61 diputados piden alto al fuego en Gaza y que Lula llame a consulta al embajador en Israel

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Diputados brasileños piden alto al fuego en la Franja de Gaza

Un total de 61 diputados brasileños firmaron este miércoles una carta para pedir un alto al fuego en la Franja de Gaza y demandar la convocatoria del embajador de Brasil en Israel para consultas.

En esta misma jornada, la diputada del ParlaSur, Erika Hilton, propuso al Mercado Común del Sur (Mercosur) que suspenda los acuerdos con Israel, a modo de presión para detener el asedio sobre el pueblo de Palestina.

La misiva firmada por 61 parlamentarios brasileños, la cual se presentó durante un acto en la Cámara de Diputados, solicita al presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocar al embajador de Brasil en Israel, Frederico Meyer, imitando la acción que ya tomaron Chile, Colombia y Honduras.

“Pedimos al gobierno brasileño que llame a consultas al embajador de Brasil en Israel y que no promulgue los acuerdos de cooperación militar y de seguridad firmados por (el exmandatario Jair) Bolsonaro con Israel”, menciona el texto.

La carta recordó una resolución aprobada por una gran mayoría de los países miembros de las Naciones Unidas (ONU) para demandar un alto el fuego urgente, «pero Israel ha declarado que no tiene intención de detenerse y ha intensificado los ataques contra el pueblo palestino».

La diputada Jandira Feghali resaltó la necesidad de mostrar una posición más dura hacia Israel, aunque matizó que esto ocurrirá una vez que los brasileños que se encuentran en Gaza sean evacuados.

Más de 30 brasileños y familiares permanecen aún en el sur de la Franja de Gaza, a la espera de que puedan salir de ese territorio.

En la sesión que tuvo lugar en la Cámara de Diputados, el embajador de Palestina en Brasil, Ibrahim Alzaben, pronunció un discurso en el plenario, donde aseguró que “la independencia y la liberación del pueblo palestino están más cerca que nunca”.

Telesur


Carta assinada por 61 deputados pede cessar-fogo na Faixa de Gaza e convocação do embaixador do Brasil em Israel

Camila Araujo

Uma carta assinada por 61 parlamentares brasileiros, apresentada durante ato na Câmara dos Deputados contra o genocídio do povo palestino e pelo cessar-fogo realizado nesta quarta-feira (8), pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convoque o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, a exemplo do que fizeram recentemente os governos do Chile e da Colômbia.

«Solicitamos ao governo brasileiro que chame o embaixador do Brasil em Israel para consultas e que não se promulgue os acordos de cooperação militar e de segurança assinados por Bolsonaro com Israel», diz o documento.

A carta lembra ainda que a ampla maioria dos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução pedindo por um cessar-fogo urgente, «mas Israel declarou que não tem intenção de parar e intensificou os ataques contra o povo palestino» (leia o documento na íntegra ao final desta matéria).

Uma das resoluções pelo cessar-fogo apresentada no Conselho de Segurança da ONU, a que chegou mais perto de ser aprovada, foi a do governo brasileiro, mas que acabou sendo rechaçada com um único voto contrário, dos Estados Unidos, país que tem poder de veto no organismo.

No ato da Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que é preciso endurecer em relação a Israel e que acredita que o governo brasileiro assim o fará depois que brasileiros em Gaza forem evacuados.

A Embaixada do Brasil na Palestina informou nesta quarta-feira (8) que os mais de 30 brasileiros e parentes que permanecem no sul da Faixa de Gaza ficaram de fora da sexta lista de pessoas autorizadas a deixar o território. «É impossível manter relações políticas como se nada estivesse acontecendo», acrescentou a parlamentar.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que o governo de Israel tinha prometido liberar o grupo, que permanece nas cidades de Rafah e Khan Yunis, perto da fronteira com Egito, até esta quarta.

Para o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), o ato «tem como objetivo a busca da paz, e a busca da paz se faz com o fim da colonização e do apartheid».

Além de Glauber e Jandira, outros deputados federais que convocaram o evento na Câmara foram Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Luizianne Lins (PT-CE) e Padre João (PT-MG). A cerimônia também contou com a presença de embaixadores de Síria, Argélia, Líbano, Líbia, Irã, Qatar, Turquia, Egito, Cuba, Venezuela e Tunísia.

Ibrahim Alzaben, embaixador da Palestina no Brasil, fez a primeira fala no plenário e declarou que «a independência e a libertação do povo palestino está mais próxima do que nunca».

Inicialmente marcado para as 14h, o ato só pode começar por volta das 15h, devido a um provocação do deputado bolsonarista Abilio Brunini (PL-MT), que tentou ofender os participantes do evento.

«Quero mostrar que essa é provocação e agressão repetida diariamente na Palestina, com uma pequena diferença: normalmente termina com sangue, morte e detenções», disse Alzaben.

Ele acrescentou que «mesmo com toda a dor, nossa mão sempre vai estar estendida pela paz», e concluiu dizendo que «aqueles que esperam que o povo palestino desapareça podem esperar sentados».

Qais Shqair, embaixador da Liga Árabe no Brasil, disse que «a causa palestina é a primeira causa de todo o mundo árabe» e que a solução para a Palestina é também uma questão de todos os países da liga.

O presidente da Federação Árabe Palestina (FEPAL), Ualid Rabah, ressaltou a importância da solidariedade com o povo palestino e lembrou que esse sentimento «foi o que acabou com o apartheid na África do Sul e com todos os governos despóticos do mundo».

Na mesma linha, o jornalista Breno Altman lembrou que é um momento crucial para a história. «É preciso que o nosso governo lidere a América do Sul na pressão sobre o governo colonial de Israel para que pare o massacre na Faixa de Gaza», disse, o fundador de Opera Mundi.

Leia a carta na íntegra:

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Brasil de fato

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