Brasil | La OEA condenó de forma unánime los actos «fascistas» y «golpistas» del bolsonarismo
La OEA condenó los actos de caracter fascista en Brasil
La Organización de los Estados Americanos (OEA) condenó unánimemente este miércoles los actos de «carácter fascista» en Brasil, entre ellos la toma de las sedes de los poderes democrático ocurrida el pasado domingo.
«Condenamos de la manera más clara y enérgica esta movilización de carácter fascista y golpista que ha amenazado los tres poderes del Estado en Brasil» y que «no constituye un hecho aislado», afirmó el secretario general de la OEA, Luis Almagro, según reportó la agencia AFP.
«Brasil tiene un compromiso firme con la democracia y el estado de derecho y rechaza cualquier forma de extremismo antidemocrático y de violencia política», afirmó por su parte el embajador brasileño ante la OEA, Otávio Brandelli, durante una sesión extraordinaria del Consejo Permanente, su órgano ejecutivo, para analizar
HOY – Consejo Permanente de la #OEA considera actos antidemocráticos en #Brasil
🗓️Enero 11
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Ese día una turba de simpatizantes del expresidente brasileño de extrema derecha Jair Bolsonaro irrumpió en las sedes del Congreso, de la presidencia y de la Corte Suprema, donde cometieron actos vandálicos.
Los responsables de estas acciones violentas «serán identificados y tratados con el rigor de la ley, dentro del debido proceso legal», añadió el embajador.
El Estado y sus instituciones democráticas «darán respuestas a la altura de la gravedad de los crímenes cometidos», aseguró Brandelli, quien insistió en que el país celebró elecciones «libres y democráticas» que merecieron elogios de la comunidad internacional.
La investidura del presidente izquierdista Luiz Inácio Lula da Silva fue una celebración de la democracia, dijo, con la presencia de más de 60 delegaciones internacionales, y representó un «reconocimiento de la solidez de las instituciones democráticas brasileñas».
Una declaración encomiada por los numerosos países que acto seguido hicieron uso de la palabra para expresar su solidaridad con Brasil.
El embajador hondureño ante la organización, Carlos Roberto Quesada, advirtió que «algo que sucede hoy en Brasil no sabemos dónde se va a replicar» porque «esto ya se está convirtiendo en una mala costumbre», y llamó a los presidentes de América Latina a trasladarse a Brasil «si fuera necesario para defender la democracia».
Surinam propuso que la OEA siga monitoreando la situación poselectoral y algunos países como Colombia y Argentina llamaron a la organización a innovar y hacer una reflexión interna «si quiere seguir vigente».
OEA manifesta apoio ao governo brasileiro e repudia ataques golpistas
A Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou apoio ao governo brasileiro e condenou os atos antidemocráticos em Brasília, no último domingo (8). A manifestação da organização ocorreu hoje (11) durante reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA convocada especialmente para «analisar os atos antidemocráticos contra a sede dos três poderes do governo brasileiro”.
Há três dias, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que não aceitam a derrota do candidato nas eleições de outubro tomaram o centro de Brasília e vandalizaram as sedes dos três poderes. O Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto foram invadidos e depredados.
O secretário-geral da OEA, Luiz Almagro, fez um duro discurso contra os atos golpistas e disse que a organização tem os instrumentos e os princípios democráticos para analisar e condenar esse tipo de ameaça no hemisfério.
“Quando a democracia é ameaçada, como vimos no domingo, em Brasília, todos nós devemos agir imediata e firmemente para defender a democracia, investigando, denunciando e determinando as responsabilidades dos investigados, financiadores e responsáveis intelectuais. Não é possível que um movimento fique tanto tempo diante dos quartéis sem que alguém esteja financiando”, disse referindo-se aos acampamentos de bolsonaristas montados após as eleições, em novembro, em frente a quartéis de todo o país.
Resposta efetiva
Almagro disse ainda que, na condição de secretário-geral da OEA, soube imediatamente da invasão aos prédios representativos dos três poderes e que acompanhou de perto o desenrolar dos acontecimentos.
