Brasil | Bolsonaro no reconoció la derrota y la policía desaloja la mayoría de los bloqueos de sus simpatizantes

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Tras dos días de silencio, habló Bolsonaro pero no reconoció el triunfo de Lula Da Silva

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, tras dos días de silencio luego de la derrota electoral ante Lula Da Silva, empezó su demorado discurso a Brasil con un mensaje focalizado a sus votantes. “Quiero comenzar agradeciendo a los 50 millones de brasileños que votaron por mí”, dijo el mandatario brasileño desde el Palacio de la Alvorada, en un discurso que no duró más de tres minutos.

“Nuestra representación en el Congreso da muestra de nuestra fuerza. Dios, patria y familia. Nuestros sueños siguen más vivos que nunca”, agregó.

“Siempre fui rotulado de antidemocrático, pero siempre jugué dentro de la Constitución”, manifestó el mandatario en un mensaje leído ante la prensa.

En su breve discurso, expresó que “seguiré cumpliendo todos los mandatos de la constitución”, en lo que fue el pasaje de su intervención más parecido a la aceptación de la derrota del domingo en el balotaje presidencial.

En cuanto a los cortes de rutas, no tuvo una postura clara. Bolsonaro no condenó las protestas que están causando caos en más de 200 carreteras del país, pero pidió que sean “pacíficas”, en una confusa declaraciones que pareció justificar las protestas que protagonizan sus seguidores. El mandatario dijo que esos cortes de rutas obedecen a “la indignación” que han provocado los comicios.

“Las manifestaciones pacíficas siempre son bienvenidas, pero no pueden perjudicar a la población“, afirmó.

Tras la breve alocución de 2 minutos y 33 segundos de Bolsonaro, en la cual no contestó preguntas de la prensa y se retiró rápidamente, fue aplaudido por los asistentes de su entorno y cuestionado por decenas de periodistas que formulaban preguntas mientras el mandatario se retiraba rápidamente. Bolsonaro ni miró a la prensa y volvió al interior del palacio en silencio.

En tanto, su ministro de la Casa Civil, Ciro Nogueira, tomó a continuación la palabra y fue el encargado de aclarar que el jueves comenzará la transición con el equipo del “presidente Lula”.

Chicanas, demoras y mensajes ambiguos

Hoy a la mañana Bolsonaro había dicho que iba a pronunciarse durante la tarde sobre las elecciones del domingo, en las que ganó el líder opositor Luiz Inácio Lula da Silva, después de que se mantuviera en silencio desde entonces y en medio de una serie de cortes de ruta en el país encabezados por sus seguidores en protesta por el resultado del balotaje.

“Estamos trabajando en el horario, a ver cómo lo resolvemos”, dijo el mandatario al medio R7, según consignó la agencia Sputnik. En principio, había trascendido que Bolsonaro hablaría a las 15 (hora argentina), pero su presentación se fue demorando hasta pasadas las 16.30.

Según había dicho a Reuters el ministro de Comunicaciones de Brasil, Fábio Faria, el presidente Jair Bolsonaro “no impugnará” el triunfo electoral de Lula durante su discurso a la nación. Así lo hizo, pero tampoco reconoció el triunfo del líder del PT.

Lula resultó ganador de la segunda vuelta de las elecciones el domingo, por 50,9% a 49,10%. Grupos de manifestantes bolsonaristas protagonizan desde entonces una ola de bloqueo de rutas en más de 23 estados brasileños y el Distrito Federal para pedir la impugnación de los resultados de las elecciones del domingo.

Las fuerzas de seguridad comenzaron hoy a desbloquear las rutas, en algunos casos con balas de goma y gases lacrimógenos, después de que la Justicia avalara dichos procedimientos y los gobernadores de muchos de los estados afectados dieran la orden de enviar a la policía a liberar los caminos.

Pagina 12



PRF aplica 438 multas e faz 419 liberações de pistas no país

Por Vladimir Platonow

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) liberou 419 bloqueios nas estradas do país e aplicou 438 autuações, até o início da noite desta terça-feira (1), segundo informações publicadas no Twitter do órgão. Mesmo assim, ainda de acordo com a PRF, no momento, havia interdições ou bloqueios em 20 estados.

