En reunión con el canciller alemán, Lula reafirmó la neutralidad de Brasil en la guerra en Ucrania

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Brasil reafirma su neutralidad en conflicto entre Rusia-Ucrania

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendió el lunes la posición de neutralidad de su país en el conflicto armado entre Rusia y Ucrania y declinó la petición de enviar municiones de tanque Leopard 1 al país europeo.

Durante su encuentro con el canciller alemán, Olaf Scholz, en el palacio de Planalto, el mandatario sudamericano destacó que “Brasil es un país de paz. Brasil no quiere tener ninguna participación, aunque sea indirecta”, en la conflagración.

A pesar de las presiones de algunas naciones europeas, Lula afirmó que “así como el G20 fue creado para superar la crisis económica de 2008, queremos crear un grupo de países que pueda discutir el fin de un conflicto entre Rusia y Ucrania.”

Lula da Silva le propuso al canciller germano la creación de un mecanismo multilateral capaz de lograr un cese de las hostilidades, un ente “con fuerza suficiente para ser respetado en la mesa y sentarse a negociar con los dos (contendientes) porque nadie sabe cuándo esa guerra va a parar».

Asimismo, el jefe de estado latinoamericano confesó que había discutido su idea con el premier francés, Emmanuel Macron, y que lo incluiría en sus conversaciones venideras, tanto con el presidente estadounidense, Joe Biden, como con el líder chino, Xi Jinping.

Por su parte, Scholz declinó comentar sobre la proposición en medio de la visita oficial que cumple en Brasil, donde abordará temas de interés común de la agenda internacional y sobre la revitalización de la Asociación Estratégica entre ambas naciones.

Entre las cuestiones figuran la paz y la seguridad, la transición energética, el cambio climático, la reindustrialización, la agricultura sostenible, la lucha contra la pobreza, así como temas vinculados a la salud y la educación.

La visita del canciller alemán se complementa con la asistencia del presidente de ese país europeo, Franz-Walter Steinmeyer, a la toma de posesión de Lula, el 1 de enero pasado.

Según fuentes oficiales, entre el 12 y el 14 de marzo venideros está prevista la celebración 49ª reunión de la Comisión Mixta de Cooperación Económica Brasil-Alemania, en Belo Horizonte, Minas Gerais, un cónclave que se viene realizando ininterrumpidamente desde 1974.

Trascendió también la realización del 39 Encuentro Económico Brasil-Alemania, a la que asistirá el ministro de Economía y Acción Climática, Robert Habeck, al frente de la delegación de su país.

teleSUR


Alemanha promete apoio financeiro ao Brasil para preservar meio ambiente

Por Renata Monteiro

A Alemanha prometeu uma ajuda financeira para preservar o meio ambiente no Brasil, durante uma visita do chanceler Olaf Scholz para se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou diante do líder europeu que o país não irá enviar munição à Ucrânia para a guerra contra a Rússia.

A Alemanha pretende destinar ao Brasil um total de 200 milhões de euros (US$ 217 milhões) em «medidas de cooperação», que contemplam, além do Fundo Amazônia, 31 milhões de euros (US$ 33,6 milhões) para estados amazônicos brasileiros para «projetos de proteção e uso sustentável das florestas», assim como um empréstimo de 80 milhões de euros (US$ 87 milhões) com taxas menores para que os agricultores reflorestem suas terras.

«É uma grande quantia» e «continuaremos [cooperando] nesse sentido», disse posteriormente Scholz em coletiva de imprensa após o encontro com Lula. «Temos um grande objetivo em comum, que é avançar na proteção climática, proteger a floresta amazônica e isso só é possível com cooperação», acrescentou.

Assim como a Noruega, a Alemanha havia interrompido sua cooperação neste fundo devido à falta de compromisso do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro com a proteção da Amazônia.

Outras medidas anunciadas foram o apoio financeiro a um fundo «garantidor de eficiência energética» para pequenas e médias empresas (EUR 29,5 milhões, US$ 32 milhões), dois projetos de «cadeia de abastecimento sustentável» (EUR 9 milhões, US$ 9,7 milhões), um «projeto de consultoria para a promoção das energias renováveis na indústria e transportes» (EUR 5,3 milhões, US$ 5,7 milhões).

Por fim, acordou-se o financiamento de um projeto de «reflorestamento de áreas degradadas» por 13,1 milhões de euros (US$ 14,2 milhões), segundo um comunicado divulgado pela embaixada alemã.

«O Brasil é o pulmão do mundo. Se existem problemas, todos temos que ajudar», disse a ministra de Cooperação Svenja Schulze, após se reunir em Brasília com a ministra do Meio Ambiente Marina Silva.

Marina acrescentou que a Alemanha está disposta a «cooperar» com o Brasil, tanto com o aumento «dos recursos para o Fundo Amazônia» como com a «abertura de mercados para produtos sustentáveis».

