Desdolarización en la región | Brasil cierra con China la primera operación comercial en monedas locales

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China y Brasil cierran primera transferencia en monedas locales

La primera operación comercial bilateral con monedas locales entre China y Brasil tuvo lugar este miércoles luego de que cerraran transacciones financiadas y liquidadas en yuanes y convertidas directamente en reales.

Según el Banco da China Brasil SA, la histórica transacción se trataba de una exportación de celulosa de Eldorado Brasil, empresa con representación en Shanghai, China.

En este sentido, las transacciones financieras de la mercancía enviada desde el puerto de Santos a Qingdao se llevaron a cabo en moneda brasileña durante el pasado mes de septiembre.

El suceso ocurre luego de que el presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, firmara el pasado mes de abril un memorando de entendimiento con su homólogo chino, Xi Jinping, con el fin de impulsar las operaciones bilaterales en monedas locales.

«¿Por qué todos los países necesitan hacer su comercio respaldado por el dólar? ¿Por qué no podemos comerciar con nuestras propias monedas? ¿Quién decidió que fuera el dólar?», afirmó posteriormente Lula durante la toma de posesión de Dilma Rousseff como presidenta del Nuevo Banco de Desarrollo del BRICS.

De acuerdo con medios brasileños, otras empresas exportadoras brasileñas como la también productora de celulosa Suzano, así como Petrobras, han planteado la posibilidad de comerciar en moneda local con China.

Por su parte, varias naciones latinoamericanas como Argentina y Bolivia se han sumado a la iniciativa de operar con yuanes en las transacciones con China.

teleSUR


China e Brasil fecham primeira operação completa em moedas locais

Por Nelson de Sá

Pela primeira vez, segundo o Banco da China Brasil SA, subsidiária do quarto maior banco estatal chinês, uma operação de comércio entre os dois países foi feita em circuito fechado com as moedas locais, com transações financiadas e liquidadas em yuan e convertidas diretamente para real.

Foi uma exportação de celulose da Eldorado Brasil, empresa de São Paulo com representação em Xangai, na China. O produto foi enviado em agosto do porto de Santos para o de Qingdao. As transações financeiras ocorreram no mês seguinte, até a finalização em moeda brasileira, no dia 28 de setembro.

A operação repercutiu amplamente na China, inclusive na estatal CCTV e na rede social Weibo, e também na imprensa de Singapura e Taipé. Foi apontada como «marco na história do comércio sino-brasileiro, que fornecerá os caminhos para mais empresas».

Shen Shiwei, comentarista da CGTN, canal de notícias em inglês criado pela CCTV para o público internacional, saudou como «boa notícia para o mundo multipolar» —objetivo geopolítico buscado expressamente não apenas pelos dois países, mas por outros emergentes, como a Índia.

O noticiário lembrou a visita do presidente Lula a Pequim, em abril, quando assinou com Xi Jinping um memorando de entendimento para promover o comércio bilateral nas moedas locais. Outros movimentos na mesma direção vêm sendo feitos desde o início do ano, inclusive pelos dois bancos centrais.

Lula também visitou Xangai e o Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics, para a posse oficial de Dilma Rousseff como presidente da instituição. Defendeu, de improviso, buscar alternativas para o comércio feito em dólar, já então valorizado por taxas elevadas de juros.

«Por que não podemos fazer o nosso comércio lastreado na nossa moeda?», disse ele. «Quem é que decidiu que era o dólar? Nós precisamos ter uma moeda que transforme os países numa situação um pouco mais tranquila, porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para exportar.»

Entre outros grandes exportadores brasileiros que vêm levantando a possibilidade de negociar em moeda local com a China estão a Suzano, também de celulose, e a Petrobras. Segundo executivos de ambas, tem sido uma demanda dos próprios importadores chineses.

Folha de S. Paulo

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