“As instituições brasileiras responderam de maneira efetiva à situação. Essas situações não são mais eventos isolados e nós condenamos de maneira clara e enérgica essa mobilização de caráter fascista e golpista que ameaçou os três poderes do Brasil”, afirmou. “Manifesto toda nossa solidariedade com o presidente Lula e aos outros poderes”, acrescentou.
O secretário-geral disse ainda que os atos golpistas do último domingo fazem parte de um cenário que se encontra também em outros países. Ele destacou há semelhanças na forma de agir desses grupos, como o uso de notícias falas, as fake news, manipulação de símbolos pátrios, não reconhecimento das instituições democráticas e da diversidade.
“Não foi só um ataque ao presidente Lula e aos poderes do Brasil. Eles estão atacando todos nós quando reagem de maneira fascista, de maneira antidemocrática contra o desenvolvimento sustentável, a luta contra a desigualdade e a pobreza”, disse.
Conselho permanente
A OEA foi fundada em 1948 e, atualmente, é formada por 35 países. O Conselho Permanente é composto por um representante de cada país e serve como um fórum político de discussão.
A convocatória da reunião, feita um dia após os atos terroristas, foi um pedido das Missões Permanentes de Antígua e Barbuda, Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, Panamá e Uruguai.
Além da declaração conjunta do Conselho Permanente, embaixadores presentes na reunião também condenaram os atos de domingo. O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Hastings, reforçou a condenação aos atos antidemocráticos no Brasil.
“Estamos apoiando o Brasil e suas instituições democráticas e o desejo do povo brasileiro. Os Estados Unidos se junta ao presidente Lula e às autoridades brasileiras no repúdio a essas ações antidemocráticas”, discursou Hastings, lembrando que o presidente estadunidense, Joe Biden, convidou Lula para um encontro em Washington, em fevereiro, para discutir uma agenda conjunta, inclusive na área de paz e segurança.
O embaixador do Chile, Sebastián Eugenio Kraljevich Chadwick, também condenou os ataques, classificando o episódio como lamentável.
“Isso foi um atentado contra a democracia que ocorreu domingo quando milhares de bolsonaristas invadiram as sedes dos três poderes, em Brasília, motivados por uma fraude imaginária [nas eleições]”, disse. “Isso mostra os perigos da ultradireita para o mundo e temos também a lembrança traumática desse tipo de invasão, há paralelos com outros eventos”, acrescentou se referindo à invasão do capitólio, nos Estados Unidos, há dois anos.
A declaração foi seguida pelo embaixador do Canadá, Hugh Adsett, que frisou que as eleições no Brasil ocorreram de forma livre e justa. “O Canadá condena com clareza os acontecimentos. O Canadá e a comunidade internacional estão ao lado do Brasil e seu governo democraticamente eleito e falamos com uma voz unida para falar com uma voz muito clara de que a democracia deve permanecer”, defendeu.
Durante a reunião, o embaixador do Brasil na OEA, Otávio Brandelli, disse que os atos golpistas trouxeram perplexidade e tristeza para o país, particularmente para os que defenderam o Estado Democrático de Direito.
“Os lamentáveis e inescusáveis atos de violência e vandalismo perpetrados nos edifícios sedes dos três Poderes, em Brasília, constituem um desrespeito aos valores democráticos universais e não serão tolerados pelo estado brasileiro”, afirmou.
Brandelli citou o apoio recebido pelo governo brasileiro de outros países, lembrando que diversos organismos internacionais condenaram os ataques que, segundo ele, chocaram o Brasil e o mundo. O embaixador afirmou ainda que os responsáveis pelos ataques serão punidos, conforme a lei.
“O Brasil acaba de realizar eleições amplas, livres e democráticas que foram saudadas e celebradas pelo conjunto da comunidade internacional. A posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva constituiu uma celebração à democracia com a presença expressiva de mais de 60 delegações internacionais de alto nível”, disse. “Os responsáveis pelos atos violentos serão identificados e tratados com o rigor da lei, dentro do devido processo legal. O estado dará resposta a altura dos crimes cometidos”, afirmou.