Catástrofe climática en Brasil | El 5% de la población de Rio Grande do Sul tuvo que ser evacuada
Enchentes desalojaram uma a cada 20 pessoas no RS; 77.405 estão em abrigos
Matheus Alleoni e Hygino Vasconcellos
As enchentes no Rio Grande do Sul já desalojaram uma a cada 20 pessoas no estado, conforme dados da Defesa Civil estadual.
O que aconteceu
538.245 estão desalojadas no Rio Grande do Sul, segundo último balanço da Defesa Civil. Número corresponde a aproximadamente 5% da população do estado, que é de 10.882.965 conforme o último Censo do IBGE.
Os desalojados não necessariamente perderam suas casas, diferentemente dos desabrigados. O grupo é composto por pessoas que saíram de suas casas e, em muitos casos, estão na residência de parentes.
Número de desalojados deu salto e passou de 500 mil na noite de sábado (11). Antes, o total de pessoas nessas situações era de 339.925.
Informações atualizadas sobre a catástrofe climática no RS. #SosRioGrandeDoSul pic.twitter.com/qVrfxqcTRp
— Governo do Rio Grande do Sul (@governo_rs) May 13, 2024
Quase 80 mil pessoas estão em abrigos. Em um deles, em Novo Hamburgo, uma grávida deu à luz. Já em outro, um filhote de porco está vivendo entre as pessoas.
No domingo (12), prefeitos pediram para moradores de áreas atingidas não retornassem para casa. O prefeito de Canoas (RS), Jairo Jorge (PSD) explicou que chuvas intensas podem provocar uma elevação de 5,5 metros no nível dos rios. O alerta também foi dado em outras regiões, como o Vale do Taquari. O prefeito Jonas Calvi (PSDB), de Encantado, disse que «há muita água para chegar». Já o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP), ressalta que os moradores devem se manter nos abrigos.
Dos 497 municípios do RS, 450 foram afetados pelas enchentes causadas pelas fortes chuvas, conforme o último boletim.
Reunimos todos os ministros e as ministras do Governo Federal para falar das ações realizadas até agora para ajudar o Rio Grande do Sul neste momento de emergência climática. Teremos mais anúncios nos próximos dias para a reconstrução do estado, ao lado do governo estadual e dos… pic.twitter.com/38mrZtP7Ig
— Lula (@LulaOficial) May 13, 2024
Algumas cidades foram completamente alagadas. Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, foi tomada pela água e virou um «cemitério de carros». O município tem cerca de 40 mil habitantes. Na terça-feira passada (7), quando começou a evacuação da cidade, municípios das redondezas ofereceram abrigo. Em Eldorado do Sul, mãe e filha conseguiram sair de uma região alagada após escreverem um pedido de socorro em batom.
Cidades planejam mudar de lugar. Os prefeitos de Muçum e Roca Sales, no Vale do Taquari, entendem que não adianta reconstruir prédios públicos e partes dos bairros residenciais no mesmo lugar de antes, como mostrou a Folha de S.Paulo. Em Roca Sales, 50% da cidade deve ser reconstruída em outro lugar, enquanto em Muçum são ao menos 30% das áreas.
Em Roca Sales, quatro integrantes de uma mesma família foram encontrados abraçados sob a terra. A casa em que estavam foi atingida por um deslizamento e ficou completamente soterrada. Um parente disse que eles eram «muito unidos».
Reconstrução das áreas afetadas deve levar pelo menos um ano. O alerta é da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV).
Famílias buscaram refúgio no litoral do Rio Grande do Sul. Além dos alagamentos, moradores da região metropolitana de Porto Alegre passaram a enfrentar falta de água e luz. Muitos decidiram «migrar» para o litoral, que não foi tão atingido.
Número de mortos já supera total de óbitos por desastres de 1991 a 2022. No período, foram registrados 101 mortos. Agora, em menos de um mês, as chuvas já causaram 147 óbitos, segundo o boletim divulgado pela Defesa Civil às 18h desta segunda-feira (13).
Nível do Guaíba volta a subir. A elevação foi de 41 centímetros entre sábado (11) e a tarde desta segunda-feira (13). Às 15h15 de segunda-feira, o Guaíba marcava 5,01 metros. Projeção da Defesa Civil é de que água ultrapasse os 5,5 metros.
Resgates de laço, colchão inflável, barco e helicóptero
Muitos resgates de moradores ocorrem de barco. Porém, helicópteros também passaram a ser empregados – conforme o governo estadual são mais de 40 em uso atualmente. Antes, a retirada da população ocorria no improviso com o uso até de carrinho de mão, como ocorreu em Bento Gonçalves, na Serra gaúcha.
Amigos usam colchão inflável para resgatar 20 pessoas. Os amigos Maick Soares Moreira, 26, e Michel Chamberlain Ponciano, 36, fizeram os resgates na Ocupação Cobal, no Quarto Distrito, zona norte de Porto Alegre. Eles contam que não dormiram por causa dos salvamentos. «Quando a água chegou no peito, lembrei do colchão que estava guardado e a gente começou a usá-lo», conta Maick.
Cachorro foi resgatado após ser laçado. O animal estava em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e foi retirado da água por um policial militar. Segundo a Brigada Militar, o resgate aconteceu no último sábado (11). Em outro caso, um cachorro continua «nadando» no ar mesmo após ser retirado da água.
Lula reconoce falta de preparación de Brasil para desastre climático
El presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconoció que Brasil no estaba preparado para enfrentar la tragedia climática que golpea el estado Rio Grande do Sul, donde hasta la fecha se registran 147 muertos por temporales.
