Lula se casó con Janja, socióloga y militante del PT, en una ceremonia íntima en San Pablo
Lula contrajo matrimonio por tercera vez con Janja, una socióloga militante del PT
El expresidente de Brasil Luis Inácio Lula da Silva, contrajo matrimonio en San Pablo con la socióloga Rosángela da Silva, Janja, quien aparece llamada a ocupar un rol preponderante en la campaña para los comicios presidenciales de octubre próximo, en los que el líder del Partido de los Trabajadores (PT) se ubica como el candidato mejor posicionado para gobernar Brasil a partir del próximo enero.
Si bien Lula, de 76 años, y Janja, de 55, decidieron mantener su boda en la mayor reserva posible, con una fiesta a la que sólo asistirán 200 invitados y que estará vedada a la prensa, los propios contrayentes festejaron en Twitter el acontecimiento.
«Nadie más feliz que tú y yo. Hoy es el día para celebrar nuestro amor. Que el viento venga a bendecirnos y se lleve todo mal de nosotros!!», tuiteó Janja, que a partir de ahora será la tercera esposa del exlíder sindical, dos veces viudo, con quien inició su noviazgo en 2017, mientras cumplía los 580 días de prisión que le impidieron competir en las elecciones que consagraron presidente a Jair Bolsonaro.
Ninguém mais feliz que eu e você ❤️ Hoje é dia de celebrar o nosso amor. Que o vento 🌪 venha nos abençoar e carregar todo mal para longe de nós!! pic.twitter.com/0QO00ecJIC
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) May 18, 2022
Más escueto, Lula tuiteó una foto en la que su novia lo abraza por la espalda con el emoji de un corazón y la leyenda «@JajaLula».
Los analistas de la política de Brasil dan como un hecho la irrupción en la campaña de la socióloga Rosángela da Silva, Janja, y de la actual primera dama, Michelle Firmo Reinaldo, una militante evangélica de 40 años, 27 menos que su esposo, el presidente Bolsonaro, con el objetivo de «ablandar» la imagen de los candidatos, en una elección donde es probable que no existan mujeres candidatas.
La inminente esposa de Lula, afiliada desde 1983 al PT, estudió Sociología en la Universidad Federal de Paraná y trabajó durante casi veinte años para la empresa de energía Itaipú Binacional en Curitiba (sur de Brasil).
❤️ @JanjaLula
📸: @ricardostuckert pic.twitter.com/0mrZCmd3ks
— Lula (@LulaOficial) May 18, 2022
Si bien la prensa brasileña afirma que ambos se conocían «desde hace décadas», la asesoría de Lula asegura que iniciaron su relación a fines de 2017.
Pero el romance se mantuvo en secreto hasta mayo de 2019, cuando Lula ya llevaba más de un año preso en la sede de la Policía Federal de Curitiba tras recibir condenas por corrupción que luego fueron anuladas en el caso Lava Jato.
Rosangela participó activamente en el campamento que militantes del PT montaron afuera de la prisión exigiendo su libertad y fue a buscarlo a su salida, en noviembre de 2019.
É amanhã! pic.twitter.com/lKbMo7VDjB
— Lula (@LulaOficial) May 18, 2022
Desde que Lula tuvo sus condenas anuladas y quedó habilitado para disputar la elección, Janja lo ha acompañado en varias de sus apariciones públicas, incluido el lanzamiento de su precandidatura este mismo mes en Sao Paulo.
Lula, nacido en una familia pobre del estado de Pernambuco (noreste), se forjó en la vida política a través de su actividad sindical como obrero metalúrgico en Sao Paulo y gobernó Brasil entre 2003 y 2010.
Se casó por primera vez en 1969, con Maria de Lourdes da Silva, que murió dos años después por una hepatitis y en 1974 con Marisa Leticia, con quien tuvo cuatro hijos, fallecida en 2017 por un accidente cerebrovascular (ACV).
Quem é Rosângela Silva, a Janja, socióloga e esposa de Lula
Três anos após o anúncio, o casamento do ex-presidente Lula (PT) com a socióloga Rosângela Silva ocorreu na noite desta quarta-feira (18) em São Paulo. Horas antes da cerimônia, Janja, como é conhecida, disse que «hoje é dia de celebrar o nosso amor».
Natural de União da Vitória, cidade a 243 km da capital paranaense e localizada na divisa com Santa Catarina, Janja se mudou para Curitiba ainda na infância. Em 1990, ingressou no curso de ciências sociais na Universidade Federal do Paraná, conforme consta em seu perfil em uma rede social, e se especializou em História na mesma instituição.
