Brasil y Argentina | Acuerdo entre ambos países para avanzar en una agenda sanitaria bilateral

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Vizzotti: Es histórico que en la agenda de integración con Brasil, Salud sea protagonista

La ministra de Salud de Argentina, Carla Vizzotti, consideró este lunes «histórico que en esta agenda de integración entre Argentina y Brasil, Salud esté como protagonista», a la vez que calificó de la misma manera que «en su primera salida de Brasil, el presidente Lula visite Argentina y presente tan claramente ejes de trabajo conjunto entre los dos países».

La funcionaria realizó estas declaraciones en el marco del encuentro que sostuvo con su par de Brasil, Nisia Trindade Lima, en el que acordaron avanzar en una agenda sanitaria bilateral y regional con énfasis en el desarrollo de la ciencia, los derechos humanos, los derechos sexuales y reproductivos y producción conjunta de productos médicos estratégicos, se informó hoy oficialmente.

Durante el encuentro en el Salón Blanco de la Casa Rosada, las funcionarias se comprometieron en trabajar por la promoción de la igualdad y equidad de género, el acceso a los derechos sexuales y reproductivos y a una vida libre de estereotipos, discriminación y todo tipo de violencia, en el marco de la visita a la Argentina del presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

La titular de la cartera sanitaria destacó, además, la importancia de que «por primera vez haya una ministra de Salud en un país como Brasil y que podamos articular dos mujeres en la gestión, sobre todo considerando el retroceso que tuvo Brasil en los últimos años en relación a los derechos sexuales y reproductivos, los derechos de las mujeres, las personas gestantes y la perspectiva de género».

Además, buscarán coordinar y promover políticas de garantía de los derechos de las mujeres a nivel regional y hemisférico, «fortaleciendo el diálogo técnico y el potencial de cooperación multilateral», informó el ministerio de Salud en un comunicado

«Se priorizarán las iniciativas que garanticen el acceso a una efectiva e integral salud reproductiva de las personas gestantes y se desarrollarán iniciativas específicas que contribuyan a eliminar las barreras de acceso a los servicios y mejorar los resultados de salud de las diversas culturas y cualquier otro grupo étnico, teniendo en cuenta sus contextos locales, sus prioridades y marcos normativos», indicaron.

En materia de salud mental, acordaron el desarrollo de proyectos regionales que favorezcan la implementación de políticas nacionales, y priorizar «un abordaje comunitario y de derechos humanos que permita romper con estereotipos y falsas creencias y supere los prejuicios y la estigmatización».

En este sentido, Brasil apoyará a Argentina en la organización de la V Cumbre Global de Salud Mental que se desarrollará en octubre en la ciudad de Buenos Aires.

Con respecto a la producción regional de productos médicos estratégicos, se fortalecerá el trabajo conjunto sobre investigación, desarrollo y producción de vacunas, medicamentos, innovaciones relacionadas con la 4ª revolución tecnológica en el ámbito sanitario, productos sanitarios, incluso de terapias avanzadas y biofármacos y/o insumos estratégicos para la salud con miras a contribuir a la autosuficiencia regional.

También se llevarán a cabo actividades relacionadas con la vigilancia, prevención, control, eliminación y reducción de las enfermedades transmisibles, zoonosis, arbovirosis y amenazas ambientales a la salud, contemplando el contexto sociocultural en el que se implementarán.

Asimismo, se promoverá la acción de los programas nacionales destinados a prevenir enfermedades crónicas no transmisibles como la diabetes, la hipertensión arterial o el cáncer, a través de la reducción de los factores de riesgo comunes, como el consumo de tabaco, el consumo nocivo de alcohol, la inactividad física o la ingesta de alimentos poco saludables.

Por último, las funcionarias acordaron trabajar para avanzar en la firma de un Convenio Marco de Cooperación que contenga modalidades de colaboración, de financiamiento, de coordinación y de vigencia y fortalecer todos los procesos regionales de integración que contribuyan a desarrollar y posicionar a la región en todos los organismos y procesos multilaterales.

Télam


Em Buenos Aires, Lula defende nova era nas relações com Argentina

Presidentes se mostraram otimistas sobre criação de moeda comum e empréstimo do BNDES para gasoduto argentino

Em visita à Argentina para participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira (23) com o mandatário argentino, Alberto Fernández.

