Brasil | La Policía Federal acusó a Bolsonaro y a 11 personas por delitos de asociación ilícita y lavado de dinero

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Acusan a Bolsonaro por asociación ilícita y lavado de dinero y podría ir preso entre 10 a 12 años

Por Augusto Taglioni

La Policía Federal acusó a Jair Bolsonaro y a otras 11 personas en la investigación por la venta de joyas recibidas como obsequio por el gobierno brasileño. Bolsonaro fue imputado bajo sospecha de los delitos de organización criminal (con pena de prisión de 1 a 3 años), lavado de dinero (de 3 a 10 años) y malversación/apropiación de bienes públicos (de 2 a 12 años).

La investigación caerá ahora en manos del juez de la Corte Suprema y relator del caso, Alexandre de Moraes, quien solicitará declaración a la Procuraduría General de la República que decida si denuncia o no al ex jefe de estado.

Los otros 11 también fueron acusados por la PF por sospecha de asociación criminal, entre ellos su abogado personal Fabio Wajngarten y Frederick Wassef quedaron como sospechosos de lavado y asociación delictuosa, pero no del delito de apropiación de bienes públicos, así como Mauro César Lourena Cid y Osmar Crivelatti.

La Policía Federal comenzó a investigar el caso y, con información de las investigaciones que involucran al ex edecán Mauro Cid, detalló cómo el ex presidente negoció algunos obsequios valiosos, como joyas y relojes.

La Policía Federal comenzó a investigar el caso y, con información de las investigaciones que involucran al ex edecán Mauro Cid, detalló cómo el ex presidente negoció algunos obsequios valiosos, como joyas y relojes.

La investigación también mostró cómo el expresidente y personas cercanas a él intentaron recomprar los artículos luego de que se hiciera pública la incautación de las joyas.

Bolsonaro devolvió las joyas tras una determinación del Tribunal Federal de Cuentas pero para la investigación, el expresidente utilizó la estructura del gobierno federal para desviar obsequios de alto valor que le ofrecieron autoridades extranjeras.

Las joyas fueron llevadas a Estados Unidos en el avión presidencial el 30 de diciembre, fecha en que Bolsonaro salió de Brasilia y se dirigió a Orlando para evitar darle la banda presidencial a Lula. De los mensajes se desprende que Cid dijo que le habían informado que Bolsonaro podía vender los artículos, pues eran «muy personales».

Durante el diálogo, Cid evalúa la posibilidad de comunicarse con el gobierno e intentar nuevamente vender el artículo. «Prefiero no informar para no generar estrés, ¿entiendes? Como no pudimos vender, lo guardamos. Y luego intentamos venderlo en la próxima oportunidad», responde Câmara, según los mensajes obtenidos por la PF. «Es una pena porque estamos hablando de 120 mil dólares / Jajaaahaahah», dice Cid en otro mensaje.

La Policía sostiene que el círculo cercano de Bolsonaro habría facturado más de 200.000 dólares (un millón de reales) con estas ventas, entre los que hay un reloj de la marca Rolex y dos figuras de oro.

La gravedad del hecho ubican a Bolsonaro cerca de la prisión. El jurista Miguel Reale Jr. concedió en su momento una entrevista a UOL News y destacó que «existen elementos suficientes para la prisión preventiva» del expresidente.

Según Reale Jr., Bolsonaro tenía el potencial de distorsionar la evidencia y afirma que «el hecho de recomprar el reloj, que constituye obstrucción de pruebas, sin duda avalaría una prisión preventiva».

LA POLITICA ONLINE


Caso das joias: saiba por quais crimes Bolsonaro é acusado e possíveis penas

Por Gabriella Braz

A investigação da Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias foi concluída e enviada para o Judiciário, nesta quinta-feira (4/7). O documento acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de três crimes por participação ativa no esquema que culminou na comercialização de joias sauditas nos Estados Unidos. O assessor Fabio Wajngarten, o advogado Frederick Wassef, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o pai dele, Mauro Cesar Cid, além de outros aliados do ex-presidente, também foram indiciados.

Confira os crimes descritos no relatório e quais as penas previstas.

Peculato
Descrito no Artigo 321 do Código Penal, o crime de peculato se refere à apropriação ou desvio, por parte do funcionário público, de “de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo”.

Sete envolvidos foram acusados de cometer o crime: Jair Bolsonaro, Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia; José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete de Bento e ex-secretário do MME; Julio Cesar Vieira Gomes, ex-auditor da Receita Federal; Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe da Diretoria de Documentação Histórica da Presidência; Marcos Andre dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque; e Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A pena prevista em casos de peculato é de 2 a 12 anos de reclusão ou multa.

A reclusão, ao contrário da detenção, é aplicada em casos de crimes mais severos e prevê cumprimento da pena em regime fechado, semiaberto ou aberto. Se condenados, os indiciados terão ainda que pagar uma multa.

Associação criminosa
O relatório da PF acusou 11 pessoas de associação criminosa. Entre eles, Bento Albuquerque, Bolsonaro, José Roberto Bueno Junior, Julio Cesar Vieira Gomes, Marcelo da Silva Vieira, Marcos Andre dos Santos Soeiro e Mauro Cid.

Também foram indiciados o assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten; Frederick Wassef, advogado ligado à família Bolsonaro; Mauro Cesar Lourena Cid (o Mauro Cid pai), general da reserva e ex-chefe da representação da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami; e Osmar Crivelatti, ex-assessor de Bolsonaro.

A pena prevista é de reclusão de um a três anos.

Lavagem de dinheiro
Wajngarten,Wassef, Bolsonaro, José Roberto Bueno Junior, Julio Cesar Vieira Gomes, Crivelatti e os Mauro Cid e Mauro Lourena Cid foram indiciados por lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, popularmente chamado de lavagem de dinheiro. Mas um novo nome novo aparece no relatório: Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro que chegou a ser preso na Operação Tempus Veritatis.

O crime prevê reclusão de três a 10 anos e multa.

Julio Cesar Vieira Gomes, ex-servidor da Receita, foi indiciado ainda por crime funcional contra a ordem tributária. De acordo com o relatório, o ex-auditor é acusado de “patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público”. Pena é de um a quatro anos de reclusão, além de multa.

Próximos passos
A apuração ainda não indica que os indiciados estão sendo processados na justiça.

O relatório da Polícia Federal deve ser protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (5/7). Em seguida, o relator, nesse caso o ministro Alexandre de Moraes, deve encaminhar o documento para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Cabe à PGR decidir se pede mais apurações, apresenta uma denúncia formal à justiça ou se arquiva o caso. O órgão tem 15 dias para se pronunciar.

CORREIO BRAZILIENSE

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