A ministra manifestou que parte dos recursos do Fundo Amazônia poderiam ser utilizados em ações «emergenciais» de assistência a comunidades indígenas, como no caso dos Yanomami, cujo território foi declarado sob emergência sanitária pelo governo Lula, devido ao aumento de casos de desnutrição e doenças causadas pelo avanço do garimpo.

Guerra na Ucrânia 

A de Scholz é a primeira visita oficial de um chefe de governo alemão ao Brasil desde 2015. Ele é o primeiro líder de uma potência ocidental a se encontrar com Lula desde que o presidente tomou posse, em 1º de janeiro.

Em entrevista coletiva com o líder europeu no Palácio do Planalto, Lula disse que o Brasil «não tem interesse em passar munições para que sejam usadas entre Ucrânia e Rússia».O presidente manifestou preocupação com o conflito europeu, que já dura quase um ano, mas ressaltou que o país não quer nenhuma participação, no momento em que várias nações ocidentais decidiram enviar tanques modernos em apoio a Kiev.

«O Brasil é um país de paz», afirmou Lula. «Minha sugestão é que a gente crie um grupo de países que sente na mesa com a Ucrânia e a Rússia para tentar chegar à paz», disse.

O presidente indicou que, além de Scholz, conversou com seu par francês, Emmanuel Macron, sobre essa proposta, que chamou de «clube das pessoas que vão querer construir a paz no planeta».

Também discutirá o tema com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder da China, Xi Jinping, com quem tem visitas oficiais previstas para fevereiro e março, respectivamente.

Acordo Mercosul-UE 

Além disso, Lula e Scholz, líderes das maiores economias da América Latina e Europa, respectivamente, também conversaram sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia, selado em 2019, após duas décadas de negociações, mas sem aprovação parlamentar e com fortes críticas de ambos os lados.

«Quero dizer ao chanceler Olaf Scholz que vamos fechar esse acordo. Se tudo der certo, quem sabe até o meio deste ano, até o fim deste semestre», indicou o presidente, acrescentando que o país espera introduzir mudanças, embora tenha prometido «abertura» nas negociações.

Scholz chegou ao Brasil depois de visitar e se reunir com os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, e do Chile, Gabriel Boric, com o objetivo de ampliar o comércio bilateral, o fluxo de investimentos e o financiamento de projetos nos países sul-americanos. Em Buenos Aires, Scholz disse que o objetivo de Berlim é «chegar a uma conclusão rápida» do acordo Mercosul-UE.

JC


«Democracia brasileira foi capaz de resistir», diz chanceler alemão

Em visita ao Brasil, o chanceler alemão Olaf Scholz se encontrou nesta segunda-feira (30) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, e comentou sobre ataques golpistas ocorridos há três semanas na capital federal.

«Gostaria de expressar e reafirmar ao presidente Lula, e a todos os brasileiros e brasileiras, que podem contar com total solidariedade da República Federal da Alemanha. Os democratas devem cerrar fileiras diante de um ataque de tal maneira ultrajante. A democracia brasileira é forte e foi capaz de resistir a esse ataque, o que é impressionante e serve de modelo», enfatizou Scholz em coletiva de imprensa, após reunião privada com Lula.

Um pouco antes, ele citou a emoção de ver de perto o Palácio do Planalto, invadido por extremistas há algumas semanas. «Esse encontro me deixa muito emocionado porque as imagens da invasão do Congresso, do Palácio presidencial e do Supremo Tribunal Federal, há três semanas, ainda estão muito presentes na minha e na nossa memória. E ainda podemos ver os resquícios dessa destruição, um sinal para defendermos a democracia». Os dois líderes se reuniram a sós por cerca de uma hora, seguido de um encontro de trabalho com ministros dos dois países.

A defesa da democracia também esteve em destaque no comunicado bilateral distribuído pelo Palácio do Planalto, após o encontro. Um novo encontro entre Lula e Scholz está previsto para setembro, desta vez na Alemanha. O chanceler da Alemanha também festejou a retomada do diálogo multilateral do Brasil. «Estamos muito felizes pelo Brasil estar de volta à cena mundial e como liderança na América Latina. Vocês fizeram falta, Lula».

Sobre a agenda bilateral, o chanceler alemão citou o desejo de colaboração especialmente na área ambiental e de mudanças climáticas, incluindo proteção da Floresta Amazônica, ampliação de energias renováveis e transformações econômicas justas, além do avanço do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. “O tema central da nossa cooperação será o futuro do nosso suprimento energético. O Brasil, ator importante para fazer avançar a agenda verde, vocês têm experiência com energias renováveis e hidrogênio verde», citou.

Mais cedo, o governo dos dois países fecharam um acordo de investimento de 200 milhões de euros, por parte da Alemanha, para medidas de proteção ambiental no Brasil. A parceria foi anunciada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze.

Brasil 247

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