Bolsonaro empujó e intentó quitarle el celular a un youtuber

Imagem: Reprodução / G1
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Bolsonaro forcejeó con un youtuber que lo insultó a la salida de la residencia presidencial

Por Pablo Giuliano, corresponsal en Brasil

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El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, forcejeó y quiso quitarle el celular a un youtuber que lo provocó mientras se filmaba a la salida del Palacio de la Alvorada, la residencia presidencial.

La escena fue filmada por un camarógrafo de la cadena de noticias Globo, que divulgó el video.

El mandatario de ultraderecha estaba saliendo del Palacio de la Alvorada luego de saludar a algunos seguidores, como ocurre todos los días, hasta que en el medio de la gente se filtró el youtuber de la derecha militarista Wilker Leao, que comenzó a gritarle «cobarde» «vago» y otra acusación de alto contenido sexual para reprocharle que ha entregado el control del gobierno al bloque parlamentario de derecha conocido como Centrao.

Mientras gritaba, el youtuber se filmaba, hasta que el presidente se bajó de su automóvil, dijo que quería charlar, pero lo tomó de un brazo y comenzó a forcejear para intentar quitarle el teléfono celular.

En ese momento, la custodia presidencial separó a Bolsonaro de Wilker y comenzó a empujar al youtuber.

Leao suele provocar a los seguidores de Bolsonaro y a los del expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato del Partido de los Trabajadores (PT).

Durante el video, el youtuber lanzó la frase «tchuchuca do Centrao», que significa algo así como «perrita del Centrao», un insulto de contenido sexual para achacarle al presidente que ha cedido ante la llamada «vieja política».

El hecho ocurrió cuando Bolsonaro se dirigía al aeropuerto con destino a Sao José dos Campos, San Pablo, para un acto de campaña de cara a las elecciones del 2 de octubre.

Según la prensa local, el youtuber conversó con Bolsonaro al final del episodio, cuando fue controlado por los custodios.

Télam


Bolsonaro é chamado de ‘tchutchuca’, puxa youtuber e tenta pegar celular

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi xingado por um youtuber na manhã de hoje, em Brasília, enquanto falava com apoiadores. O candidato à reeleição reagiu, puxando o homem pela camisa e tentando colocar a mão no celular dele. O momento foi flagrado em um vídeo publicado pelo portal G1.

A confusão começou quando o youtuber Wilker Leão começou a fazer provocações ao presidente. Em um primeiro momento ele é empurrado e cai no chão —não é possível identificar quem o empurrou. Irritado, ele passa a xingar Bolsonaro de «vagabundo», «safado», «covarde» e «tchutchuca do Centrão».

O vídeo mostra que o presidente chega a entrar no carro oficial, mas sai do veículo e vai em direção ao youtuber. Bolsonaro diz que queria falar com Leão, se aproxima e tentar colocar a mão no celular, puxando o homem pela gola da camisa e segurando o seu braço. Os seguranças presidenciais, então, empurram o youtuber para longe do presidente. Leão sai aos gritos do local pedindo para ser solto pela equipe de Bolsonaro. A reportagem do UOL tenta contato com a Secom (Secretaria de Comunicação Social) para envio de posicionamento sobre o episódio. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

Após confusão, Bolsonaro conversa com youtuber O vídeo também mostra que, momentos após a confusão, o youtuber é levado pelos seguranças até Bolsonaro. O presidente, aparentando estar calmo, conversa com ele, cercado por apoiadores.

Você pode conversar comigo à vontade, sem problema nenhum. Mas por que essa agressividade?.

Leão argumenta que tentou conversar com calma outras vezes com o presidente, mas teria sido proibido. Bolsonaro, então, responde aos questionamentos que o youtuber havia feito antes da confusão.

«Eu preciso aprovar as coisas no Parlamento, certo? Se for para aprovar sozinho, eu sou ditador. Fecha tudo, fecha Supremo, fecha Congresso, fecha tudo e eu resolvo as coisas sozinho. Eu tenho que ter o apoio do Parlamento. Os partidos de centro são quase 300 dos 513 parlamentares. Como vou aprovar um projeto simples de lei dispensando 300 votos?», disse Bolsonaro.

