Brasil | Ya son 176 las muertes por las lluvias y deslaves en Petrópolis
Muertos en los deslizamientos de lodo e inundaciones de Petrópolis en Brasil llega a 176; más de 110 desaparecidos
Por Rodrigo Viga Gaier
El número de muertos por los deslizamientos de tierra y las inundaciones de la semana pasada en la ciudad brasileña de Petrópolis llegó a 176 hasta el lunes, dijo la defensa civil del estado de Río de Janeiro, con más de 110 personas aún desaparecidas.
Los aguaceros en la ciudad de la era colonial superaron el promedio de todo el mes de febrero solo el martes pasado, provocando deslizamientos de tierra que inundaron calles, destruyeron casas, arrastraron autos y autobuses y dejaron cortes de cientos de metros de ancho en las laderas de las montañas de la región.
Los residentes describieron la agonía de esperar noticias sobre sus amigos y familiares desaparecidos.
«Vivo aquí desde hace 16 años. Perdí a mi madre de 83 años, a un sobrino de 11 años y a una sobrina de 13 años que todavía está enterrada bajo los escombros. Estoy viviendo una pesadilla y no tengo adónde ir», dijo la residente local Iva Machado, de 62 años.
En respuesta al desastre, varios estados brasileños enviaron refuerzos para ayudar a buscar personas desaparecidas y limpiar los escombros junto con el departamento de bomberos de Río.
Las precipitaciones del martes fueron las más intensas registradas desde 1932 en Petrópolis, un destino turístico en las colinas del estado de Río de Janeiro, conocido popularmente como la «Ciudad Imperial» por ser la escapada veraniega de la realeza brasileña en el siglo XIX.
Según el Instituto Nacional de Meteorología de Brasil, las previsiones meteorológicas para Petrópolis prevén un lunes nublado con lluvias aisladas, lo que podría dificultar las labores de rescate.
Desde diciembre, las fuertes lluvias han provocado inundaciones y deslizamientos de tierra mortales en gran parte de Brasil, al tiempo que amenazan con retrasar las cosechas y obligan brevemente a suspender las operaciones mineras en el estado de Minas Gerais, justo al norte de Río.
Bombeiros atualizam número de mortos em Petrópolis para 176
Por Vitor Abdala e Akemi Nitahara
As mortes provocadas pela chuva da última semana em Petrópolis, na região serrana fluminense, chegam a 176, segundo informações do Corpo de Bombeiros. As equipes trabalham dia e noite no resgate de vítimas. Além dos corpos encontrados, os bombeiros retiraram 24 pessoas com vida.
Segundo a prefeitura de Petrópolis, 114 corpos tinham sido sepultados até a noite de ontem. O trabalho de identificação e liberação de corpos continua sendo feito pelo Instituto Médico Legal (IML). Também estão sendo procurados mais de 100 desaparecidos.
O temporal mais forte caiu no dia 15 de fevereiro, mas desde então a chuva voltou a atingir a cidade em diversas ocasiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para hoje é de pancadas de chuva ao longo do dia.
Ontem, a Defesa Civil de Petrópolis acionou, no fim da tarde, as sirenes do primeiro distrito, além de emitir avisos por SMS e grupos de comunicação por aplicativo. O primeiro distrito envolve a parte mais densa da cidade e os bairros já atingidos pelos deslizamentos de terra e enchentes do dia 15, como Alto da Serra, Bingen, Quitandinha, Valparaíso e centro.
Hospital de Campanha
A Marinha terminou de montar ontem (20) um hospital de campanha no Sesi Petrópolis, na Rua Bingen. A unidade funciona das 8h às 18h, com 12 leitos de enfermaria e cinco estações de atendimento ambulatorial, aberto a pessoas que precisem de atendimento de baixa complexidade.
De acordo com o diretor do Centro de Medicina Operativa da Marinha, capitão Kleber Coelho de Moraes Ricciardi, a unidade vai apoiar os hospitais da cidade.
“Estamos aqui para apoiar a estrutura de saúde local, realizando atendimentos clínicos, laboratoriais, odontológicos, pediátricos, ortopédicos e pequenos procedimentos. Assim, deixamos os atendimentos de maior complexidade para os hospitais previamente estabelecidos”.
O apoio da Marinha à tragédia de Petrópolis começou na madrugada do dia 16, na desobstrução das vias com motosserras. Caminhões, retroescavadeiras e material para a instalação do hospital de campanha chegaram na manhã do dia 17. O efetivo da força na cidade é de 60 viaturas e 300 militares, entre fuzileiros navais, médicos, enfermeiros e farmacêuticos.