De qué hablarán Bolsonaro y Putin en la reunión de hoy

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Putin y Bolsonaro buscan fortalecer la cooperación bilateral

El presidente ruso, Vladimir Putin, recibirá hoy en esta capital a su homólogo brasileño, Jail Bolsonaro, quien llegó la víspera a este país con el objetivo de fortalecer el comercio bilateral.

Ambos mandatarios discutirán las relaciones bilaterales y temas de la agenda internacional actual durante sus conversaciones de este miércoles, confirmó el portavoz presidencial ruso, Dmitri Peskov.

El funcionario ruso señaló que Moscú y Brasilia tienen una agenda bilateral “bastante rica” y durante la visita de Bolsonaro se analizarán áreas potenciales donde la interacción puede profundizarse y expandirse más.

También será una buena oportunidad para intercambiar puntos de vista sobre los temas más candentes actuales en la agenda mundial, incluidos aquellos de los que venimos hablando desde hace tiempo, apuntó.

En declaraciones el viernes en Brasil, Bolsonaro explicó que su Gobierno está interesado en fomentar el intercambio en materia de energía, defensa y agricultura. Advirtió que “Brasil depende, en gran medida, de los fertilizantes de Rusia y Belarús”.

Informó que durante el viaje a Moscú estará acompañado por el ministro de Relaciones Exteriores, Carlos Alberto Franca; de Defensa, Walter Souza Braga Netto; y de Justicia, Anderson Torres.

Según medios de comunicación de ese país, Bolsonaro también espera reunirse con el presidente de la Duma Estatal (Cámara Baja del Parlamento ruso), Viacheslav Volodin.

Otro encuentro que tiene previsto será con representantes del sector agroindustrial, incluidos los productores de fertilizantes, y del sector energético (energía nuclear y producción de gas).

El pasado jueves, la portavoz de la Cancillería rusa, María Zajárova, manifestó que la visita de la delegación brasileña incluirá la primera reunión entre ambos países en el formato 2+2 (ministros de Asuntos Exteriores y Defensa).

Los titulares de ambas naciones analizaran sus vínculos en Naciones Unidas y su Consejo de Seguridad, el grupo Brics (integrado por Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica), y otros organismos y alianzas internacionales.

Según Zajárova, también “examinarán algunos aspectos de la asociación estratégica ruso-brasileña, incluido el fortalecimiento de la cooperación bilateral en el campo militar y técnico”.

Prensa Latina


Russos exigiram confinamento de Bolsonaro até encontro com Putin

Jamil Chade

Por conta das rígidas regras sanitárias no Kremlin, o protocolo russo exigiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) permanecesse confinado em seu hotel, em Moscou, até que ocorresse a reunião com o presidente Vladimir Putin amanhã. O brasileiro, porém, deixou o hotel para um passeio.

Bolsonaro desembarcou com uma máscara nesta terça-feira, numa viagem marcada por polêmicas e considerada mesmo dentro do Itamaraty como uma missão de «alto risco». Desde cedo, o Itamaraty tenta contornar a regra para garantir que o presidente pudesse sair.

Nos últimos dias, a exigência dos russos causou comoção no Executivo brasileiro, que mobilizou diplomatas para tentar reverter a obrigação de manter Bolsonaro fechado até amanhã. Apesar dos apelos, a comitiva brasileira já havia indicado que ele pretendia sair pela capital ainda.

Segundo o site Metrópoles, Bolsonaro deixou o hotel por volta das 18h30 (12h30 no horário de Brasília) para um passeio. O destino não foi informado.

As exigências dos russos deixaram o Planalto irritado, inclusive questionando se outros líderes teriam tido o mesmo tratamento. Uma das preocupações da ala mais radical no Executivo brasileiro era de que a imposição fosse usada no Brasil para evidenciar o fato de que Bolsonaro cumpre regras sanitárias no exterior, mas não no país.

A negociação, portanto, chegou a um acordo: Bolsonaro sairia, mas apenas ao Kremlin, justamente o local onde ocorrerá a reunião de quarta-feira com Putin. Assim, ele continuaria dentro da «bolha» estabelecida pelos russos.

Em todas suas viagens ao exterior, o presidente usou parte de sua agenda para passear pelas cidades que visitou, além de fazer um material de promoção para sua base mais radical.

O fato, segundo membros do Itamaraty, é que as exigências também acabaram levando a uma redução da equipe que acompanharia o presidente.

Para o encontro com Putin, as regras são estritas. Nem mesmo o chanceler Carlos França poderá entrar e Bolsonaro estará acompanhado apenas por um intérprete. No Itamaraty, o temor é de que, sem um profissional ao seu lado, Bolsonaro cometa algum deslize diplomático ou aceite condições e propostas que poderiam representar dificuldades para o Brasil.

Bolsonaro teve de realizar ainda um teste de covid-19 no avião. Um outro teste terá de ser realizado entre hoje e amanhã.

UOL

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