La policía detiene a otro sospechoso por el asesinato de Marielle Franco
Detenido un nuevo sospechoso por el asesinato de la concejala brasileña Marielle Franco
La Policía Federal de Brasil detuvo este lunes en Río de Janeiro a un exbombero sospechoso de haber participado en el asesinato de la concejala Marielle Franco y su chófer, en marzo de 2018, informaron fuentes oficiales.
El detenido es Maxwell Simoes Correa, apuntado como cómplice del doble homicidio y quien ya había sido condenado en 2021 a cuatro años de prisión por obstrucción a la justicia en este caso, aunque cumplía la pena en régimen abierto, según señalaron fuentes de la Fiscalía.
De acuerdo con las investigaciones, Simoes Correa era el dueño del vehículo que sirvió para guardar unas armas que pertenecían al expolicía Ronnie Lessa, acusado de ser uno de los autores materiales del crimen que conmocionó Brasil y tuvo una amplia repercusión internacional.
El arresto se produjo en el marco de un operativo puesto en marcha este lunes por la Policía Federal, que incluyó registros en siete direcciones de la ciudad de Río de Janeiro y su zona metropolitana.
Con la llegada al poder del Gobierno de Luiz Inácio Lula da Silva, el 1 de enero, el ministro de Justicia, Flávio Dino, creó un grupo especial dentro de la Policía Federal para apoyar las investigaciones de la Policía de Río, con el objetivo último de resolver definitivamente el crimen.
Marielle Franco fue asesinada a tiros la noche del 14 de marzo de 2018, cuando transitaba en un automóvil por el centro de Río de Janeiro, tras participar en un acto público.
El conductor del vehículo en el que se trasladaba, Anderson Gomes, también fue ejecutado, mientras que una asesora de la concejala, Fernanda Chaves, sobrevivió.
Las investigaciones del doble homicidio continúan abiertas más de cinco años después.
Los dos supuestos autores materiales, los expolicías Elcio Queiroz y Ronnie Lessa, fueron detenidos en 2019, pero aún falta por determinar quién fue el autor intelectual, pues la Fiscalía sospecha que fue un asesinato por encargo.
La ministra de Igualdad Racial y hermana de la edil, Anielle Franco, comunicó en redes sociales que habló con Dino y el director general de la Policía Federal, Andrei Rodrigues, sobre esta nueva operación y reafirmó su «confianza» en la conducción de las investigaciones.
«Y reitero la pregunta que me hago desde hace 5 años: ¿quién ordenó matar a Marielle y por qué?», completó.
Homem suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco é preso pela PF
Um homem suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco foi preso na manhã desta segunda-feira (24/7). A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram a Operação Élpis e cumprem mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão. A investigação se debruça na morte da vereadora, do motorista Anderson Gomes e da tentativa de homicídio contra a assessora Fernanda Chaves. Os crimes completaram cinco anos. O preso foi o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, amigo de Ronnie Lessa — acusado e preso pelo assassinato de Marielle e Anderson.
Maxwell foi condenado a quatro anos de prisão em 2021, acusado de atrapalhar as investigações. No entanto, ele cumpria a pena em regime aberto. O ex-bombeiro ajudou a esconder as armas que estavam no apartamento de Lessa.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou a operação da PF e disse que a corporação está avançando nas investigações. «Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves», escreveu o ministro, no Twitter.
Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados…— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) July 24, 2023
A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, eleita em 2016 com 40 mil votos, e o motorista Anderson Gomes, foram executados à tiros por volta das 21h do dia 14 de março de 2018. Meses depois do crime, os primeiros suspeitos foram presos: o vereador Marcello Siciliano (PHS) e Orlando Oliveira de Araújo, acusado de chefiar uma milícia, foram investigados pelo crime. Siciliano chegou a ser preso, mas foi descartado como suspeito.
Um ano depois, em março de 2019, a Polícia Civil e o Ministério Público prenderam o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de fuzilar Marielle e Anderson, e o ex-PM Élcio Queiroz, possível motorista do carro usado no crime. A investigação acerca dos mandantes do crime prosseguem.
Pelo Instagram, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo (PT), amigo da vereadora, celebrou a prisão. «Esse é mais um passo importante para descobrir quem mandou matar Marielle Franco», disse. Freixo ainda parabenizou a PF e o MPF. «Identificar os mandantes do assassinato é crucial para derrotarmos essa máfia e reconstruirmos nosso Estado. A execução de Marielle e Anderson Gomes foi um crime político, contra a democracia. E não pode ficar sem resposta», afirmou.