Brasil | Allanan las casas de ocho empresarios bolsonaristas por alentar un golpe si gana Lula

2.338

Allanaron a 8 empresarios bolsonaristas por preparar un golpe en Brasil

Por Pablo Giuliano

Un juez de la corte suprema de Brasil determinó este martes allanamientos y el bloqueo de las redes de ocho empresarios multimillonarios aliados del presidente Jair Bolsonaro que están acusados de alentar un golpe de Estado en caso de que el líder opositor y expresidente Luiz Inácio Lula da Silva gane las elecciones del 2 de octubre, se informó oficialmente.

La Policía Federal realizó este martes allanamientos en propiedades de ocho de los empresarios investigados que forman parte de un grupo de Whatsapp donde estarían tramando un movimiento para evitar el reconocimiento de una eventual victoria de Lula ante Bolsonaro.

Los allanamientos fueron ordenados por Alexandre de Moraes, juez de la corte que investiga al presidente por diseminar ‘fake news’ y atentar contra la democracia. El magistrado también es el titular del Tribunal Superior Electoral (TSE).

Los empresarios sospechosos son Luciano Hang, dueño de las tiendas Havan; Meyer Nigri, de la constructora Tecnisa; Afranio Barreira Filho, de la cadena de restaurantes de camarón Cocobambú; Ivan Wrobel, de la constructora W3 Engenharia; José Peres, de la gigante de los shoppings Multiplan; Marco Raymundo, de la multinacional brasileña del surf Mormaii, y los magnates Luiz Tissot y José Koury, del Grupo Sierra, constructora de muebles de lujo.

El más famoso es Hang, el empresario de ultraderecha dueño de las tiendas Havan, famosas por tener una estatua de la libertad en su puerta que ha apoyado a Bolsonaro desde 2018 haciendo campaña y enfrentando a la oposición en videos virales.

Hang informó en un comunicado que la Policía Federal le confiscó el teléfono celular personal.

La revelación sobre la trama golpista fue dada por el sitio de noticias de Brasilia Metropoles.

Bolsonaro repudió en una conferencia de prensa el viernes pasado la nota al calificarla de ‘fake news’.

Bolsonaro evitó anoche condenar manifestaciones golpistas de sus seguidores al considerarlas parte de la «libertad de expresión».

Durante su participación en la entrevista del Jornal Nacional, el noticiero de la TV Globo, el más visto del país que fue seguido por 9 millones de personas, Bolsonaro alimentó la hipótesis de imitar a su aliado Donald Trump y desconocer el resultado electoral en caso de que gane Lula, que lidera las encuestas.

Bolsonaro condicionó la aceptación del resultado electoral de los comicios generales del 2 de octubre en los que busca la reelección a que las elecciones «sean limpias».

«Será respetado el resultado desde que las urnas sean limpias y transparentes», dijo Bolsonaro durante su participación con 40 minutos en el programa periodístico más importante de Brasil, el Jornal Nacional de la cadena Globo, en la televisión abierta.

El mandatario, del Partido Liberal, incurrió en repetir sus afirmaciones sobre el sistema electoral y la pandemia de coronavirus, y justificó a sus seguidores que le piden que cierre el Congreso, el Supremo Tribunal Federal y dé un autogolpe, que fueron todas refutadas por carecer de solidez, diciendo que eso forma parte de «la libertad de expresión».

Bolsonaro volvió a poner sospechas contra el sistema electoral repitiendo una información distorsionada al afirmar que hubo denuncias en las elecciones de 2014 y que las urnas electrónicas que usa Brasil «no son capaces de ser auditadas».

Télam


Quem são os empresários que defenderam golpe de Estado em mensagens de WhatsApp e viraram alvos de mandados do STF

Um grupo de empresários virou alvo de mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (23), por causa de mensagens compartilhadas por WhatsApp (veja mais no vídeo acima).

Nos textos enviados pelo aplicativo, os empresários, apoiadores do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), defendem um golpe de Estado no Brasil caso o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vença as eleições de outubro para a Presidência da República. As mensagens foram reveladas pelo site «Metrópoles».

Saiba quem são os alvos da operação e veja ao final da reportagem o que disseram sobre os mandados:

Luciano Hang (Havan)

Dono da rede de lojas de departamento Havan, o catarinense Luciano Havan, de 59 anos e nascido em Brusque, no Vale do Itajaí, é considerado uma das pessoas mais ricas do país. Ele foi listado em 2022 como o 10º brasileiro mais rico no ranking de bilionários da «Forbes». A fortuna dele divulgada pela publicação foi de US$ 4,8 bilhões, o que o coloca na 586ª posição na lista de mais ricos do mundo.

