Brasil | Lula impulsa el “Plan de Emergencia para la Reforma Agraria” destinado a mujeres campesinas
Lula retomó la reforma agraria con un plan que prioriza a las mujeres campesinas
Por Pablo Guiliano
El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunció un plan de emergencia para retomar la reforma agraria con el lanzamiento de un programa de concesión de espacios para cultivos destinados a 45.000 familias, en su mayoría lideradas por mujeres, y a la vez anunció una serie de nuevas medidas contra el femicidio.
El anuncio fue realizado durante la Marcha de las Margaritas, el movimiento de mujeres campesinas más grande de América Latina, que se congregó en Brasilia para celebrar el lanzamiento del programa de reforma agraria.
«En estos actos convergen la autonomía económica y la inclusión productiva de las mujeres rurales. La reanudación de la reforma agraria, con especial atención a las familias encabezadas por mujeres, con el desarrollo de quintas productivas para la seguridad alimentaria y nutricional», dijo Lula en un acto en Brasilia ante decenas de miles de campesinas.
La Marcha de las Margaritas evoca a Margarida Alves, una líder sindical de las campesinas asesinada en la puerta de su casa en 1983, en el marco del conflicto agrario que nunca ha cesado en el campo brasileño entre terratenientes y los campesinos de la agricultura familiar.
El Plan de Emergencia para la Reforma Agraria priorizará a las mujeres en el proceso de selección.
La iniciativa prevé que más de 45.700 familias se beneficiarán de la reanudación de la política de reforma agraria, con el apoyo de asistencia técnica y 2,5 millones de dólares para mujeres agricultoras y acciones de agroecología.
El ministro de Desarrollo Agrario, Paulo Teixeira, aseguró que serán creados ocho asentamientos para darle residencia y tierra a 5.711 nuevas familias, que se sumarán a la regularización de las quintas para 40.000 familias.
Lula anunció el pago de una «Beca Verde» a los campesinos que viven en zonas de protección ambiental y tienen limitaciones para producir alimentos para cumplir con las normas ambientales.
«No tengan miedo de reivindicar, de reclamar, de quejarse, todos mis ministros fueron puestos para atender al pueblo»Luiz Inácio Lula da Silva
El líder del Partido de los Trabajadores (PT) convocó a las campesinas a seguir reclamando al gobierno por su agenda de reivindicaciones.
«No tengan miedo de reivindicar, de reclamar, de quejarse, todos mis ministros fueron puestos para atender al pueblo», aseguró Lula.
A primeira foto é de 1981, época que lutava ao lado de Margarida Alves junto dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais. Hoje, voltei da Marcha das Margaridas muito emocionado atendendo as reinvindicações das mulheres do campo. Cobrem do nosso governo. Os movimentos sociais têm… pic.twitter.com/oSv4dFrRYL
— Lula (@LulaOficial) August 16, 2023
El presidente también defendió la lucha contra la violencia de género.
“Es necesario crear una cultura de respeto en el campo y en las ciudades. Ya no toleramos la discriminación, la misoginia y la violencia de género. No podemos vivir con tantas mujeres siendo agredidas y asesinadas diariamente dentro de sus casas”, dijo el mandatario, al lado de la primera dama Rosángela Janja da Silva.
“Es necesario crear una cultura de respeto. No podemos vivir con tantas mujeres siendo agredidas y asesinadas diariamente dentro de sus casas”Luiz Inácio Lula da Silva
El gobierno también anunció el Pacto Nacional para la Prevención de los Feminicidios, con el objetivo de prevenir la discriminación, la misoginia y la violencia de género contra las mujeres.
El plan prevé la entrega de 270 unidades móviles para acoger y orientar a las víctimas de la violencia, 10 automóviles y lanchas para las regiones amazónicas.
