Brasil | Bolsonaro compara a Petrópolis con una zona de guerra mientras el alud deja 130 muertos y 218 desaparecidos
Bolsonaro dice que destrucción del alud hace que Petrópolis parezca una zona de guerra
El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, dijo el viernes que la destrucción resultante del desastre del deslizamiento de tierra que dejó menos 123 muertos en Petrópolis hacía parecer que la zona hubiera sido sacudida por una guerra.
«Vi una destrucción intensa. Parecía casi como si hubiera habido una guerra», dijo Bolsonaro tras sobrevolar la catástrofe en la ciudad ubicada en las montañas del norte de Río de Janeiro que fue golpeada por lluvias torrenciales.
Decenas de casas en las laderas fueron destruidas por los deslizamientos de tierra el martes tras las lluvias más intensas registradas desde 1932. Coches y autobuses fueron arrastrados por las inundaciones que dejaron un rastro de destrucción por las calles de la ciudad.
Los aguaceros siguieron aumentando la sensación de miedo y angustia en la ciudad mientras los residentes buscaban a sus familiares y amigos desaparecidos.
Hay informaciones contradictorias sobre el número de víctimas de la tragedia. La policía dijo el jueves que más de 100 personas seguían desaparecidas, aunque otras autoridades cifran el total en 35.
Petrópolis y la región circundante ya se vieron afectadas por graves tormentas en 2011, cuando más de 900 personas murieron en inundaciones y deslizamientos de tierra.
El destino turístico es conocido como la «Ciudad Imperial» de Brasil, ya que era el lugar de veraneo de la realeza en el siglo XIX.
Bombeiros esperam encontrar vítimas com vida em Petrópolis; tragédia já deixa 130 mortos e 218 desaparecidos
Após quatro dias de buscas em Petrópolis, o Corpo de Bombeiros acredita ainda ser possível resgatar vítimas com vida da lama. Durante a madrugada desta sexta-feira (18), sirenes no Morro da Oficina – um dos locais mais devastados pela tempestade que causou deslizamentos e destruiu a cidade – voltaram a tocar (veja mais no vídeo acima).
Por volta das 16h20, a Defesa Civil acionou sirenes no primeiro distrito da cidade, após previsão de chuvas para a região.
Os moradores das localidades do Morro dos Ferroviários, que abrange área do Morro da Oficina, da comunidade 24 de Maio, do Vila Felipe, do Chácara Flora, do Sargento Boening e São Sebastião foram alertados com a possibilidade de ocorrência de chuva nas localidades.
O número de mortos chegou a 130, segundo o Corpo de Bombeiros. O Instituto Médico-Legal (IML) informou que, entre as vítimas, há 79 mulheres e 41 homens, sendo 21 menores de idade. Ao todo, 80 corpos foram identificados, e outros 64, liberados. Veja quem são algumas das vítimas já reconhecidas.
O IML recebeu ainda partes de outros dois corpos – nesse caso, não é possível identificar se são de homem ou de mulher, razão pela qual será preciso fazer coleta de material genético de parentes.
Até esta quinta-feira (17), o IML tinha apenas um caminhão frigorífico para armazenar os corpos. Nesta sexta, com o reforço da infraestrutura, o órgão passou a contar com dois caminhões e dois contêineres frigoríficos.
Segundo a Polícia Civil, foram feitos 218 registros de desaparecimentos, mas não se sabe quantos desses já foram encontrados. Veja quem são os desaparecidos e como tentar encontrar alguém.
Até a última atualização desta reportagem, o tempo permanecia instável em Petrópolis nesta sexta. O coronel Leandro Monteiro, secretário estadual de da Defesa Civil e comandante dos bombeiros, explicou que não pode avançar com máquinas pesadas, como tratores, em qualquer lugar.
“Nestes locais onde a população pede o uso de máquinas, nós não podemos entrar com máquinas agora. O Corpo de Bombeiros acredita encontrar pessoas com vida ali”, afirmou Monteiro. “Eu não posso remover o solo da maneira que eles querem».
Monteiro detalhou o protocolo dos bombeiros: “Temos uma técnica para este tipo de desastre. Primeiro, precisamos de silêncio. É um trabalho manual, chamamos as pessoas pelo nome, depois passamos com os cães treinados para encontrarem pessoas vivas, e depois os bombeiros passam fazendo mais um chamado pelo nome”.
MAIS CHUVA
Na noite desta quinta-feira (17), voltou a chover forte, o que fez a Defesa Civil acionar as 14 sirenes do primeiro distrito, para aviso de previsão de chuva forte na região. A Defesa Civil do município também disparou sirenes nestas localidades:
24 de maio
Ferroviários
Vila Felipe — Chácara Flora 2
Sargento Bohning
São Sebastião — Adão Brand
São Sebastião — Vital Brasil
Siméria
Por causa do mau tempo e do terreno instável, as buscas haviam sido suspensas na noite desta quinta, para garantir a segurança das equipes.
