Brasil | Ex asesor de Bolsonaro Mauro Cid reveló que el hijo y la esposa del expresidente instigaron el intento de golpe de 2022
Señalan a hijo de Bolsonaro como instigador de golpe en Brasil
El testimonio de Cid en colaboración premiada, citada por el diario Folha de Sao Paulo, apunta también que Michelle Bolsonaro, esposa del exmandatario, formaba parte del ala más radical del grupo que, a finales de 2022, amparaba el complot golpista.
De acuerdo con la transcripción obtenida, el alto oficial refirió que Michelle y Eduardo mantenían frecuentes conversaciones con el exgobernante, «instigándolo a dar un golpe de Estado».
É muito grave saber que Michele e Eduardo Bolsonaro estavam entre os maiores defensores do golpe armado contra a posse de Lula, de acordo com a primeira delação de Mauro Cid, publicada hoje pelo jornalista Elio Gaspari. Eram e ainda são as pessoas mais próximas do inelegível e…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 26, 2025
La confesión detalla que ambos aseveraban que Bolsonaro tenía el apoyo popular y de los coleccionistas, tiradores deportivos y cazadores (CAC) para concretar la ruptura institucional.
Tal denuncia de Cid ya había sido parcialmente revelada por el portal UOL en noviembre de 2023.
Según el sitio Brasil 247, pese a las graves acusaciones, el informe final de la investigación de la Policía Federal (PF), concluido el 21 de noviembre, no incluyó a Michelle ni a Eduardo entre los 40 acusados.
El nombre de la ex primera dama ni siquiera se menciona en el documento, mientras que el parlamentario aparece solo como contacto en el celular de un inquirido.
Ahora el caso está bajo análisis de la Fiscalía General de la República que decidirá si se ofrecerá denuncia al Supremo Tribunal Federal, pedirá más indagaciones o archivará las acusaciones.
Cuando salieron a la luz los detalles de la confidencia de Cid, los dos implicados negaron categóricamente cualquier participación en acciones de componenda violenta.
La defensa de la ex primera dama calificó las acusaciones de «absurdas y sin ningún amparo en la verdad», reforzando que «Bolsonaro o sus familiares nunca estuvieron conectados a movimientos que proyectaran la ruptura institucional del país».
El congresista, por su parte, describió las alegaciones como ensoñación y fantasía.
Brasil 247 asegura que la ausencia de ambos en el informe de la PF no impidió que la delación generara impacto en el escenario político, especialmente considerando que Michelle y Eduardo son señalados como posibles candidatos a la presidencia en 2026.
El expresidente Bolsonaro, declarado inelegible hasta 2030, ve a los dos como posibles sucesores para liderar el campo político de derecha que representa.
Delação de Cid aponta Michelle e Eduardo Bolsonaro em ala “mais radical” do ato golpista
Por Amabile Back
O tenente-coronel Mauro Cid disse em seu primeiro depoimento na colaboração premiada que a ala “mais radical” do grupo que defendia um golpe de Estado no Brasil no final de 2022 incluía a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Michelle e Eduardo, no entanto, não foram indiciados no relatório da PF, concluído mais de um ano após depoimento inicial do militar. As informações foram divulgadas pela coluna do jornalista Elio Gaspari, do jornal “O Globo”.
Segundo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Michelle e Eduardo faziam parte da ala mais radical, que também era composta por:
Onix Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro;
Jorge Seiff (PL-SC), senador;
Gilson Machado, ministro do Turismo do governo Bolsonaro;
Magno Malta, senador;
general Mario Fernandes, secretário executivo do general Luiz Eduardo Ramos.
Cid informou à Polícia Federal que o ex-presidente era aconselhado por três grupos: um mais radical, outro formado por políticos conservadores e outro que ele classificou como “moderado”.
Generais da ativa faziam parte do grupo “moderado”, ala contra o golpe que temia que Bolsonaro fosse influenciado pelo grupo mais radical e assinasse “uma doideira”. De acordo com Cid, os participantes do grupo contra o golpe eram:
o comandante do Exército, general Freire Gomes;
o chefe do Departamento de Engenharia e Construção, general Arruda;
o chefe do Comando de Operações Terrestres, general Teófilo;
o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio.
O acordo de delação de Cid foi firmado pela PF e reconhecido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 9 de setembro.
Na delação, Cid aponta o ex-presidente como mandante dos supostos crimes de desvio de bens públicos e lavagem de dinheiro, que estão sendo investigados nessa frente de apuração.
Michelle e Eduardo não foram indiciados
O relatório final da PF sobre a trama golpista foi finalizado em 21 de novembro de 2024, mas entre os 40 indiciados, o nome de Michelle não é mencionado. Eduardo é citado apenas superficialmente no documento, como contato no telefone celular de um dos investigados.
À época em que vazaram esses pontos da delação de Cid, Eduardo e Michelle negaram ter participado da trama do golpe. A defesa de Michelle considerou as afirmações “absurdas e sem qualquer amparo na verdade”. Eduardo disse que a delação de Cid não passava de “devaneio” e “fantasia”.
Atualmente, o relatório da PF está sob análise da Procuradoria-Geral da República, a quem cabe oferecer denúncia ao STF contra os 40 suspeitos ou arquivar os indiciamentos.
Michelle e Eduardo estão sendo cotados para disputar a Presidência em 2026, no lugar de Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030.
“Gabinete do ódio”
Cid também confirmou a existência do chamado “gabinete do ódio” na estrutura do governo. De acordo com ele, três assessores presidenciais utilizavam uma sala do Palácio do Planalto para produzir parte do conteúdo que o ex-presidente difundia para seus contatos e redes sociais.
Segundo a investigação da PF, o material continha ataques às instituições democráticas, como o STF.
Relógio e joias da Arábia Saudita
Na delação, Cid afirmou que recebeu uma “determinação” de Bolsonaro para avaliar o valor de um relógio Rolex e foi autorizado também a vender a peça junto com outros itens, que faziam parte de um kit de joias valiosas, dado pela Arábia Saudita como presente oficial.
As declarações do militar confirmam as suspeitas anteriores da PF de que as joias foram vendidas a mando do ex-presidente, que teria recebido os valores em dinheiro vivo para não deixar rastros.