Hang é um dos mais ferrenhos defensores de Bolsonaro e chegou a ser alvo de investigações da CPI da Covid, no Senado, por suposto envolvimento em esquemas de disseminação de informações falsas, principalmente sobre tratamentos ineficazes contra a Covid.

Filho de operários, Hang começou ainda jovem a trabalhar na mesma fábrica onde trabalhavam o avô e os pais. Foi promovido a vendedor e, com 23 anos, comprou uma pequena fábrica de toalhas que estava fechando. Depois, foi para a Coreia do Sul importar os tecidos. A primeira loja da Havan, inaugurada em 1986 em Brusque, quando Hang tinha 24 anos, vendia apenas tecidos, mas ao longo do tempo passou a diversificar os produtos

Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu)

Engenheiro de formação, o cearense Afrânio Barreira Filho é dono de uma das maiores redes de restaurantes do país, o Grupo Coco Bambu. Especializado em frutos do mar, o empreendimento começou após Barreira Filho reformar uma mansão antiga que era de seu avô e transformá-la em uma área comercial com salas e lojas alugadas, que incluía uma pequena pastelaria criada por ele e a esposa.

O negócio evoluiu para uma marca inaugurada em 2001 e que que hoje se espalha por 17 estados do país, com dezenas de restaurantes e lucro milionário. Antes de entrar para o ramo gastronômico, o engenheiro havia trabalhado por anos em sua área de formação, atuando como funcionário e depois sendo dono de uma construtora.

Marco Aurelio Raymundo (Mormaii)

Nascido em Guaíba (RS), Marco Aurélio Raymundo é médico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Morongo, como o empresário é conhecido, fundou a Mormaii, empresa de vestuário e artigos de surfe, nos anos 1970, em Garopaba (SC), para onde se mudou com a então esposa.

A marca hoje é uma das maiores do mundo do segmento, mas está mais voltada a licenciamentos e franquias (são 30), e segue tocada por Raymundo e seus filhos. Em entrevista à revista Forbes, ele conta que chegou a passar a fábrica para um amigo há cerca de dez anos, mas retornou pouco depois.

Em 2011, recebeu da Assembleia Legislativa do estado o título de «Cidadão Catarinense» – revogado, no entanto, quatro anos depois. Na lei que concedeu o título, Raymundo é descrito como “médico, empresário, músico, piloto de helicóptero, surfista e velejador”.

José Isaac Peres (Rede Multiplan)

José Isaac Peres, empresário e sócio-fundador da Multiplan, durante homenagem pela Associação Comercial do Rio de Janeiro como Empresário do Ano, em abril de 2022 — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Sócio-fundador da rede Multiplan de shopping centers, o empresário José Isaac Peres é de Ipanema, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, e criou sua primeira empresa, a incorporadora Veplan, aos 22 anos. Na época, ele era estudante da antiga Faculdade Nacional de Economia, atual Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Peres começou a investir no ramo quando este segmento ainda era incipiente no país. Inicialmente, ele apostava em empreendimentos distantes dos centros urbanos. Foi o criador, por exemplo, do shopping Ibirapuera, em São Paulo, BH Shopping, em Belo Horizonte, BarraShopping, no Rio de Janeiro, RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto, e ParkShopping, em Brasília.

Também esteve à frente do lançamento do primeiro condomínio residencial de alto padrão da América Latina com campo de golfe iluminado, além de ciclovia, heliponto e clube de lazer, o Barra Golden Green, na Barra da Tijuca.

Meyer Joseph Nigri (Tecnisa)

Meyer Joseph Nigri durante evento beneficente em prol da Unibes com a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, em São Paulo, em junho de 2013 — Foto: Juan Guerra/Estadão Conteúdo/Arquivo

Meyer Joseph Nigri é engenheiro civil e fundador da Tecnisa, empresa do setor imobiliário, fundada em 1977 em São Paulo. Nigri é hoje vice-presidente do Conselho de Administração da companhia, que é presidida atualmente por seu filho, Joseph Meyer Nigri.

A Tecnisa abriu capital na bolsa em fevereiro de 2007 e, em seu site, informa ter lançado mais de 7,3 milhões de metros quadrados de empreendimentos, com 270 lançamento e mais de 46,5 mil unidades, sendo 40 mil apartamentos.

Ivan Wrobel (W3 Engenharia)

Ivan Wrobel é dono da W3 Engenharia, fundada em 1977. A construtora tem foco principalmente em empreendimentos na zona sul do Rio de Janeiro. Em sua página na internet, a empresa diz ter atuado em mais de cem empreendimentos, entre shopping centers e edifícios comerciais e residenciais.

