Violencia política en Brasil | Un hombre asesinó a puñaladas a un militante de Lula
Un hombre apuñaló a un votante de Lula
Por Pablo Giuliano, corresponsal en Brasil
Un hombre de 39 años fue asesinado a puñaladas en un bar en el noreste de Brasil por otro que ingresó al lugar en busca de votantes de Luiz Inácio Lula da Silva, el tercer ataque mortal en el país de un partidario del líder de izquierda antes de las elecciones en las que el domingo enfrentará al presidente Jair Bolsonaro.
No estaba clara la filiación política del agresor, que era buscado por la policía luego del ataque en un bar de la región metropolitana de Fortaleza, estado de Ceará, en el noreste de Brasil, informaron hoy autoridades y medios.
Según testigos citadas por un comunicado de la Policía Civil, la investigación apunta a un asesinato con motivaciones políticas.
Un hombre de 59 años entró al bar el sábado pasado en Cascavel, en el Gran Fortaleza, preguntando: «¿Quién de acá va a votar a Lula?».
La víctima le respondió desde su mesa: «Yo voto a Lula», de acuerdo con el relato de una fuente de la Secretaría de Seguridad Pública de Ceará citadas por el diario O Povo, de Fortaleza.
En ese momento, el agresor lo atacó y lo acuchilló en el pecho.
El periódico Diario do Nordeste dijo que la víctima fue identificada como Antonio Lima, de 39 años, y que en medio de la discusión se escucharon los nombres de Lula y del presidente Bolsonaro.
La víctima no tenía antecedentes criminales y murió cuando recibió atención de paramédicos llamados por los parroquianos del bar.
El asesino está siendo buscado por la Policía Civil (investigaciones) del estado de Ceará, según informó la institución.
En la recta final para las elecciones del domingo, este es el tercer caso de homicidios de electores de Lula por seguidores de Bolsonaro.
El 9 de setiembre pasado fue asesinado en una fábrica en Confresa, estado de Mato Grosso, un elector de Lula por parte de un compañero que era un activista bolsonarista que intentó decapitarlo con un hacha y que se encuentra detenido.
En julio pasado, en Foz do Iguazú, ciudad fronteriza con la provincia de Misiones, el dirigente del PT Marcelo Arruda, que festejaba su cumpleaños 50 con una remera con la cara de Lula, fue asesinado a tiros por un agente penitenciario federal que irrumpió con su arma en la fiesta al grito de «Acá manda Bolsonaro».
En el debate del sábado pasado, Bolsonaro dijo no tener responsabilidades por los casos de violencia política en el país.
El coordinador de la campaña de Lula, el senador Randolfe Rodrigues, dijo a Télam la semana pasada que uno de los motivos por intentar vencer sin necesidad de balotaje es la tensión y violencia política que el entorno del candidato del PT ve si es que hay otras cuatro semanas hasta la segunda vuelta del 30 de octubre.
Homem pergunta quem vota em Lula e mata eleitor em bar no Ceará
Por Mariana Durães e Camila Mathias
Um caseiro de sítio foi morto em um bar em Cascavel, no Ceará, após dizer que votaria no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso aconteceu no último sábado (24) e a Polícia Civil do Estado investiga o crime. Segundo a corporação, o autor foi identificado pelo nome de Edmilson Freire da Silva, de 59 anos, preso preventivamente na tarde de hoje.
Segundo apurou o UOL com presentes ao local no momento do crime, um homem de 59 anos, com passagens por lesão corporal dolosa, entrou no estabelecimento e questionou «quem é eleitor do Lula». Antônio Carlos Silva de Lima, de 39 anos, respondeu que votaria no petista e foi esfaqueado na costela. A Polícia Civil confirmou que o crime se deu após discussão política.
«Com base nas informações colhidas no local do crime, a motivação do crime estaria relacionada a discussão política. No dia, a vítima chegou a ser socorrida, mas morreu durante atendimento médico», diz a nota.
No fim da tarde de hoje, após a prisão, a Polícia Civil ratificou que o suspeito é investigado por homicídio qualificado. Ele já prestou depoimento na Delegacia Metropolitana de Cascavel. Após a oitiva, a corporação afirmou que decidiu manter a linha de investigação relacionada a questões políticas.
Edmilson foi encaminhado para a um presídio não informado pela corporação. O suspeito já tinha passagem por outros crimes. A Polícia Civil não soube informar se ele já apresentou advogado de defesa. «Agora, Edmilson, que já tinha passagem por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica, se encontra à disposição da Justiça», informou a Polícia Civil. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para lamentar o caso e outros dois ocorridos no fim de semana, como o do deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) que denunciou ter sido alvo de um atentado a tiros em Montes Claros. Para a deputada federal, «o fanatismo e o ódio» são «estimulados por um homem desumano e cruel».
Uma menina atacada na cabeça por falar contra Bolsonaro, nosso companheiro Paulo Guedes sofreu atentado a tiros e agora ficamos sabendo que um bolsonarista entrou no bar perguntou quem era eleitor de Lula e o esfaqueou. É fanatismo e ódio estimulados por um homem desumano e cruel
— Gleisi Hoffmann 1313 (@gleisi) September 26, 2022
Sobre a vítima. Antônio Carlos foi sepultado no último domingo (25), na cidade de Guanaces, em Cascavel, interior do Ceará. A vítima trabalhava como caseiro de sítios na região. O homem assassinado no bar deixa um filho de 10 anos de idade.
Bolsonarista é morto em bar em SC; polícia apura motivação política
Um homem de 34 anos morreu após ser esfaqueado em um bar no município de Rio do Sul, em Santa Catarina. A Polícia Civil investiga se o crime teve motivação política ou se foi uma briga familiar. Ele usava uma camisa que fazia menção ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no momento do crime, diz a Polícia Civil.
O caso aconteceu no sábado (24). A corporação identificou o autor do crime, um homem de 58 anos, e informou que ele é conhecido por ser simpatizante do PT, mas não revelou o nome dele.
Hildor Henker foi atingido na artéria femoral, chegou a ser levado ao hospital, passou por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu ontem. Ao UOL, o delegado do caso Juliano Tumitan explicou que uma briga por política aconteceu pouco antes do crime, mas não confirmou se isso foi o principal motivo para o assassinato.
Em uma publicação nas redes sociais, uma irmã da vítima mencionou que foi «homicídio por causa de política», sem detalhar o ocorrido. A reportagem tenta contato com a familiar.