Gira europea: Lula participa de cumbre empresarial en España y mañana se reunirá con Pedro Sánchez

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Sánchez y Lula buscan relanzar la cooperación pese a diferencias ante Ucrania

El jefe del Gobierno español, Pedro Sánchez, pretende sellar con el presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, el relanzamiento de la relación bilateral entre ambos países tras las dificultades de la etapa de Jair Bolsonaro (2019-2022) y pese a las diferencias existentes sobre la búsqueda de la paz en Ucrania.

Impulsar al máximo esa relación es el objetivo que se marca el Gobierno español ante la visita oficial a España de Lula este martes y el miércoles.

El presidente brasileño se verá con el rey Felipe VI y también con el propio Sánchez el miércoles y presidirá un foro empresarial el martes.

El componente económico tiene especial relevancia en esta visita, la primera que hace a Europa el presidente brasileño en su nuevo mandato (tomó posesión en enero pasado) y que ha tenido como primera etapa Portugal.

En Lisboa ha ofrecido detalles de su propuesta para lograr la paz en Ucrania, consistente en aunar a un grupo de países que faciliten las negociaciones.

Fuentes del Gobierno español consideran que ha matizado en este viaje su planteamiento inicial y las críticas que vertió a Estados Unidos y la UE por proporcionar armas a Ucrania porque de esa forma se prolonga el conflicto.

La Unión Europea lamentó que con esas declaraciones pusiera en pie de igualdad a agresor y agredido, y el Ejecutivo de Sánchez reconoce que hay diferencias entre su posición y la de Lula.

Pero considera que la reunión que mantendrán el miércoles Sánchez y el presidente brasileño, junto a varios miembros de sus respectivas delegaciones, permitirá escuchar directamente sus propuestas.

A la vez, Sánchez pretende dejar clara la posición española, que defiende que cualquier negociación pase por la visión de Ucrania como el país agredido. En cualquier caso, el Gobierno español elogia la voluntad de Brasil de buscar fórmulas para lograr la paz.

Más allá de los matices sobre Ucrania, el Gobierno da la bienvenida a Brasil al debate político mundial sobre numerosos asuntos de los que estaba ausente, como la lucha contra el cambio climático.

El Ejecutivo español está determinado a relanzar en esta visita la relación política, económica, comercial, cultural y en muchos otros ámbitos con Brasil tras un periodo protagonizado por el expresidente Bolsonaro en el que admite que quedaron en suspenso.

Ese relanzamiento pretende evidenciarse con la firma de varios acuerdos que se suscribirán entre ambas partes.

La estabilidad económica y financiera internacional (Brasil ostentará la presidencia del G20 en 2024) o los objetivos de desarrollo sostenible de la ONU estarán asimismo en las conversaciones entre ambas delegaciones.

Fortalecer la relación UE- Latinoamérica

En el terreno bilateral, se transmitirá a Lula que las empresas españolas siguen viendo a Brasil como un lugar de destino de sus inversiones a largo plazo y que España es puerta para las inversiones brasileñas tanto hacia la UE como hacia el Magreb y todo el continente africano.

Otro objetivo de la visita es fortalecer la relación entre la UE y América Latina, en cuyo contexto el Gobierno resalta el hecho de que España va a asumir el próximo 1 de julio la presidencia semestral comunitaria, y eso va a coincidir con la presidencia brasileña de Mercosur.

Una coincidencia que creen que permitirá que la cumbre UE-América Latina y Caribe del 17 y 18 de julio en Bruselas tenga resultados palpables y sirva, por ejemplo, para impulsar un acuerdo definitivo entre la UE y Mercosur.

Swissinfo


Lula chega à Espanha nesta terça e tem encontro com empresários

Esta é a primeira viagem de Lula à Europa neste terceiro mandato. Nos últimos meses, o presidente já visitou Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China e Emirados Árabes.