«Es una catástrofe para cuya magnitud no estábamos preparados», admitió Lula en una reunión con el ministro de Finanzas, Fernando Haddad, y el gobernador de la damnificada división territorial, Eduardo Leite, quien participó por videoconferencia.
Durante el encuentro, el Gobierno federal confirmó la suspensión, por tres años, del pago de la deuda de Rio Grande do Sul con la Unión.
La cesación seguirá para el análisis del Congreso como un proyecto de ley complementario, el cual aún tendrá que ser aprobado y sancionado.
«Esa ley complementaria prevé la suspensión del pago de la deuda, ciento por ciento del pago, durante 36 meses. Además, los intereses se reducirán a cero sobre la acción, toda la acción de la deuda, por el mismo plazo», señaló Haddad.
Detalló que, juntas, esas medidas pueden liberar 23 mil millones de reales (unos cinco mil millones de dólares) para el cajero de Rio Grande do Sul en ese período.
En tal sentido, 11 mil millones de reales (un poco más de dos mil millones de dólares) correspondientes a la suma de esas 36 parcelas que, si el proyecto se convierte en ley, serán aplazadas.
Otros 12 mil millones de reales (alrededor de 2,4 mil millones de dólares) correspondientes a los intereses de la deuda en ese período que, con la nueva ley, no serán cobrados (ni ahora, ni en seguida).
En concreto, el Gobierno estadual se quedará con el dinero en una cuenta separada para obras de reconstrucción, escuelas, infraestructura, hospital, entre otros.
Al respecto, Leite clasificó la medida como «un paso muy importante», pero apuntó que el estado pide la aprobación de la gestión (es decir, el perdón) de la deuda y no solo el aplazamiento.
«Por Justicia, voy aquí reconocer que es un esfuerzo del ministerio, técnicamente, para viabilizar. Nuestra demanda incluye una solicitud de aprobación de la gestión de estos valores, los cuales hasta ahora no se ha hecho posible. Pero entendemos que es un paso», admitió.
La Defensa Civil indicó además en su último reporte que, hasta la fecha, por las fuertes lluvias e inundaciones que asolan a Rio Grande do Sul desde finales de abril se notificaron 127 desaparecidos y 806 heridos, así como 600 mil personas que debieron abandonar sus hogares.
El desastre en el sureño estado obligó a Lula a postergar una visita oficial a Chile, programada para el 17 y 18 de mayo, ante la necesidad de monitorear la emergencia natural, según informó la Presidencia.
Argentina | Concordia: contabilizan 579 evacuados por la creciente
El intendente de Concordia, Francisco Azcué, informó que hasta este lunes se han evacuado un total de 170 familias, que hacen un total de 579 personas, entre mayores y menores. Del total de familias evacuadas, 111 de ellas fueron trasladadas a domicilios particulares y el resto se encuentra en centros de evacuados.
«Hasta el día de la fecha, 368 personas fueron trasladadas a domicilios particulares y 208, a Centros de Evacuados», se detalló oficialmente.
En cuanto a la cantidad de personas alojadas en diferentes centros, se especificó que hay 9 familias, 17 adultos y 18 menores alojadas en el Centro de Evacuados “El Refugio” de Carretera La Cruz. En tanto que en las instalaciones del Regimiento hay alojadas 21 familias, 37 mayores y 35 menores. Mientras que en Villa Adela, hay 5 familias evacuadas, 13 mayores y 8 menores.
En el centro de evacuados “Promin” hay 14 familias, 24 mayores y 30 menores y en la “Ex Bagley”, se encuentran evacuadas 9 familias, 17 mayores y 9 menores. Total de familias que permanecen en los centros de evacuados: 59.
Cómo está el río este martes
Finalmente, desde el área de Hidrología de Salto Grande se informó que hasta la hora 7 de hoy, la cota máxima en el Puerto de Concordia no superará los 13.70 metros. En tanto que «entre las 7:00 y las 13:00 del día de mañana, el caudal evacuado variará y la cota máxima en el puerto de Concordia no superará los 13.90 metros», se completó.
Uruguay | Inundaciones: situación sigue siendo crítica en varios departamentos del interior; Paysandú, el más afectado
Si bien algunos como Treinta y Tres -el principal afectado durante días- bajaron los niveles de desplazados, otros como Paysandú o Durazno se encuentran en aumento.
Para la tarde de ayer, en todo el país se registraban 2.845 personas desplazadas -189 menos que el domingo- por las crecientes de los ríos.
Según explicaron autoridades departamentales a El País, continúan viéndose las consecuencias de las lluvias registradas en la última semana, así como también la catástrofe en Brasil.
“No nos va a pasar lo mismo que a Brasil”, aseguró a El País el director del Sistema Nacional de Emergencias (Sinae), Santiago Caramés.
Paysandú fue por segundo día consecutivo el departamento con mayor cantidad de personas fuera de sus hogares, con 1.173. Luego está Durazno, otro de los departamentos que continúa en aumento como consecuencia de la crecida del río Yi.
Para la tarde de ayer eran 727 los duraznenses que tuvieron que abandonar sus viviendas.
Por otra parte, en Treinta y Tres continúan bajando de forma rápida los desplazados. El sábado eran 2.152, el domingo 715 y ayer 86.
Crecen nuevamente los ríos en Brasil
Cuando la situación catastrófica vivida por las familias del sur de Brasil parecía mejorar, las lluvias de los últimos días provocaron que los ríos vuelvan a crecer, así como también los afectados que ya superaron los dos millones. La cifra de muertos también continúa creciendo, y se encuentra próxima a llegar a 150. Este número se suma a centenares de heridos y desaparecidos que se mantienen hasta hoy. Debido a esta situación, el presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspendió un viaje a Chile.