Em comunicado divulgado após vir a público as mensagens golpistas de Wrobel no grupo de WhatsApp, o advogado dele afirmou que o empresário, descendente de família polonesa judia, foi convidado a se retirar do IME (Instituto Militar de Engenharia) em 1968, após se manifestar contra o AI-5.

Luiz André Tissot (Grupo Sierra)

Fundador Grupo Sierra, rede de móveis de luxo, Luiz André Tissot vem de uma família com tradição na manufatura de artigos de madeira na Serra Gaúcha. Em Gramado, onde o empreendimento possui um showroom, o negócio cresceu junto com o turismo na cidade.

Aberta em 1990 como importadora de móveis de alto luxo com assinatura de designers italianos, o que começou como Sierra Móveis hoje fabrica itens como cadeiras, sofás e poltronas. Há mais de 70 unidades no país e também pontos de vendas em países como Chile, Argentina e Panamá.

Em 2018, a empresa de Tissot foi alvo de processo no qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) descreveu ter havido coação eleitoral. O empresário, segundo o MPT, encaminhou carta aos empregados manifestando sua intenção de voto e indicando motivos para votarem em seu candidato, assim como motivos para não votar em candidatos de outras correntes políticas.

Segundo o MPT, «o teor da carta [do empresário a funcionários] transmite a mensagem de que não votar no candidato apontado pelo empregador seria prejudicial ao país, à empresa e aos empregos dos colaboradores, não concordando com as posições defendidas por partidos políticos não alinhados com a ideologia propagada pelo candidato defendido».

A assessoria de Tissot foi procurada pelo g1, mas não quis se manifestar sobre os mandados de busca e apreensão cumpridos nesta terça-feira.

José Koury (Barra World Shopping)

José Koury é dono do Barra World Shopping, um empreendimento comercial e de lazer localizado no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O empreendimento se intitula “o primeiro shopping temático do mundo, que reproduz a arquitetura e os principais monumentos de vários países”, como a torre Eiffel e o Big Ben, e possui mais de 400 lojas.

Veja o que os empresários disseram sobre os mandados:

A defesa de Luciano Hang enviou a seguinte manifestação do cliente: «Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros. Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre STF. Eu fui vítima da irresponsabilidade de um jornalismo raso, leviano e militante, que infelizmente está em parte das redações pelo Brasil.»

Daniel Maia, advogado do empresário Afrânio Barreira, disse que a operação é «fruto de perseguição política e denúncias falsas, as quais não têm nenhum fundamento». Disse ainda que o cliente está «absolutamente tranquilo e colaborando com a busca da verdade, a qual resultará no arquivamento da investigação».

A assessoria de Luiz André Tissot informou que a empresa e o empresário não irão se manifestar sobre o tema.

A defesa de Marco Aurélio Raymundo informou que o cliente «ainda desconhece o inteiro teor do inquérito, mas se colocou e segue à disposição de todas autoridades para esclarecimentos».

A defesa de Ivan Wrobel informou que o cliente tem «histórico de vida completamente ligado à liberdade». «Em 1968 foi convidado a se retirar do IME por ser contrário ao AI5. Nada na vida dele pode fazer crer que o posicionamento daquele momento tenha mudado. Colaboraremos com o que for preciso para demonstrar que as acusações contra ele não condizem com a realidade dos fatos», informou.

O Globo


‘Já imaginaram se eu cassasse todos que me xingam no Whatsapp’, diz Bolsonaro sobre operação contra empresários

Jair Bolsonaro comentou a operação da Polícia Federal nesta terça-feira (23) a operação de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas que defenderam um golpe caso Lula (PT) vença as eleições.

«Já imaginaram se eu cassasse todos os que me xingam em grupos de WhatsApp?», questionou Bolsonaro durante almoço com empresários em São Paulo, segundo relatos de pessoas presentes publicados pela Folha de S.Paulo. «Afinal, quem é a favor da liberdade? Eu? Ou os outros?», seguiu Bolsonaro, sem citar o ministro Alexandre de Moraes, que autorizou o pedido da PF.

Segundo a Folha, Bolsonaro recebeu de um dos auxiliares um telefone celular com uma das reportagens sobre a operação da PF e questionou: «Vocês acham que é proporcional bloquear as contas bancárias dessas pessoas [empresários que defendem golpe]? Tem justificativa uma medida desse tamanho?».

Moraes também bloqueou as contas dos investigados nas redes sociais, determinou a quebra dos sigilo bancário e telemático de todos eles e determinou que prestem depoimentos sobre as ameaças à democracia brasileira.

Brasil 247

Más notas sobre el tema