Brasil | EEUU espió a Lula durante 50 años y elaboró más de 800 informes sobre el presidente

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Estados Unidos siguió de cerca a Lula desde que era un obrero en los años 60

El gobierno de Estados Unidos monitoreó por más de medio siglo al actual presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre el que elaboró 819 informes entre 1966 y 2019. Así lo informó este jueves el diario Folha de São Paulo. Los primeros informes que Washington recibió sobre el actual presidente brasileño datan de 1966, cuando Lula se afilió al movimiento sindical.

La lista de informes sobre Lula elaborada por organismos como la embajada de Estados Unidos en Brasil, la CIA o el Departamento de Estado fue entregada por Washington al escritor brasileño Fernando Morais, que actualmente trabaja en una biografía sobre el líder del PT y usó la ley de acceso a la información para poder obtener los datos.

El periodista y escritor afirmó en declaraciones a Folha de São Paulo que los informes detallan la posición de Lula sobre diferentes asuntos políticos y económicos desde que era un líder sindical en el cinturón industrial de São Paulo hasta la llegada al poder en Brasil del líder ultraderechista Jair Bolsonaro, en 2018.

Igualmente hay documentos sobre las relaciones entre el exlíder sindical y su aliada y sucesora en la presidencia, Dilma Rousseff, así como sobre sus relaciones con países como Cuba y China.

En los documentos sobre Lula que se enviaron a Washington también hay informes sobre planes militares de Brasil, proyectos económicos y hasta sobre la producción de petróleo del país.

Moraes afirmó que, de los 819 documentos confidenciales de Estados Unidos con 3300 páginas sobre Lula, 613 fueron elaborados por la CIA, la agencia de inteligencia estadounidense.

Según Moraes, otros 111 documentos fueron elaborados por el Departamento de Estado, 49 por la Agencia de Inteligencia de Defensa, 27 por el Departamento de Defensa, 8 por el Comando Sur del Ejército de Estados Unidos, 8 por una unidad de apoyo a las Fuerzas Armadas y uno por el Comando Cibernético del Ejército.

El biógrafo del mandatario dijo que los datos que recibió se refieren al período hasta 2019, año en que presentó su solicitud de acceso a la documentación clasificada, y que no sabe cuántos otros informes fueron elaborados en los últimos cinco años y si hay documentos sobre el tercer mandato presidencial que Lula asumió en 2023.

Pagina 12


Governo dos Estados Unidos monitorou o presidente Lula, diz jornal

De acordo com o jornalista e escritor Fernando Morais, que escreve uma biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo dos Estados Unidos monitorou o político entre 1966 e 2019, com a produção de, ao menos, 819 documentos, que somam 3,3 mil páginas.

O órgão do governo norte-americano que produziu a maior parte dos levantamentos sobre o presidente brasileiro teria sido a CIA, agência de inteligência do país, responsável pela elaboração de 613 documentos e cerca de 2 mil páginas sobre Lula. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o jornalista, foram identificados 613 documentos da CIA, 111 do Departamento de Estado, 49 da Agência de Inteligência da Defesa, 27 do Departamento de Defesa, oito do Exército Sul dos Estados Unidos, unidade de apoio da força armada americana, e um do Comando Cibernético do Exército.

Solicitação de documentos

De acordo com Fernando Morais, os dados se referem a até 2019, ano em que o pedido foi protocolado; por isso, não teriam sido colhidos dados no atual mandato do presidente, iniciado em 2023. Segundo ele, os documentos registram planos militares brasileiros e informações sobre a produção nacional de petróleo.

As páginas também contêm detalhes sobre as relações de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e autoridades do Oriente Médio e da China.

Morais e seus advogados, por meio da Lei de Acesso à Informação americana, teriam solicitado relatórios, levantamentos, e-mails, cartas, minutas de reuniões, registros telefônicos e outros documentos produzidos pelos órgãos de inteligência dos EUA.

Os primeiros monitoramentos feitos pelo governo americano são referentes ao ano de 1966, quando Lula ingressou como torneiro mecânico em uma fábrica no ABC Paulista e passou a fazer parte do movimento sindical. Ele veio a se tornar presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema em 1975.

Pedidos de informações

A equipe de Morais aguarda retorno do FBI, da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) e da Rede de Combate a Crimes Financeiros. Os órgãos devem cumprir prazo de 20 dias úteis, prorrogáveis por mais 20, para responder os pedidos.

Os dados obtidos por Morais devem ser usados na segunda parte da biografia de Lula, ainda sem data de lançamento. O primeiro volume, de 2021, foi traduzido para chinês, inglês e espanhol.

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