Santa Catarina apresentava o maior número de ocorrências, com 39 bloqueios, seguido por 23 interdições no Pará e mesmo número em Mato Grosso, 10 interdições e 13 bloqueios no Paraná, 12 interdições e 8 bloqueios em Minas Gerais, 16 interdições em Rondônia, 5 interdições e 5 bloqueios no Rio Grande do Sul, 8 interdições em Mato Grosso do Sul, 8 interdições no Espírito Santo, 6 interdições em Pernambuco, 5 interdições em São Paulo, 3 interdições e 1 bloqueio no Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro, três pontos seguiam parcialmente interditados até as 20h, segundo a PRF, na BR 116, na altura de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na mesma rodovia, na altura do município de Itatiaia, já próximo ao estado de São Paulo, e na BR 465, em Seropédica, região metropolitana do Rio.

Ao longo do dia, a PRF usou diálogo e às vezes a força para desobstruir as rodovias. Em vídeos divulgados pelo órgão nas redes sociais, policiais de choque da corporação dispersam manifestantes com uso de bombas de gás e de efeito moral. Em outros vídeos divulgados nas redes, há momentos em que policiais aparecem conversando com os manifestantes, buscando a colaboração para saírem da pista, o que nem sempre deu resultado, apesar das determinações da Justiça, de serem aplicadas multas ou até a retirada à força dos veículos e dos manifestantes, que não aceitam o resultado das eleições que tornaram Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República.

Brasil 247


Ciro Nogueira confirma início da transição de governo a partir de quinta-feira

Por Vinicius Dori

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), confirmou nesta terça-feira (1º/11) que aguarda o encaminhamento formal, por parte da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do nome do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB-SP), como coordenador do governo de transição da chapa eleita no último domingo (30/10). Início da transição deve acontecer a partir desta quinta-feira (3). A informação foi dada em breve declaração do ministro após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.

Ciro confirmou que manteve contato telefônico com Hoffmann para articular a instalação formal do gabinete de transição, em ato previsto em lei de 2010. “O presidente Jair Bolsonaro autorizou, quando for provocado, com base na lei, a iniciarmos o processo de transição”, declarou Nogueira, no Alvorada.

“A presidente do PT, segundo ela, em nome do presidente Lula, disse que na quinta-feira será formalizado o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin (para coordenar o gabinete provisório). Aguardaremos que isso seja formalizado para cumprir a lei do nosso país”, concluiu o ministro, que deixou o local sem conversar com jornalistas.

Correio Braziliense


Lula escolhe Geraldo Alckmin para coordenar a equipe de transição

O presidente eleito Lula (PT) escolheu o seu vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), para coordenar a equipe de transição. O martelo foi batido na manhã desta terça-feira (1º) em uma reunião com Gleisi Hoffmann, presidente do PT, Alozio Mercadante, responsável por elaborar o seu plano de governo, e outros integrantes cúpula petista em um hotel na capital paulista.

Os principais líderes do PT e dos partidos da coligação que elegeu Lula devem compor o grupo. A equipe de transição despachará do prédio do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília.

Mercadante, que coordenou o programa de governo na campanha, e Gleisi, que foi a coordenadora-geral, estavam cotados para comandar o grupo. Houve especulações de que poderia ser uma coordenação dividida entre Alckmin. No entanto, eles integram o grupo, mas não dividem o comando com o vice-presidente eleito.

“Nós vamos começar as tratativas na quinta-feira (3). Nós já estamos pensando, mas na quinta-feira a gente começa a fazer essa composição [da equipe de transição]”, afirmou Gleisi, em São Paulo, após o anúncio da equipe. “Nossa proposta é ir para Brasília, já ter uma reunião presencial com quem for a parte do governo que vai fazer essa transição para que a gente já possa colocar em operação a equipe de transição.”

Segundo um dirigente petista, Lula disse a interlocutores, em tom informal, que quem for escolhido para ser coordenador não vai chefiar um ministério.

Em governos anteriores do PT, o coordenador acabou se tornando ministro de peso. É o caso de Antonio Palocci, que coordenou a transição no primeiro mandato, em 2002, e virou ministro da Fazenda.

Há dúvidas se Alckmin será escolhido para ocupar alguma pasta. Segundo dirigentes petistas, se Alckmin ocupar um ministério de grande porte, como a Fazenda, Lula teria dificuldades em eventualmente demiti-lo. Por outro lado, dar uma pasta de menor peso para Alckmin poderia passar uma mensagem de desprestígio.

O Globo

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