Brasil | Lula visitó a Chomsky y le comentó su idea de reunir a “los presidentes demócratas” frente al avance de la ultraderecha

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Lula visitó a Chomsky en brasileño estado de Sao Paulo

El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, visitó en Sao Paulo al reputado lingüista estadounidense Noam Chomsky, quien estaba internado en el Hospital Beneficencia Portuguesa de ese estado para recuperarse de un Accidente Vascular Cerebral.

«Hoy he visitado en Sao Paulo a cuatro personas por las que tengo gran cariño: el expresidente Fernando Henrique Cardoso, el lingüista Noam Chomsky, el periodista Mino Carta y el escritor Raduan Nassar. El viernes pasado, ya había visitado, en Maranhão, al expresidente José Sarney», escribió Lula en la red social X.

Según el periódico Folha de Sao Paulo, la visita a Chomsky duró unos 40 minutos y en ese contacto el fundador del Partido de los Trabajadores le comunicó la intención de organizar un encuentro de jefes de Estado demócratas para debatir formas de actuación frente al avance de la ultraderecha en el mundo.

Tal reunión afloró después de que el lingüista fue dado de alta del centro sanitario el 18 de junio, como resultado del derrame cerebral. Los dos son viejos amigos.

De 96 años, Chomsky está casado con una brasileña y, en los últimos años, adoptó Brasil como segundo hogar.

En 2018, él y su esposa visitaron a Lula cuando estaba en prisión política bajo supuestos cargos de corrupción.

La Corte Suprema anuló las condenas posteriormente y el exsindicalista pudo concurrir nuevamente a la presidencia, siendo elegido para el cargo por tercera vez en octubre de 2022.

Chomsky era profesor emérito de lingüística en el Instituto de Tecnología de Massachusetts y de la Universidad de Arizona, ambos en Estados Unidos.

Además de ser académico por más de 40 años, es activista y se hizo conocido por sus críticas a la política exterior de la Casa Blanca.

Nacido en Filadelfia, Pennsylvania, en 1928, el profesor estudió en el Oak Lane Country Day School y en el Central High School.

Fue en la Universidad de Harvard, donde trabajó como investigador asistente entre 1951 y 1955, y elaboró la mayor parte de sus estudios sobre lingüística.

Su trabajo más divulgado es el que trata de la gramática generativa, teoría que apunta que la capacidad de estructurar frases es innata al ser humano y obedece estructuras.

El sistema de análisis se relaciona con filosofía, lógica y psicolingüística.

A partir de 1964, Chomsky protestó activamente contra el Gobierno de Estados Unidos por la Guerra de Vietnam y cinco años después, en 1969, publicó el libro «El poder americano y los nuevos mandarines», obra de ensayos sobre el conflicto.

PRENSA LATINA


Lula diz a Chomsky que quer reunir todos os presidentes democratas

Por Mario Sergio Conti

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou 40 minutos com o linguista Noam Chomsky nesta segunda-feira (24), em São Paulo. Durante todo o tempo, ficaram de mãos dadas e se olharam nos olhos com admiração.

Lula passou várias vezes a mão na testa e na cabeça de Chomsky, de 95 anos. «Você é mais velho que eu, mas tem muito mais cabelo», disse-lhe o presidente, que tem 78. Assim que Valéria, casada com o escritor, terminou a tradução da frase, Chomsky abriu um vasto sorriso.

O linguista e analista político teve um AVC em junho do ano passado, nos Estados Unidos. Trazido para São Paulo, foi internado no Hospital Beneficência Portuguesa, que lhe deu alta na terça-feira passada (18).

«Vim aqui ver o amigo e retribuir a visita que você e a Valéria me fizeram quando estava preso», disse-lhe o presidente. «Fico feliz que esteja tão bem, porque você tem muito a dar para melhorar a humanidade. Não passa semana sem que eu e o Celso Amorim não falemos de você.»

Lula lhe contou que trabalha no momento na organização de uma reunião internacional de presidentes democratas, para discutir formas de atuação frente ao avanço da extrema direita.

«Eu queria fazer um encontro só de presidentes progressistas, mas aí perguntei ao [presidente francês] Macron se ele é progressista», relatou. «Bom, ele não é. Nem o Biden. Então acho melhor reunir todos os democratas. Temos de nos mexer.»

O presidente disse a Chomsky que tem certeza de que, quando deixar o Planalto, o Brasil estará mais próximo do ideal de justiça pelo qual Chomsky age. «Sempre digo ao [Fernando] Haddad [ministro da Fazenda], também seu amigo, que precisamos ter paciência, mas sem nos afastarmos do nosso propósito.»

A visita foi acompanhada pelas irmãs de Valéria, a jornalista Márcia e a arqueóloga Flávia, e pela mãe das três, Lourdes, de 96 anos, que lhe deu algumas sugestões sobre o relacionamento com o Parlamento.

O presidente comentou que seu papel é argumentar e convencer, mas prefere não tomar partido na eleição dos presidentes do Senado e da Câmara. «Preciso deles para aprovar medidas que beneficiem o povo», disse.

A linguista também apresentou Lula a Eduardo Silva, o coordenador da equipe de enfermagem que se reveza no atendimento ao linguista. O presidente deu parabéns a Eduardo Silva pelo trabalho e disse: «O Brasil tem os melhores atendentes, enfermeiros e dentistas do mundo. Só a elite brasileira não vê isso».

Ele visitara o escritor Raduan Nassar antes de ver Chomsky. Achou que o autor de «Lavoura Arcaica» está em boa forma. «Me falaram que ele está com problemas de deglutição, mas comeu um pedação de bolo na minha frente na maior naturalidade,» disse-me.

Lula foi depois para o apartamento de Fernando Henrique Cardoso. «É importante estar sempre com os amigos», disse, antes de se despedir do escritor indiano Vijay Prashad, coautor de dois livros com Chomsky. Ele mora em Santiago, no Chile, e veio visitar o linguista. «Nunca vi nada igual, foi um encontro emocionante», disse o indiano.

FOLHA

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