Após o encontro, que contou com a presença dos ministros da Economia, Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia e Saúde de ambos os governos, os presidentes assinaram acordos em diversos setores e se mostraram otimistas sobre projetos econômicos conjuntos.

Além disso, os mandatário criticaram as forças antidemocráticas de extrema direita na região. Lula chegou, inclusive, a pedir desculpas pelas «grosserias» do ex-presidente Jair Bolsonaro à Argentina.

«Eu estou na verdade pedindo desculpas ao povo argentino por todas as grosserias que o último presidente do Brasil, que eu trato como genocida, por causa da falta de responsabilidade no cuidado da pandemia, por todas as ofensas que ele fez ao Fernández», disse.

Já o presidente argentino comparou o ex-mandatário Mauricio Macri a Bolsonaro e disse que os países tem «desafios muito parecidos» na defesa da democracia. «Quero que saiba, querido amigo, que na Argentina estaremos ao seu lado e não vamos deixar que algum delirante coloque em risco as instituições do Brasil, não deixaremos que nenhum fascista se aposse da soberania popular», disse.

Lula e Fernández também falaram sobre a criação de uma moeda comum entre os países e prometeram iniciar debates para a implementação do mecanismo.

«O que estamos tentando trabalhar agora é que nossos ministros da Fazenda, cada um com sua equipe econômica, possam nos fazer uma proposta de comércio externo e de transações entre os dois países que sejam feitas numa moeda comum, a ser construída com muito debate e muitas reuniões», disse Lula.

A proposta sobre a criação de uma moeda única é um dos pontos mais esperados para as discussões entre Lula e Fernández, já que a proposta vem sendo defendida pelo presidente do Brasil desde sua campanha. Em Buenos Aires, o petista citou a dependência do dólar como uma das razões para a elaboração do novo mecanismo.

«Se dependesse de mim, a gente teria comércio exterior sempre nas moedas dos outros países para que a gente não precisasse depender do dólar. Por que não tentar criar uma moeda comum entre os países do Mercosul, entre os países do Brics? E eu acho que com o tempo isso vai acontecer e é necessário que aconteça porque muitas vezes os países têm dificuldade em adquirir dólares», disse.

Fernández, por sua vez, se mostrou otimista não apenas em relação à proposta monetária, mas também pela sinalização positiva dada por Lula em relação à possibilidade de um empréstimo do BNDES à Argentina para a ampliação do gasoduto Néstor Kirchner.

«Se há interesse dos empresários, se há interesse do governo e se nós temos um banco de desenvolvimento para isso, eu quero dizer que nósvamos criar as condições para fazer o financiamento que gente puder fazer para ajudar no gasoduto argentino», afirmou Lula.

No total, os mandatários assinaram seis acordos em matérias de defesa, saúde, ciências e cooperação financeira, além de uma declaração presidencial conjunta.

Ainda nesta segunda-feira, é esperado que Lula participe de uma reunião com empresários brasileiros e argentinos e de um encontro com movimentos populares.

Venezuela e Cuba

Os presidentes ainda falaram sobre o boicote e críticas que a direita argentina está realizando à participação do presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, e venezuelano, Nicolás Maduro, na reunião da CELAC. Setores da oposição a Fernández chegaram inclusive a pedir que Maduro fosse preso caso desembarcasse na Argentina.

O peronista, no entanto, disse que a CELAC é uma instância de diálogo e deve receber todos os presidentes dos países-membros. «Nós não temos nenhum poder de veto e nem queremos ter. A verdade é que a inquietude pela presença de Maduro e de Díaz-Canel está mais em alguns meios de comunicação do que na CELAC», disse.

Já Lula criticou as ações da direita contra a Venezuela e disse que buscará ser um «construtor da paz». O presidente ainda elogiou a CELAC dizendo que «é um espaço extraordinário para que possamos discutir, aprender e ensinar para que possamos resolver conflitos».

O petista tinha agendado um encontro com o presidente venezuelano ainda nesta segunda em Buenos Aires, mas o compromisso foi cancelado e Lula disse que espera «vê-lo na próxima oportunidade». A ida de Maduro à Argentina foi oficialmente cancelada e ele não deve estar presente na cúpula da CELAC.

Brasil de Fato

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