Lula viajó a Japón para participar de la cumbre del G7

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G7: con Brasil de invitado, este viernes comienza la Cumbre en Hiroshima

Este viernes comenzará en Hiroshima una nueva Cumbre del G7 que se extenderá hasta el domingo 21. El eje de la reunión entre los líderes de las principales economías del mundo será la invasión rusa a Ucrania, y como impulsor de crear un grupo de mediación y paz, estará como invitado el presidente de Brasil, Lula da Silva.

Además, también abordarán cuestiones de trascendencia mundial como el cambio climático, la inteligencia artificial, la seguridad alimentaria, el desarme nuclear y la resiliencia económica, entre otras.

Fumio Kishida, primer ministro japonés, en una entrevista con la cadena local NHK, se refirió al conflicto entre Rusia y Ucrania, tema central que se tratará en la Cumbre, y sostuvo que se espera un conflicto «prolongado», por lo que llamó al G7 a «unirse otra vez y demostrar fortaleza y solidaridad hacia Ucrania», informó la agencia de noticias Europa Press.

«A medida que la comunidad internacional se enfrenta a un punto de inflexión, creo que no hay mejor lugar en el que tener esta conversación que no sea Hiroshima», agregó, en referencia a que esa ciudad fue escenario en agosto de 1945 de la explosión de una bomba atómica lanzada por Estados Unidos.

Por su parte, el presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, tiene previsto intervenir a la distancia en el foro que reúne a varios de sus principales aliados: Estados Unidos, Alemania, Reino Unido, Francia, Italia, Canadá, la Unión Europea y el anfitrión Japón.

Además de Brasil, los otros países invitados serán India (presidente este año del G20) y también asistirán los gobernantes de Indonesia, Islas Cook (al frente del Foro de Islas del Pacífico), Comoras (a cargo de la Unión Africana), Vietnam, Corea del Sur y Australia.

«Rumbo hacia el G7, diálogo sobre la paz, lucha contra el cambio climático, desarrollo y cooperación mundial», tuiteó hoy Lula antes de subirse al avión que lo llevará a Hiroshima, con dos escalas previas en Ciudad de México y Anchorage (en Alaska, Estados Unidos).

Sin embargo, la mayoría de las potencias occidentales aliadas de Kiev no coinciden con la propuesta del mandatario brasilero, que, según sostienen, pondría en el mismo plano «al agresor y al agredido».

Brasil y el resto de los invitados no podrán firmar el documento central del G7, pero sí suscribirán un segundo texto que se centrará en el riesgo que la guerra implica para la seguridad alimentaria global y pondrá énfasis en la necesidad de que se permita el comercio de los alimentos producidos en Ucrania.

Otro de los temas centrales de la agenda del G7 será China, ya que las potencias buscarán asentar una postura unificada sobre la situación en Taiwán, que el gigante asiático reclama como parte de su territorio.

La reunión de ministros de Relaciones Exteriores del G7, en abril, que preparó el terreno para la cita de Hiroshima, se centró fuertemente en China y criticó a Beijing por las «actividades de militarización» en el mar de China Meridional.

Ámbito


Lula embarca com destino ao Japão para reunião de cúpula do G7

A chegada ao destino, no entanto, só deve ocorrer na manhã de sexta (19). O avião fará duas escalas:

uma no México, onde está previsto pouso nesta quarta às 14h35, no horário local (17h35 no horário de Brasília);
outra em Alasca, nos Estados Unidos, onde o avião deve chegar às 21h30, no horário local (2h30 no horário de Brasília).

A partida do Alasca para Hiroshima está prevista para 23h desta quarta, no horário local (4h, no horário de Brasília).

A viagem ao Japão marca o retorno, após 14 anos de ausência, de um presidente do Brasil no encontro com líderes dos países mais ricos do mundo.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, desde 2009, quando o próprio Lula esteve na cúpula realizada na Itália, o chefe de Estado brasileiro não participa de uma reunião do G7.

Lula foi convidado pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. O Japão ocupa a presidência rotativa do bloco, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está no grupo.

O Brasil participa na condição de convidado, assim como a Austrália, as Ilhas Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e o Vietnã, além de representantes das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Agência Internacional de Energia, União Europeia entre outras organizações.