«Eu não posso ser um presidente 100%. Vai desagradar um ou outro em alguma coisa, vai desagradar», acrescentou. Veja a conversa entre Bolsonaro e Wilker Leão.

Veja a conversa entre Bolsonaro e Wilker Leão Bolsonaro: Você pode conversar comigo à vontade, você pode conversar à vontade sem problema nenhum, mas pra que essa agressividade?

Leão: Por que quando eu converso tranquilo com o senhor, quando eu fui lá, eu fui proibido de entrar lá de novo pra conversar tranquilo com o senhor? Quero saber por que o senhor sancionou a limitação da delação premiada, isso não é ruim?

Bolsonaro: Olha só, o Congresso aprova as leis?

Leão: Mas o senhor tem poder de veto e sanção!

Bolsonaro: Não é esse poder todo! Quem determina as leis é o Congresso, qualquer coisa que por ventura eu veto, se eles derrubarem o veto é lei.

Leão: Mas o senhor não vetou, esse é o problema?.

Bolsonaro: Olha só, mas você quer falar do orçamento secreto?

Leão: Também!

Bolsonaro: Se fosse secreto não tava no Diário Oficial da União? Calma que eu vou te explicar! O orçamento secreto se chama RP9, quando eles fizeram R$ 16 bilhões por ano, eu vetei e derrubaram o veto! Inclusive o PT que me acusa de orçamento secreto, votou pra derrubar o veto. Eu não posso ser um cara, um presidente de 100%, vai desagradar um ou outro, vai desagradar.

Leão: Isso daí o senhor reajustou pra poder sancionar o valor que o senhor achava menos pior do que os bilhões que colocaram lá, mas por exemplo o senhor se juntou no partido, algo totalmente discricionário que só depende do senhor, ao Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira é ministro do senhor?

Bolsonaro: Vamos lá, todo partido tem pessoas que devem alguma coisa ou que foram acusados de alguma coisa. Ou você acha que o PT não tem?

Leão: Claro que tem, pra mim o PT é partido de vagabundo! Só que infelizmente o senhor tá representando uma direita que eu não acredito

Bolsonaro: Olha só, eu preciso aprovar as coisas no parlamento, certo? Se eu aprovar sozinho eu sou ditador! Fecha Supremo, fecha Congresso, fecha tudo eu resolvo as coisas sozinho. Os partidos do centro são quase 300 de 513 deputados, como vou aprovar um projeto de lei dispensando 300 votos?

Leão: Por que por exemplo o senhor não tentou reforma tributária? O senhor tá prometendo agora, mas o senhor teve 4 anos e não tentou?

Bolsonaro: Mas não sou eu, você tá esquecendo que nós tivemos uma pandemia pelo caminho, tá? Eu fiquei 28 anos no Parlamento, me aponte qual reforma tributária foi aprovada ao longo de 28 anos no parlamento?

Leão: Nenhuma, mas o senhor não era o cara que ia fazer diferente? O senhor não ia ser diferente?

Bolsonaro: Mas como eu vou fazer sem o centrão? A maior reforma tributária?

Leão: O senhor falou ‘ se for pra governar assim, eu não vou governar’. O senhor falou!

Bolsonaro: a maior reforma foi a redução de gastos do governo. Nós não tivemos, por exemplo, o governo do PT inchou o Estado com concurso público! A maior reforma tributária que nós fizemos foi fazer concurso só pros essenciais. PF, PRF, um lugar ou outro, eu não posso chegar lá e resolver, não é quartel. No quartel eu resolvo as coisas, porque eu mando e o pessoal obedece, aqui não.

Leão: No quartel o senhor resolve? Uma das bandeiras ideológicas do senhor é porte de armas, os cabos e soldados do governo do senhor que foi a minha pergunta, que o senhor com certeza não vai lembrar, lá no cercadinho não tem porte de armas, olha o cara que tá fazendo sua segurança, sai da porta pra fora não tem?

