Brasil | Tras recibir a Pedro Sánchez, Lula volvió a hablar del “genocidio” en Gaza” y pidió una tregua humanitaria

1.988

Lula recibió a Pedro Sánchez, apuntó contra el «genocidio» en Gaza y pidió una tregua humanitaria

Lula da Silva recibió en Planalto a Pedro Sánchez y volvió a apuntar contra la ofensiva de Israel en Gaza, a la que calificó de «genocidio» y pidió una tregua humanitaria.

«Lo que está ocurriendo en Gaza es un verdadero genocidio», declaró el presidente brasileño, antes de recordar que la mayoría de los muertos por los bombardeos israelíes son mujeres y niños.

Asimismo, Lula reclamó al Consejo de Seguridad de la ONU que «pare» la guerra y que «permita» la llegada de medicamentos y alimentos a la población.

«Es necesario tener una tregua humanitaria para que se pueda resolver el problema de miles de mujeres y niños que son víctimas de una violencia brutal», afirmó.

Además, el mandatario pidió una reforma del máximo órgano de gobernanza mundial porque, según él, «representa muy poco».

Lula recordó que Brasil condenó los ataques «terroristas» de Hamás del 7 de octubre, pero dijo que no puede «dejar de condenar la actuación del Gobierno de Israel en relación con los palestinos».

Sánchez fue recibido en el Palacio presidencial de Planalto en el inicio de su visita oficial a Brasil, que concluirá este jueves en São Paulo.

Canal 26


Lula y Sánchez se muestran optimistas sobre el acuerdo entre el Mercosur y la UE

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, y el presidente del Gobierno de España, Pedro Sánchez, se mostraron optimistas este miércoles sobre las perspectivas de cerrar el acuerdo comercial entre la Unión Europea y el Mercosur.

Lula, que recibió a Sánchez en el Palacio presidencial de Planalto en Brasilia, se declaró “optimista” y “listo” para firmar el acuerdo, tras minimizar la importancia de la oposición del Gobierno francés a las negociaciones con el bloque formado por Brasil, Argentina, Paraguay, Uruguay y Bolivia. “La Unión Europea no depende del voto de Francia para hacer el acuerdo”, declaró ante la prensa el mandatario, quien afirmó lamentar “profundamente” no haber podido firmar el tratado en la cumbre del Mercosur celebrada en diciembre pasado. El líder brasileño destacó, además, que ambos bloques “necesitan” el acuerdo “políticamente, económicamente y geográficamente”.

En la misma línea, Sánchez dijo que cerrar el tratado es algo “obligado, un deber” tanto desde el punto de vista del desarrollo como desde el geopolítico. Puntualizó que el acuerdo sería positivo para Suramérica y “a la Unión Europea le vendría de cine”, ya que permitiría crear el mayor área comercial del mundo y uniría dos regiones con afinidades en su visión geopolítica y en cuestiones como el respeto a los derechos humanos o el cambio climático. Sánchez aseguró que se seguirá trabajando en pro del acuerdo y dijo que espera que se pueda cerrar “pronto”.

Tras la visita a Brasilia, el líder español viajará a São Paulo para participar este jueves en un foro empresarial.

SwissInfo


Lula destaca aliança com Espanha no combate à extrema direita e defende Estado palestino ao lado de Sanchez

Durante encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, nesta quarta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a cooperação entre os dois países no combate à extrema direita e reforçou o posicionamento do Brasil a favor da criação de um Estado palestino, posição também defendida por Sanchez.

«Espanha e Brasil são duas grandes democracias que enfrentam o extremismo, a negação da política e o discurso de ódio alimentado por notícias falsas. Nossa experiência no enfrentamento da extrema direita que atua coordenada de forma internacional, nos ensina que é preciso unir todos os democratas do mundo”, disse Lula em seu comunicado à imprensa.

A partir de sua agenda internacional no final de fevereiro com participação nas cúpulas da União Africana, da Comunidade de Países do Caribe (Caricom) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, o presidente brasileiro ressaltou “a grande convergência no Sul Global em torno da necessidade de reforma das organizações internacionais”, e citou o quadro Guernica, do pintor espanhol Pablo Picasso para criticar a “paralisia” do Conselho de Segurança da ONU.

“A obra Guernica de Pablo Picasso sintetiza a indignação com o horror e a destruição causada por todas as guerras e conflitos e deve servir de inspiração para a comunidade internacional. A paralisia do Conselho de Segurança frente à guerra da Ucrânia e Gaza é prova cabal da necessidade de reformas urgentes no sistema de governança global para torná-lo mais representativo, legítimo e eficaz”, disse o presidente brasileiro.

Lula defendeu ainda a necessidade de avançar “imediatamente” na criação de um Estado palestino e “reconhecê-lo como membro pleno da ONU, um estado que seja economicamente viável e que possa conviver em paz com Israel”. Assim com o Brasil, a Espanha tem adotado um tom mais duro para se referir ao massacre promovido por Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza e defende publicamente a criação de um Estado Palestino.

«Sempre cobramos a importância da coerência com relação ao direito internacional. Assim como defendemos a saída da Rússia de um país livre e soberano, defendemos desde o primeiro momento.

«Depois de 30 mil mortes e uma devastação na Faixa de Gaza que vai exigir décadas de reconstrução para voltar aos níveis de crescimento econômico e de bem estar anteriores ao ataque, níveis que por si só já eram paupérrimos, nós temos dúvidas razoáveis de que Israel esteja cumprindo com o direito internacional humanitário», disse Sanchez.

O primeiro-ministro da Espanha também ressaltou sua posição pela criação de um Estado palestino como uma das medidas necessárias para um acordo de paz na região. «Passa sem dúvida pelo reconhecimento dos dois estados pela comunidade internacional, o mundo árabe reconhecendo Israel e o mundo ocidental reconhecendo uma realidade que existe, que é a do Estado palestino».

Regulamentação de trabalhadores de aplicativos

Lula apontou a cooperação entre Brasil e Espanha também na elaboração de medidas para a proteção dos trabalhadores e disse que a experiência do país europeu inspirou o projeto de Lei que regulamenta o trabalho por aplicativos no Brasil, enviado na segunda-feira (4) pelo Planalto ao Congresso Nacional.

“A competitividade que buscamos não pode resultar da redução da renda das famílias, da diminuição do emprego formal, da restrição às liberdades dos trabalhadores ou do desmonte das políticas sociais.”, defendeu Lula.

Acordo Mercosul – UE

Em seu discurso, o Pedro Sanchez destacou a liderança do Brasil para o avanço do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. “É uma iniciativa que reforça os nossos vínculos comerciais e de investimento e também contribui claramente com benefícios sociais, laborais e de meio ambiente.»

“América Latina e União Europeia somos aliados naturais e o Brasil e a Espanha estão convidados a impulsionar essa aliança, por isso estou determinado a continuar construindo esses compromissos alcançados na Cúpula da União Europeia – Celac no ano passado.”

Lula respondeu o aceno, lamentou que o acordo não tenha sido assinado quando ele presidia o Mercosul e Sanchez estava à frente do bloco europeu e afirmou: “ainda vamos assinar esse acordo”.

«A União Europeia precisa desse acordo. O Brasil precisa desse acordo. Não é mais uma questão de querer ou não querer, de gostar ou não gostar. Precisamos politicamente, economicamente e geograficamente fazer esse acordo, precisamos dar um sinal para o mundo de que queremos andar para frente. Por isso estou otimista», disse o presidente brasileiro.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

Brasil de Fato

 

Más notas sobre el tema