Governo cria Programa de Quintais Produtivos para Mulheres Rurais e retoma reforma agrária
No encerramento da Marcha das Margaridas, presidente cria pacto contra feminicídio e retoma Bolsa Verde. Medidas incluem ainda assistência técnica agroecológica, projeto piloto de lavanderias coletivas e comissão de enfrentamento à violência no campo
Mais de 100 mil mulheres do campo, das águas e das florestas de todo o País marcharam a Brasília com objetivo de entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma pauta de demandas com foco na reconstrução do Brasil e no bem viver. Em resposta, o Governo Federal preparou um conjunto de medidas que atendem parte das principais reivindicações, como a retomada do Programa Nacional de Reforma Agrária, com prioridade para as mulheres, e a criação do Programa Quintais Produtivos, voltado para a promoção da segurança alimentar e nutricional e da autonomia econômica das mulheres rurais. Também estão na lista um decreto que institui o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, a retomada da Bolsa Verde e a ampliação da participação social para trabalhadores rurais.
O Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios tem como objetivo prevenir todas as formas de discriminações, misoginia e violências de gênero contra as mulheres
Num primeiro momento, serão criados 10 mil quintais produtivos, beneficiando milhares de mulheres por meio do acesso a insumos, equipamentos e utensílios necessários para estruturação e manejo de quintais. A ação consiste em associar os quintais com fomento, assistência técnica, cisternas e comercialização. Até 2026, serão 90 mil quintais produtivos em todo o Brasil. A ação envolve o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e BNDES.
O Plano Emergencial de Reforma Agrária vai priorizar as mulheres no processo de seleção. A pontuação para esse público acessar o programa dobrou, de cinco para dez pontos. Ao todo, mais de 45,7 mil famílias serão beneficiadas com a retomada da política pública interrompida nos últimos anos. Serão 5.711 novas famílias assentadas e criados oito assentamentos. Além disso, 40 mil famílias terão a situação regularizada. A política será acompanhada de assistência técnica e extensão rural, com a destinação de R$ 13,5 milhões para atendimento às mulheres rurais e à agroecologia.
Ainda sobre acesso à terra, mais de 1,5 mil famílias serão beneficiadas com o Programa Nacional de Crédito Fundiário, que oferece condições facilitadas para que os agricultores sem acesso à terra ou com pouca terra possam comprar imóvel rural por meio de um financiamento de crédito rural.
PACTO – O decreto que institui o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios tem como objetivo prevenir todas as formas de discriminações, misoginia e violências de gênero contra as mulheres. Entre as ações previstas está a entrega de 270 unidades móveis para acolhimento e orientação às mulheres, mais 10 carros, em que a metade servirá para locomoção das equipes e a outra parte para transportar equipamentos de atendimento às usuárias. Além disso, serão destinados barcos e lanchas para regiões com necessidade de implementação do serviço fluvial.
Outro decreto a ser assinado pelo presidente Lula retoma a Bolsa Verde, que prevê um pagamento a famílias inserida em áreas a serem protegidas ambientalmente e que se enquadrem em situação de baixa renda. O objetivo é incentivar a conservação, promover a cidadania, a melhoria das condições de vida e a elevação da renda. Antes, o pagamento por família era de R$ 300. Agora passa a ser de R$ 600.
PROTAGONISMO – Outro anúncio é a chamada de Assistência Técnica e Extensão Rural Agroecológica no Semiárido, tendo as mulheres como protagonistas no processo de produção de alimentos saudáveis e preservação de biomas. Elas serão, obrigatoriamente, 50% do público atendido pelo edital, que prevê R$ 23,5 milhões e mais de 5,5 mil beneficiárias.
E tem mais novidade. Foi criado o Programa Nacional de Cidadania e Bem Viver para Mulheres Rurais, com objetivo de garantir, por meio do Mutirão de Documentação da Trabalhadora Rural, o acesso à documentação, à titulação conjunta da terra e ao território, para que que as mulheres rurais possam viver com dignidade, tendo assegurados direitos civis, políticos e sociais.