Bolsonaro: Todo mundo muito armado aqui!

Leão: Aqui, né? E quando eles forem pra casa?

Bolsonaro: Porte de arma depende do parlamento! Eu por decreto?

Leão: Pra militar não?

Bolsonaro: Não cê tá, cê tem que ver o estatuto dos militares?

Leão: Portaria 126 do Colog: precisa de autorização do comandante, o senhor é o comandante, é só modificar a portaria 126

Bolsonaro: O que são o cabo e o soldado no exército?

Leão: São tudo! Quem carrega a instituição nas costas.

Bolsonaro: Pô, legal, não sabia disso não?

Bolsonaro: Deixa eu conversar com ele! (neste momento, muitas pessoas começam a falar em torno dos dois)

Leão: Eu que sou doido, né?

Pessoa ao redor deles: Bota ele no hospício!

Bolsonaro: Cabo e soldado ficam por no máximo 8 anos e vão embora, são temporários, não tem concurso pra colocar lá, pra você dar porte de arma pra essas pessoas não é como você quer, são jovens, muitos moram em comunidades.

Leão: Como dar pra um cidadão de bem então?

Bolsonaro: Teriam suas armas tomadas na comunidade, cê não tem dúvida disso?

Leão: O cidadão de bem vai ter sua arma tomada então? O senhor quando era capitão o senhor foi assaltado e, desculpa, teve sua arma tomada? Pode acontecer com qualquer um.

Bolsonaro: Mas eu recuperei minha pistola dois dias depois.

Leão: Quem garante que o cabo e soldado também não?

Pessoa ao redor deles: Petista sempre rouba algo da gente, quando não é dinheiro é tempo!

Leão: olha como é importante debater com contraditório.

Bolsonaro: Você acha que um cabo e soldado tem que ter porte de arma?

Leão: Claro!

Bolsonaro: Mas na lei tá dizendo?

Leão: Se o cidadão de bem pode ter, por que não?

Bolsonaro: A lei tá dizendo que tem que ter no mínimo 21 anos pra dar porte.

Leão: mas eles são militares?

Quem é Wilker Leão

Wilker Leão tem 13 mil inscritos no Youtube. Na apresentação do canal, ele diz ser advogado e cabo do Exército desde 2014, além de ter atuar como auxiliar da Assessoria Jurídica da Secretaria de Economia e Finanças do Exército desde 2015.

Leão diz que o objetivo do seu canal é «promover discussão acerca de tudo que está relacionado a esse universo político e militar». Ele também tem 5,2 mil seguidores no Instagram e 125 mil no TikTok.

Bolsonaro tentou impedir que gravassem os seguranças levando Leão

Assim que Wilker Leão começou a ser levado pelos seguranças de Jair Bolsonaro, a equipe do presidente tentou impedir que o encontro fosse gravado, recebendo apoio do próprio Bolsonaro, que dirigiu-se a seus apoiadores e solicitou: «Filma não, filma não».

Um dos repórteres presente no momento, manteve sua câmera ligada e argumentou com o segurança que o mandou parar de filmar. Confira abaixo a troca.

Segurança: Sem filmar.

Repórter: Não, eu sou da imprensa, posso filmar – ninguém tira meu celular não.

Bolsonaro: Filma não, filma não.

Apoiadora de Bolsonaro: Não, não, ninguém está filmando não, gente.

Repórter: Eu tenho que filmar.

A mesma apoiadora que ecoou pedido de Jair Bolsonaro, solicitando que ninguém filme, expressou desaprovação com o comportamento do youtuber, acusando-o de ter só ido ali «para tumultuar».

«Para que que vem para cá tumultuar? […] Parecia um demônio, gente. Quer provocar, dá nisso», afirmou.

Um tempo depois, o presidente, que foi conversar com sua equipe de segurança, retorna e permite a gravação: «Pode filmar, gente, pode filmar. Fica à vontade».

UOL

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