Na quarta, Lula também deve se encontrar com o presidente do governo, Pedro Sánchez, no Palácio da Moncloa, em Madri, e com o rei Felipe VI para um almoço, antes de retornar ao Brasil.

O Itamaraty informou que a viagem do presidente para Portugal e Espanha está «no contexto de relançamento das relações com a Europa e com o mundo».

Portugal

Lula chegou a Portugal na sexta-feira (21). No sábado (22), se encontrou com o presidente do país, Marcelo Rebelo, e depois com o primeiro-ministro, António Costa.

Em discurso ao lado de Rebelo, Lula enfatizou que pretende estreitar a relação entre os setores empresariais de Brasil e Portugal.

«Podemos ser mais ousados. Permitir que nossos empresários e ministros conversem mais. Discutam mais em busca de perspectivas de futuro no financiamento de nossas indústrias e produtos», afirmou o presidente na ocasião.

Lula também afirmou que nunca igualou responsabilidades de Rússia e Ucrânia ao comentar a guerra no leste europeu, que já dura mais de um ano.

Nesta segunda, Lula entregou o prêmio Camões ao cantor e compositor Chico Buarque, com quatro anos de atraso. O presidente afirmou que a entrega corrige «um dos maiores absurdos» contra a cultura brasileira.

Globo


Antes de embarcar para Espanha, Lula condena «violação territorial da Ucrânia»

Após firmar acordos em Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega nesta terça-feira (25) à Espanha. Conforme a agenda oficial, o desembarque em Madri está marcado para as 13h30min pelo horário local, ou seja, no final da tarde pelo fuso de Brasília.

Antes de partir, Lula foi recebido no parlamento português para uma homenagem. Ele discursou citando a invasão na Ucrânia, as mortes no Brasil por conta da pandemia e «momentos de ameaça» à democracia brasileira. O chefe do Executivo nacional ainda valorizou a importância dos laços entre brasileiros e portugueses.

— Nos últimos dias, tive aqui em Portugal a inconfundível sensação de estar em casa, sentimento que, acredito, é compartilhado por todos os brasileiros que visitam Portugal e todos os portugueses que visitam o Brasil — disse no discurso. — Tenho viajado o mundo para reencontrar nossos parceiros e reafirmar que o Brasil que todos sempre conhecemos voltou à cena internacional. Um país que não aceita que o seu povo passe fome e que tem consciência de sua responsabilidade na segurança alimentar mundial — completou.

Sobre a guerra no leste europeu, o presidente condenou a violação do território ucraniano.

— Quem acredita em soluções militares para os problemas atuais luta contra os ventos da História. Nenhuma solução de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política — disse. — O Brasil compreende a apreensão causada pelo retorno da guerra à Europa. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia. Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais — complementou.

Ainda nesta terça, o presidente deve se reunir com centrais sindicais espanholas e participar do encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Espanha. Lula fica no país até quarta-feira (26), quando está previsto um encontro com o presidente do governo, Pedro Sánchez, e com o rei Felipe VI.

Expectativa de acordos

Assim como em Portugal, o presidente também irá fechar acordos no país espanhol. Entre os atos esperados para serem assinados estão um memorando para intensificar o intercâmbio e também o reconhecimento de estudos superiores entre os dois países, a cooperação entre Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil e o Ministério do Trabalho e Economia Social da Espanha e uma carta de intenções para coordenação de projetos bilaterais de desenvolvimento e inovação tecnológica entre empresas brasileiras e espanholas.

Na noite de quarta, a comitiva brasileira embarca de volta ao país. “A viagem do presidente Lula também é estratégica para uma questão pendente, o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que interessa a ambos os países. Coincidentemente, no próximo mandato semestral de ambos os blocos, que se inicia em 1º de julho deste ano, o Brasil passará a ocupar a presidência temporária do Mercosul e a Espanha ocupará o cargo equivalente na UE”, diz nota publicada pela Presidência da República.

GZH

 

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