Para Lula fue una «estupidez» provocar todo el tiempo a Argentina, el mayor socio comercial de Brasil

Foto: Victoria Gesualdi
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«Fue una estupidez provocar todo el tiempo a Argentina, nuestro mayor socio comercial»

El expresidente de Brasil y candidato del Partido de los Trabajadores (PT) para las elecciones del domingo, Luiz Inácio Lula da Silva, acusó hoy al actual mandatario y su principal rival Jair Bolsonaro de encarar una “estúpida” confrontación permanente con la Argentina y consideró que esas actitudes han llevado a que la mayor parte de Sudamérica quiera el triunfo de su fuerza política.

“Tenés a toda Sudamérica queriendo que gane en Brasil para ver si podemos coordinar nuevamente una institución multilateral como Unasur y tratar de discutir proyectos de desarrollo. No podés tener un presidente en Brasil que sigue provocando a Argentina todos los días. Argentina es nuestro principal socio comercial”, remarcó Lula.

La Unasur es el bloque regional que Brasil, Argentina, Ecuador, Bolivia y Venezuela, entre otros, impulsaron cuando eran gobernados por administraciones progresistas.

El viraje de varios países hizo que la organización se vaciara y hasta se abandonó la sede que el bloque tenía en Ecuador, en Mitad del Mundo.

En Río de Janeiro, junto al candidato local Marcelo Freixo -un aliado del PSB-, en una conferencia que brindó en el hotel Pestana, frente a la playa del barrio de Copacabana, Lula insistió en atribuir a “la estupidez de los que gobiernan” el alejamiento de su país con respecto a la Argentina.

“Entonces, nos va a costar mucho recuperar muchas cosas que aquí fueron desmanteladas”, afirmó, en respuesta a una consulta de por qué pensaba que el panorama en Brasil era peor que en 2002.

Cuando explicó la necesidad de recomponer conquistas sociales, bajar la inflación y cuidar a las pequeñas y medianas empresas, el candidato del PT remarcó que además había que “recuperar prestigio internacional”, porque “afuera hay mucha gente preocupada por lo que pasa en Brasil”.

También manifestó que en la Unión Europea (UE) había “mucha gente haciendo fuerza” para que hubiera elecciones en el gigante sudamericano y hasta deslizó que tiene “una lista” de países europeos que pretenden el mismo lunes “empezar a discutir proyectos en común”.

Bolsonaro lanzó críticas al presidente argentino Alberto Fernández en reiteradas oportunidades y en 2021 respaldó el intento de reelección de Mauricio Macri.

Télam


Lula chama de ‘burrice’ provocar Argentina e diz que se eleito irá conversar com líderes da região

O ex-presidente Lula, candidato do PT à Presidência da República, afirmou nesta sexta-feira (30) ser «burrice» um presidente brasileiro provocar a Argentina, acrescentando que, se eleito, buscará conversar com os líderes da região.

Lula deu a declaração ao conceder entrevista coletiva no Rio de Janeiro acompanhado de políticos aliados, entre os quais Marcelo Freixo (PSB), candidato a governador, e André Ceciliano (PT), candidato a senador.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, critica com frequência o presidente da Argentina, Alberto Fernández, aliado político de Lula. Durante as eleições argentinas, Bolsonaro defendeu a reeleição de Mauricio Macri, que acabou derrotado por Fernández.

«Você tem a América do Sul inteira querendo que o Brasil ganhe para ver se a gente consegue coordenar outra vez uma instituição multilateral como a Unasul e tentar discutir projetos que são de desenvolvimento. Você não pode ter no Brasil um presidente que fique provocando a Argentina todo dia. A Argentina é o nosso principal parceiro comercial. Sabe? É uma burrice de quem governa. Então, nós vamos ter dificuldade de recuperar um monte de coisa em que foi feito o desmonte aqui», declarou Lula nesta sexta-feira.

Venda de praias

Ainda na entrevista desta sexta-feira, Lula ironizou a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de vender praias no país. Lula chamou a ideia de «estupidez».

Nesta semana, em entrevista a um podcast, Guedes disse que a «má gestão» sobre o tema impede o Brasil de vender praias a empresários estrangeiros. Pela Constituição, as praias são bens da União.

«Vi nas notícias de jornal que o Guedes quer privatizar as praias. Gente, como pode alguém querer privatizar o único bem público que dá ao pobre aparência de rico? Você pega um cidadão, que pode ser o mais pobre do mundo, colocou uma sandália havaiana velha, colocou um short e veio para a praia, você não sabe se ele é rico ou pobre. Você vai tirar isso do cara? O cara vai ter que ser rico para ir para a praia? Nós vamos ver os bacanas comprando Copacabana, e o povo até ali na calçada e volta. Sabe? Que estupidez é essa de vender praia? E foi dito de forma veemente que vão privatizar praia», declarou Lula.

‘Orçamento secreto’

Lula também voltou a criticar o chamado «orçamento secreto», como são conhecidas as emendas de relator, cuja transparência é alvo de ações no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União (TCU).

Lula disse que, se eleito, irá propor a criação do «orçamento participativo» para «fugir» do «orçamento secreto».

«Nós vamos voltar a criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, quero 100 pessoas lá: empresários grandes, médios e pequenos, quero banqueiros e bancários. Para que a gente discuta política pública. Vamos voltar a fazer as conferências nacionais para definir a central das políticas públicas e vamos fazer o orçamento participativo a nível nacional para gente fugir do orçamento secreto. Vamos apresentar, para contrapor ao orçamento secreto, um orçamento feito pelo povo via rede digital. Vamos chamar o povo a participar da elaboração do orçamento», afirmou.

G1 Globo

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