Lula: “El mundo ya no será el mismo después de la expansión de los Brics”

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Para Lula, «el mundo no será más el mismo» con la ampliación y consolidación del Brics

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, aseguró que el grupo de países emergentes Brics, al que se sumará la Argentina a partir del 1 de enero próximo, permitió cambiar las relaciones de poder en el mundo y tiene capacidad para reducir y reemplazar la utilización del dólar como moneda comercial a nivel global.


«El Brics pasó a ser una cosa más poderosa y el mundo no será más el mismo en las discusiones económicas. Ahora es más fuerte que el G7 (el grupo de las siete mayores economías desarrolladas)», dijo Lula en su programa semanal Conversando con el Presidente, que emiten los medios públicos brasileños.

«Los Brics ahora tienen el 32% de la llamada paridad de compra contra el 29% del G7. Estamos cambiando las bases de negociación internacionales»
Lula da Silva

El jefe del Estado hizo un balance de la cumbre de los Brics (Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica) desarrollada en Johannesburgo la semana pasada en la cual se aprobó la incorporación al foro de Argentina, Arabia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Egipto, Etiopía e Irán.

«Los Brics ahora tienen el 32% de la llamada paridad de compra contra el 29% del G7. Estamos cambiando las bases de negociación internacionales», aseguró el mandatario.

En ese marco, defendió la propuesta brasileña de que los ministerios de Economía de los Brics puedan llegar a la próxima cumbre de Rusia de 2024 con una estrategia para la creación de una moneda «referencia de exportación» para comerciar entre los países del mecanismo.

«Propuse una moneda para negociar entre nosotros sin usar el dólar. Los europeos crearon el euro, necesitamos crear nuestros mecanismos. No es contra el dólar, es a favor de Brasil, del real», aseguró.

Lula anticipó que en el marco de la Asamblea General de la ONU dialogará con su par estadounidense, Joe Biden, sobre la iniciativa de ampliar el Consejo de Seguridad

El Grupo de los 7 países a los que hizo referencia Lula son las consideradas siete mayores potencias industriales conformadas en la segunda parte del siglo XX como Alemania, Canadá, Estados Unidos, Francia, Italia, Japón y Reino Unido.

El mandatario brasileño anticipó que en el marco de la Asamblea General de la ONU dialogará con su par estadounidense, Joe Biden, sobre la iniciativa de ampliar el Consejo de Seguridad, actualmente integrado por miembros permanentes con derecho a veto como Estados Unidos, Francia, Rusia, China y Reino Unido.

Lula destacó que la visión de Brasil e India de ampliar el Consejo de Seguridad de la ONU fue bien recibida por China y Rusia en la declaración final de la cumbre de los Brics en Sudáfrica.

Télam


Lula diz que Brics ficou mais forte que G7 após expansão

Mariana Haubert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (29.ago.2023) que o Brics passou a ser mais “poderoso, forte e importante” do que o G7 depois da cúpula realizada na semana passada em que foi anunciada a expansão do bloco. Para o chefe do Executivo, “o mundo não será mais o mesmo depois da expansão do Brics nas discussões econômicas”.

“O Brics hoje é mais forte que o G7. […] A gente está criando novas bases de negociação”, disse. Lula falou durante a sua live semanal “Conversa com o presidente”.

O Brics, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, anunciou o início do processo de expansão do bloco na semana passada. Eis os 6 países que integrarão o grupo a partir de janeiro de 2024:

  • Argentina;
  • Arábia Saudita;
  • Egito;
  • Emirados Árabes Unidos;
  • Etiópia;
  • Irã.

O G7 reúne as economias mais fortes do mundo e é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

De acordo com Lula, em 1995, o G7 representava 44% do PIB (Produto Interno Bruto) por paridade de compra global e o Brics, apenas 16%. “Hoje o Brics representa 32% e o G7, 29%. Ou seja, virou”, disse. O valor correto do PIB por paridade de compra para o Brics, porém, é de 36,6%.

O PIB por paridade de compra considera o poder de compra da moeda de um país internacionalmente. O parâmetro é mais benevolente para os países em desenvolvimento porque reduz os efeitos da conversão de moedas desvalorizadas em relação ao dólar.

O PIB (Produto Interno Bruto) do bloco expandido pode chegar a US$ 32,9 trilhões em 2024, de acordo com projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional). O valor representaria 29,7% do PIB global.

A soma do PIB dos atuais integrantes atingiu US$ 25,9 trilhões, tendo representado 25,5% da atividade econômica global. Os dados são do Banco Mundial para o ano de 2022.

Lula também comemorou, durante a live, a discussão que o bloco fará até a realização da próxima cúpula sobre a adoção de uma moeda de negociação entre os países integrantes. As discussões serão feitas pelos ministros de Economia de cada nação.

“Eu propus a discussão de uma moeda de negociação entre nós porque não precisamos negociar em dólar, podemos negociar nas nossas moedas. Não tem problema. Podemos fazer e aprovamos que as Fazendas vão discutir esse ano inteiro para ver se, ao chegar no próximo encontro, seja encontrada uma moeda referência para exportação. Os europeus criaram o Euro. Nós precisamos criar alguma coisa”, disse Lula.

O presidente afirmou que a iniciativa não é contrária ao dólar, mas uma defesa da economia brasileira. “É a favor do Brasil, do comércio brasileiro, do real. É isso que nós queremos”, declarou.

Lula disse ainda que o Brasil “brigou muito” pelo apoio de China e Rússia pela inclusão na declaração final da cúpula realizada na África do Sul de que o Conselho de Segurança da ONU deve ser ampliado com o ingresso de novos países com assento permanente.

“Queremos que entrem outros países para dar mais representatividade para a ONU. A ONU de 1945 não representa mais o mundo de hoje. O Brasil quer entrar, tem países da África, da América do Sul e da Ásia que também querem entrar”, disse.

O apoio da China ao pleito historicamente defendido por Lula, no entanto, foi usado como moeda de troca para a expansão do bloco. O Brasil era reticente e queria, 1º, estabelecer critérios claros de adesão.

Na prática, no entanto, o cenário na ONU deve ser outro. Isso porque essa instância das Nações Unidas só será reformada se seus 5 integrantes permanentes (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) votarem de maneira unânime –o que não deve acontecer em um futuro próximo.

Lula disse que pretende conversar sobre o assunto com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quando estiver em Nova York, no final de setembro, para participar da Assembleia Geral da ONU. Espera conseguir algum tipo de apoio do norte-americano.

Lula já falou por diversas vezes que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia poderia ter sido evitada, caso o Conselho de Segurança fosse mais amplo e que os países que o integram não fossem os mesmos que promovem as guerras.

“A guerra na Ucrânia é falta de direção da ONU. Os países que estão no conselho fazem a guerra. É preciso ter países para controlar. Não era preciso ter a guerra, tem que fazer negociação antes de começar a guerra. Se conseguir negociar antes, é possível fazer acordo”, disse na live.

Poder 360

 

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