Filiada ao PT desde 17 anos, a socióloga fez carreira na Itaipu Binacional a partir de 1º de janeiro de 2005 – à época, não havia concurso, e ela foi contratada por meio de análise de currículo e entrevista. Na hidrelétrica, atuou como assistente do diretor-geral e coordenadora de programas voltados ao desenvolvimento sustentável.
Entre 2012 e 2016, ela atuou como assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás, no Rio de Janeiro. Em 2016, voltou à Itaipu. Deixou oficialmente a hidrelétrica em 1 de janeiro de 2020.
Entre suas pautas estão a proteção dos animais e o direito das mulheres. No último 8 de maio, Dia Internacional da Mulher, ela postou:
«Somos muitas, somos fortes! Na Avenida Paulista e em todo Brasil, hoje, nossa voz soou por mais respeito, igualdade e com um Brasil com muito, mas muito mais mulheres na política! Sim, nós podemos».
Janja se apresenta nas redes sociais como «petista de carteirinha» e tem participado ativamente da pré-campanha do ex-presidente. Foi ela, por exemplo, que apresentou, no lançamento oficial da pré-candidatura, o conhecido jingle «Lula lá», em nova versão cantada por artistas como Pabllo Vittar, Duda Beat, Chico César, Martinho da Vila, Lenine, Maria Rita, Paulo Miklos e Zelia Duncan.
Encontro em Curitiba
Janja e Lula se conheceram em Curitiba, onde ela participava de vigílias enquanto o ex-presidente esteve preso na Superintendência da Polícia Federal do Paraná na Operação Lava Jato. Janja escrevia cartas e visitava o petista.
O casal vive junto desde que o petista foi solto, em novembro de 2019, após ser detido pelo ex-juiz Sérgio Moro, que era responsável pelos processos da operação Lava-Jato em Curitiba, no Paraná.
Lula já foi casado duas vezes: com Maria de Loudes, morta em 1971, e Marisa Letícia, falecida em 2017.
Mais de cem representantes de entidades estrangeiras vão acompanhar as eleições de outubro no Brasil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou que a Corte pretende trazer ao Brasil mais de cem observadores internacionais para acompanhar as eleições de 2022.
Fachin também anunciou a criação de uma rede para garantir a vinda ao Brasil de “diversas autoridades europeias e de outros continentes”. O presidente Jair Bolsonaro é contrário à vinda da União Europeia (UE) e fez pressão para evitar o convite aos observadores.
Bolsonaro vem fazendo ataques ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas, sem apresentar provas. O chefe do Executivo chegou a sugerir que as Forças Armadas pudessem fazer uma apuração paralela dos votos, o que não tem lastro na Constituição.
“Nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil”, afirmou Fachin na abertura de palestra do professor Daniel Zovato, diretor para a América Latina e Caribe do Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea Internacional).
De acordo com o presidente do TSE, foram convidados a acompanhar as eleições no Brasil:
— Organização dos Estados Americanos (OEA);
— Parlamento do Mercosul;
— Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);
— União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE);
— Centro Carter;
— Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES);
— Rede Mundial de Justiça Eleitoral.
Observadores europeus
Fachin anunciou a criação de uma rede para trazer observadores internacionais ao Brasil que vão poder acompanhar as eleições de 2022.
De acordo com ele, o objetivo da rede é “garantir a vinda ao Brasil, antes e durante as eleições, não apenas dos organismos que já mencionamos, mas de diversas autoridades europeias e de outros continentes que tenham interesse em acompanhar de perto o processo eleitoral brasileiro de outubro próximo”.
No início de maio, foi informado que o TSE insistiria em trazer ao Brasil observadores da União Europeia.
O tribunal vinha negociando convite para uma missão da UE atuar como observadora do pleito deste ano, mas recuou por falta de apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), responsável por cuidar dos interesses do país com outros governos.
A falta de apoio do MRE se deveu a pressão do presidente Jair Bolsonaro, contrário à vinda da delegação europeia para acompanhar as eleições.
Missões internacionais já participaram como observadoras do processo eleitoral brasileiro. Em 2020, por exemplo, a Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) acompanhou as eleições municipais. No relatório final, a OEA elogiou a atuação da Justiça Eleitoral ao organizar eleições durante a pandemia covid.