policía civil detuvo este sábado a un hombre acusado de haber participado en el atentado contra el Asentamiento Olha Benario, del @MST_Oficial, en el interior de Sao Paulo.
Son tres las víctimas fatales.
Tres campesinos sin tierra. https://t.co/a6YeOzVF3z— Nacho Lemus (@LemusteleSUR) January 11, 2025
“La motivación fue el problema interno de la gente del propio asentamiento, entre ellos, es decir, sin ninguna connotación de invasión o protección de la tierra. Era una exigencia de posición en relación al permiso para negociar el terreno o no. Hasta ahora no hemos podido entender si era el adquirente o el intermediario. En cualquier caso, él estaba ahí para cambiar el pensamiento de los demás”, explicó Parra.
El ministro de Desarrollo Agrario y Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, denunció el incidente ante el secretario de Seguridad Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, y pidió acción y castigo para los criminales. Asimismo, afirmó haber contactado al director general de la Policía Federal.
O assassinato de dois líderes e o ataque a mais cinco militantes do MST em Tremembé devem servir de alerta contra o discurso de ódio, o uso de armas e a criminalização da reforma agrária que os discursos da extrema direita tem difundido.
— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) January 12, 2025
Los residentes del asentamiento Olga Benario reportaron que, alrededor de las 11 de la noche del pasado viernes, delincuentes invadieron el lugar con automóviles y bicicletas, y dispararon contra sus habitantes. Esto provocó la muerte instantánea de Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 años, y Valdir do Nascimento, de 52 años. Mientras que Denis Carvalho, de 29 años, fue trasladado al hospital con una herida de bala en la cabeza y puesto en coma inducido médicamente, pero no sobrevivió.
Los seis lesionados se trasladaron al Hospital Regional de Taubaté. Luego de retirarles los proyectiles, la dirección del MST, confirma que se encuentran fuera de peligro.
Justiça determina prisão de segundo suspeito de ataque a assentamento do MST em SP
A Justiça de São Paulo decretou, nesta segunda-feira (13), a prisão temporária do segundo suspeito de atacar o assentamento Olga Benário do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em Tremembé, na região do Vale do Paraíba, no interior do estado. Ítalo Rodrigues da Silva, no entanto, é considerado foragido.
O ataque matou duas pessoas e deixou outras seis feridas, uma em estado grave. Três homens e três mulheres foram levados para o Hospital Regional de Taubaté e o Pronto-Socorro de Tremembé, sendo que uma já foi liberada ainda no sábado (11).
No sábado (11), a polícia prendeu Antonio Martins Filho, conhecido como Nero do Piseiro, que é apontado como o mentor intelectual do crime. O delegado seccional de Taubaté, Marcos Ricardo Parra, afirmou que ele confessou o crime. “Não só confessou, como ele está indicando onde podem ser encontradas as demais pessoas [que participaram do ataque]”, disse em coletiva de imprensa.
Nero do Piseiro foi identificado por vítimas que estão hospitalizadas e por testemunhas que presenciaram o ataque. “A gente trabalha na condição de certeza da participação dele”, afirmou o delegado Marcos Ricardo Parra. O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma.
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, a motivação para o crime teria sido um desentendimento sobre a negociação de um dos lotes do assentamento, onde 200 pessoas vivem legalmente. A linha de investigação está a cargo da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) do município, que descartou motivação ideológica.
“Com o assentamento fechado que é, eles têm ali um entendimento de existir concordância para a admissão de pessoas novas no local. Até onde a gente apurou, essa concordância não teria acontecido nessa comercialização do terreno”, contou o delegado.
“O homem e seu grupo estariam lá para, num primeiro momento, intimidar, mas como não intimidou e aconteceu, na verdade, uma repulsa da presença deles lá, a gente tem o nascimento de um confronto envolvendo arma branca e arma de fogo e levou a gente para esse resultado trágico de várias mortes e várias pessoas lesionadas”, disse.
Segundo o MST, o assentamento foi atacado por 10 homens, utilizando cinco carros e duas motos, por volta das 23h da sexta-feira (10). Em nota, o movimento disse que «o Assentamento Olga Benário enfrenta uma intensa disputa com a especulação imobiliária voltada para o turismo de lazer, devido à sua localização estratégica na região do Vale do Paraíba. Há anos, as famílias assentadas vêm sofrendo ameaças e coerções constantes”. Também afirmou que «diversas denúncias feitas aos órgãos estaduais e federais», mas que não resultaram em uma resposta efetiva do poder público.
Velório
As vítimas Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, 52 anos, foram veladas no sábado, na presença de amigos, familiares, lideranças do MST, políticos e ministros do governo Lula (PT).
No local, a ministra Macaé Evaristo, do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania, afirmou que o governo federal dará atenção aos assentamentos do MST em São Paulo, o que vem sendo cobrado publicamente por dirigentes do movimento.
“Seguimos na luta porque a gente sabe que, em São Paulo, precisamos dar uma atenção muito especial, porque os nossos movimentos estão sob linha de fogo e linha de tiro. E o nosso povo não pode perecer por força dos algozes que são aqueles que acham que são donos das riquezas do nosso país”, disse a ministra em Tremembé.
O ministro Paulo Teixeira, por sua vez, reiterou que aguarda o esclarecimento do crime. “O que a gente espera é que a polícia esclareça a autoria desse crime e o verdadeiro mandante desse crime, e que possa dar segurança a esses assentados que querem tocar a sua vida, querem produzir alimentos. Eles estavam dentro do assentamento, não estavam perturbando ninguém. Eles foram defender o lote”, disse.