Também será lançado um projeto piloto inovador, as Lavanderias Coletivas, que serão instaladas em nove assentamentos da região Nordeste.
As mulheres são as maiores vítimas da violência no campo. Neste sentido, foi criada a Comissão Nacional de Enfrentamento à Violência no Campo. A finalidade é atuar na mediação em casos concretos, como instância de deliberação e articulação interministerial e interinstitucional, em conflitos socioambientais, cuja a resolução exija a atuação coordenada de vários órgãos.
DESTAQUES:
Quintais Produtivos das Mulheres Rurais – Institui o Programa Quintais Produtivos das Mulheres Rurais como estratégia de promoção da segurança alimentar e nutricional e da autonomia econômica das mulheres rurais. Até 2026, serão 90 mil quintais produtivos em todo o Brasil.
Retomada da Reforma Agrária com prioridade para as mulheres rurais – Oito novos assentamentos, 5.711 novas famílias assentadas e 40 mil famílias regularizadas.
Programa Nacional de Cidadania e Bem Viver para Mulheres Rurais – Objetivo é garantir o acesso à documentação, à titulação conjunta da terra e ao território, para que as mulheres rurais de forma que possam viver com dignidade, tendo assegurados seus direitos civis, políticos e sociais.
Lavanderias Coletivas – Projeto piloto com a instalação de nove unidades em assentamentos em três estados do Nordeste (Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará).
Criação da Comissão Nacional de Enfrentamento à Violência no Campo (CNEVC) – A finalidade é atuar na mediação em casos concretos, como instância de deliberação e articulação interministerial e interinstitucional, em conflitos socioambientais no campo cuja resolução exija a atuação coordenada de vários órgãos da administração pública federal e instituições de outros Poderes da União e de outras esferas federativas.
Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios – Decreto tem como objetivo prevenir todas as formas de discriminações, misoginia e violências de gênero contra as mulheres por meio de ações intersetoriais com perspectiva de gênero. Entre as ações previstas está a entrega de 270 unidades móveis para o atendimento direto de acolhimento e orientação às mulheres, mais 10 carros, em que a metade servirá para locomoção das equipes e a outra parte para transportar equipamentos de atendimento às usuárias. Além disso, serão destinados barcos e lanchas para regiões com necessidade de implementação do serviço fluvial para o atendimento das mulheres das florestas, das águas e do Pantanal.
Bolsa Verde – Decreto retoma o Programa de Apoio à Conservação Ambiental que prevê um pagamento a famílias inserida em áreas a serem protegidas ambientalmente e que se enquadrem em situação de baixa renda. O objetivo é incentivar a conservação, promover a cidadania, a melhoria das condições de vida e a elevação da renda. Antes, o pagamento por família era de R$ 300. Agora passa a ser de R$ 600.
Participação Social – Decreto institui a Comissão Nacional dos Trabalhadores Empregados Rurais. A intenção é retomar a Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados num ambiene de diálogo social, que permite aos trabalhadores ter mais voz na busca de fazer valer seus direitos e influenciar nas decisões.
Lula cria pacto nacional de prevenção a feminicídios
O Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento da Marcha das Margaridas 2023, em Brasília, nesta quarta-feira (16), atende ao terceiro dos 13 eixos da pauta de reivindicações políticas das mulheres participantes da mobilização. O de Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo.
O Ministério das Mulheres vai coordenar as ações governamentais com o objetivo de prevenir as mortes violentas de mulheres, em razão da desigualdade de gênero e da violência doméstica. O novo pacto ainda terá a missão de garantir os direitos e o acesso à justiça às mulheres vítimas da violência e aos seus familiares.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que, no ano passado, houve crescimento de todas as formas de violência contra a mulher. Especificamente sobre os feminicídios, em 2022, 1.437 mulheres mortas, simplesmente, por serem o que são: mulheres. O número representa alta de 6,1% no número de casos, em relação ao ano anterior.
