Brasil | La Policía allana la casa de Bolsonaro y detiene a seis de sus exasesores

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Allanaron la casa de Bolsonaro por fraudes con la vacuna de Covid-19

Por Pablo Giuliano, corresponsal en Brasil

La casa del expresidente Jair Bolsonaro en Brasilia fue allanada la mañana de este miércoles por orden de la corte suprema de Brasil y seis personas fueron detenidas, entre ellos uno de sus exedecanes militares, en el marco de una investigación sobre la violación al archivo del Ministerio de Salud para emitir certificados falsos de vacunación contra la Covid-19.

Según un comunicado de la Policía Federal, la investigación comandada por el juez Alexandre de Moraes investiga una red de corrupción y fraude en el Ministerio de Salud para emitir certificados falsos de vacunación contra Covid-19 y permitir que personas antivacunas pudieran ingresar con ellos a Estados Unidos.

Bolsonaro se encontraba en la casa en el momento del operativo, informaron medios

Fuentes policiales citadas por la cadena de noticias GloboNews informaron que se investiga si fueron falsificados los certificados de vacunación del expresidente Bolsonaro y de su hija Laura, de 12 años.

La cadena O Globo dijo los celulares de Bolsonaro y de su esposa Michelle fueron confiscados en los allanamientos.

La casa allanada de Bolsonaro está ubicada en un barrio privado del Lago Norte de Brasilia. Se la alquila el Partido Liberal desde que regresó al país en marzo luego de pasar tres meses en Estados Unidos.

Las medidas forman parte de una investigación sobre una supuesta asociación ilícita formada para cometer los delitos de inserción de datos falsos de vacunación

Entre los detenidos se encuentran el ex edecán Mauro Cid y otros miembros del equipo de seguridad de Bolsonaro en la Presidencia, que se extendió desde 2019 hasta 2022.

Las medidas forman parte de una investigación sobre una supuesta “asociación ilícita formada para cometer los delitos de inserción de datos falsos de vacunación contra la Covid-19 en los sistemas del Ministerio de Salud”, dijo la Policía.

El objetivo sería mantener cohesionado el elemento identitario en relación a sus lineamientos ideológicos, en este caso, para apoyar el discurso dirigido a los ataques a la vacunación contra la Covid-19, según el comunicado.

Bolsonaro cuestionó la vacunación contra el coronavirus y dijo que no se había vacunado, como parte de la estrategia de la ultraderecha utilizada contra la pandemia.

Télam


PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante Mauro Cid em operação contra dados falsos de vacina

Por Ana Flor, Isabela Camargo, Fábio Amato, Andréia Sadi, Vladimir Netto e Márcio Falcão

A Polícia Federal faz buscas na manhã desta quarta-feira (3) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.

Jair Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta na Polícia Federal em Brasília.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito das «milícias digitais» que já tramita no Supremo Tribunal Federal.

Até as 8h20, policiais seguiam no condomínio onde o ex-presidente mora desde que voltou ao Brasil, em março.

Qual o motivo da operação?

A corporação investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

«Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid», diz a Polícia Federal.

Quais dados foram forjados?

A TV Globo e a GloboNews apuraram que teriam sido forjados os certificados de vacinação:

  • do hoje ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • da filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos;
  • do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.

Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.

A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Quem foi preso?

Até as 7h, todas as prisões já tinham sido cumpridas. A TV Globo apurou os nomes de quatro dos seis presos:

  • o coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
  • o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial;
  • o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro;
  • o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

Quais crimes são investigados?

Segundo a PF, as condutas investigadas podem configurar, em tese, crimes como:

  • infração de medida sanitária preventiva;
  • associação criminosa;
  • inserção de dados falsos em sistemas de informação;
  • corrupção de menores.

Como funcionou o suposto esquema?

A inclusão dos dados falsos aconteceu entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado.

As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.

Os dados teriam sido inseridos no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do Ministério da Saúde. A PF não divulgou quem, segundo as investigações, teria feito essa inserção.

A Polícia Federal afirma que o objetivo do grupo seria «manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas» e «sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19».

O Globo

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