Temas em debate

Entre os assuntos que serão discutidos na cúpula, estão as prioridades colocadas pela presidência japonesa, como a guerra na Ucrânia, o acompanhamento da inflação nas economias do mundo e temas como:

Enfrentamento das vulnerabilidades dos países de média e baixa renda por conta da crise da dívida
Aceleração de ações voltada à mudança do clima e da transição energética
Ajuda internacional para obtenção do equilíbrio energético
Fortalecimento da arquitetura internacional no campo da saúde pública

Além destes assuntos, o Itamaraty informou que Lula abordará temas que têm defendido em reuniões internacionais, como a questão do desenvolvimento econômico, social e sustentável dos países em desenvolvimento e a necessidade de pensar em formas para alcançar a paz para superar conflitos existentes.

Reuniões bilaterais

O primeiro dia de Lula no Japão será dedicado aos encontros bilaterais com Índia, Indonésia e Japão.

Segundo o Itamaraty, outros países também pediram reuniões reservadas com Lula, mas os encontros ainda dependem de conciliação de agendas.

O governo tenta fechar as agendas para uma reunião entre Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron.

Segurança alimentar

Um dos documentos que deve ser divulgado como resultado da cúpula diz respeito à segurança alimentar no planeta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já disse que a Ucrânia – que foi atacada e invadida pela Rússia – tem responsabilidade pelo início do conflito.

Lula também afirmou que União Europeia e Estados Unidos prolongam o conflito, o que foi interpretado por autoridades internacionais como a reprodução da visão russa sobre a guerra.

Lula há meses tenta se apresentar como um possível mediador para um acordo de paz, o que ainda não se efetivou. O assessor-especial do petista, Celso Amorim, já discutiu o tema com os presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia).

Agenda no G7

O presidente Lula vai participar das três sessões de trabalho em Hiroshima, programadas para os dias 20 e 21 de maio.

No sábado (20), Lula participará do encontro intitulado «Trabalhando para enfrentar crises múltiplas, incluindo alimentação, saúde, desenvolvimento e gênero».

No mesmo dia, estará na sessão denominada «Esforço comum em prol de um planeta sustentável e resiliente, incluindo, clima, energia e meio ambiente».

Entre as duas sessões, será realizada uma fotografia oficial dos chefes de estado que participam da cúpula.

No domingo (21), o presidente participará da última sessão de trabalho intitulada «Na direção de um mundo próspero, estável e pacífico».

Também está programado para o domingo uma cerimônia de depósito de flores no Memorial da Paz de Hiroshima.

Agenda internacional

Esta é a fará sua sexta viagem internacional de Lula, a segunda à Ásia, desde o início do terceiro mandato como presidente. O petista já viajou para:

Lula, que já visitou os três principais parceiros comerciais do Brasil (China, EUA e Argentina), investe em discursos sobre a necessidade de fortalecer a democracia, de combater à fome e à desigualdade, de mediar a paz na Ucrânia e de encontrar um modelo de desenvolvimento para Amazônia que preserve a floresta e gere emprego e renda aos moradores da região.

O presidente tem repetido que essas viagens integram o processo de retomada das relações do Brasil com países e organismos internacionais após os quatro anos de isolamento da gestão de Jair Bolsonaro.

Neste contexto, o convite para participar da cúpula do G7 foi visto no governo como sinal de prestígio de Lula.

Também pesou o fato de que o Brasil assumirá neste ano a presidência do G20, fórum que reúne as principais economias do mundo. Temas debatidos no encontro do G7 devem ser tratados também no G20.

O Brasil em cúpulas do g7

Esta é a sétima participação de Lula em uma cúpula do G7. As demais foram nos primeiro e segundo mandatos:

2003: Cúpula de Évian-les-Bains, a convite da França;
2005: Cúpula de Gleneagles, a convite do Reino Unido;
2006: Cúpula de São Petersburgo, a convite da Rússia (então membro do G8);
2007: Cúpula de Heiligendamm, a convite da Alemanha;
2008: Cúpula de Hokkaido, a convite do Japão;
2009: Cúpula de L’Aquila, a convite da Itália;
2023: Cúpula de Hiroshima, a convite do Japão.

Globo

 

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