A coordenadora da 7ª Marcha das Margaridas, e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), a piauiense Mazé Morais, ao comentar sobre as pautas políticas do movimento, agradeceu ao presidente da República pelo diálogo feito com os ministérios, nos últimos meses. “A marcha de 2023 – diferentemente da marcha de 2019, que foi a marcha da resistência – é, agora, a marcha da reconstrução do Brasil e do bem viver”, disse a coordenadora.
“Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”, afirma a coordenadora da 7ª Marcha das Margaridas”, Mazé Morais.
Prevenção a feminicídios
De acordo com o Ministério das Mulheres, como ação inicial do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídio, serão entregues 270 unidades móveis para realizar o atendimento direto de acolhimento e orientação às mulheres, além de 10 carros, em que a metade servirá para locomoção das equipes e a outra parte para transportar os equipamentos de atendimento às usuárias.
Nas localidades onde é necessário o serviço fluvial para o atendimento das mulheres das florestas, das águas e do Pantanal, o Ministério das Mulheres vai encaminhar barcos e lanchas.
Além do Ministério das Mulheres, o comitê gestor do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios é composto pelos ministérios da Igualdade Racial; Povos Indígenas; dos Direitos Humanos e da Cidadania; da Justiça e Segurança Pública; da Saúde; da Educação; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; de Gestão e Inovação em Serviços Públicos; do Planejamento e Orçamento, e Casa Civil da Presidência da República.
Durante o ato, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que o governo federal quer ficar mais próximo da população. “Essa marcha está em Brasília, mas, a partir de agora, são o governo e o Ministério das Mulheres quem vão marchar até vocês, para que nós possamos, de fato, garantir resultados e efetividade das políticas públicas para as mulheres brasileiras”.
«O presidente Luiz Inácio Lula da Lula da Silva já disse não quer ministro em Brasília. Ele quer ministros nos lugares onde tiver o problema. Por isso, nós, os ministros, estaremos com vocês, para que nós possamos resolver”, declarou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Margaridas no foco
Outras medidas voltadas para as mulheres, que são o público da Marcha das Margaridas, foram anunciadas pelo ministério. Uma delas é a criação do Fórum Nacional Permanente de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas, com o objetivo de elaborar, propor, avaliar e monitorar políticas de prevenção e de enfrentamento à violência contra as mulheres.
Para estimular a autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda das mulheres, o governo federal instituiu o Fórum para a Promoção de Estratégias de Fortalecimento de políticas públicas de autonomia econômica e cuidado com mulheres da pesca, aquicultura artesanal, marisqueiras e outras trabalhadoras das águas.
Escuta e relacionamento
O governo quer ouvir de perto as mulheres, nas localidades onde vivem. Conhecendo melhor a realidade delas, o Ministério das Mulheres acredita que poderá garantir a proteção de direitos e acertar mais na construção de políticas públicas adequadas à realidade vivida.
O programa “Oi, Mulheres!”, que é a Ouvidoria Itinerante do ministério, vai levar profissionais da pasta para escutar as mulheres diretamente nos espaços que elas moram. Serão beneficiadas pelo serviço aquelas em situação de vulnerabilidade e submetidas a violações de direitos; mulheres indígenas, ribeirinhas, pescadoras, quilombolas, de terreiro, em situação de rua, catadoras de materiais recicláveis, pescadoras, trabalhadoras do campo, privadas de liberdade, vítimas da violência policial, além de mulheres que vivem em situações de riscos, desastres, deslocamentos forçados e outras crises.
O Ministério das Mulheres também firmou uma parceria com os Correios para garantir que as mulheres possam enviar cartas à Ouvidoria Mulheres sem custo de remessa. A medida estabelece um canal de denúncia de violações de direitos, especialmente, para mulheres em situação de vulnerabilidade, invisibilizadas ou excluídas digitais.