Novo deslizamento
Também na tarde de quinta, um novo deslizamento fez com que as autoridades retirasse as pessoas do bairro 24 de Maio. Uma moradora contou que uma barreira passou a um palmo da casa dela.
A Delegacia de descoberta de paradeiros (DDPA) mandou quase todo seu efetivo para Petrópolis.
Quatro equipes passaram o dia fazendo uma varredura em hospitais, abrigos e escolas para identificar as pessoas desaparecidas.
«As pessoas que perderam entes queridos não têm condição de ir a uma delegado fazer registro de desaparecimento. Então, montamos esse mutirão, indo nos locais, para pegar nomes, dados, roupas que essas pessoas estavam usando na hora, tudo pra facilitar essas identificações», explicou a delegada Ellen Souto.
Cerca de 500 bombeiros trabalham nas buscas aos desaparecidos.
Resgates
Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 967 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade em igrejas e escolas da rede pública municipal.
Entre os sobreviventes, os rodoviários que trabalhavam nos dois ônibus que foram arrastados para dentro do rio Quitandinha conseguiram sair dos veículos com vida.
A informação foi divulgada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) nesta quinta-feira (17).
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta, permanece muito alta a possibilidade de ocorrência de eventos de movimentos de massa na Região Serrana do Rio, especialmente em Petrópolis.
Ainda de acordo com o Cemaden, estes fatores indicam um elevado nível de umidade do solo que pode favorecer a ocorrência de deslizamentos de terra mesmo na ausência de chuva.
Na manhã desta quinta, foram publicadas duas medidas no Diário Oficial do Rio de Janeiro para ajudar o município. O pagamento do IPVA e do ICMS foram prorrogados para o segundo semestre e a Alerj vai repassar R$ 30 milhões para a prefeitura de Petrópolis.
O governador Cláudio Castro (PL) esteve na cidade da Região Serrana na quarta-feira (16). Ele concedeu uma coletiva ao lado do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro.
«Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária», atualizou o governador.
Segundo Castro, o temporal em Petrópolis uniu ‘tragédia histórica’ e ‘déficit que realmente existe’.
A Prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento às vítimas. Quem tiver parentes desaparecidos deve procurar a delegacia.
A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva moderada a qualquer momento no município nesta quarta (veja no vídeo abaixo). Em caso de emergência, o telefone 199 está disponível.
Em nota, a Polícia Civil informou que montou uma Força-Tarefa em Petrópolis. Cerca de 200 policiais, entre peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias da Região Serrana atuam no apoio terrestre e aéreo no município.
Cidade sob a lama
Logo cedo nesta quarta-feira, era possível ver o tamanho da devastação — embora, em muitos locais, fosse difícil distinguir o que era casa, o que era terra ou o que era rua.
Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.
O Alto da Serra foi uma das localidades mais devastadas. A prefeitura estima que pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina. Um vídeo mostrou o momento da queda.
Outras regiões também foram atingidas, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga.
A busca por sobreviventes em meio ao soterramento no Morro da Oficina seguiu intensa ao longo da madrugada e contou com a ajuda de moradores e equipes dos Bombeiros, Exército e Defesa Civil.
Agentes das secretarias de Obras, de Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Comdep e CPTrans também atuavam no atendimento da população e recuperação da cidade.
“Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas áreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem”, destacou o secretário de Defesa Civil, o tenente-coronel Gil Kempers.
Desaparecidos
O cadastro de pessoas desaparecidas está sendo feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio.
Pela Polícia Civil, o cadastro é feito pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que faz contato e atendimento especializado aos que buscam informações de desaparecidos e boletins de ocorrência. Até o momento, 116 registros de desaparecimento foram feitos.
O Ministério Público do Rio também tem um cadastro de desaparecidos. Até a tarde desta quinta-feira (17), foram 59 registros, sendo que 13 pessoas já foram encontradas com vida.
No MP, as informações sobre desaparecidos são recebidas pelos canais de comunicação do PLID:
Telefone: (21) 2262-1049
E-mail: atendimento.plid@mprj.mp.br
Site: www.mprj.mp.br/todos-projetos/plid
Pontos de apoio
A Prefeitura abriu todos os pontos de apoio para o acolhimento da população de área de risco.
Em geral, essas estruturas funcionam em escolas e neste momento, há atendimentos nas localidades do Centro, São Sebastião, Vila Felipe, Alto Independência, Bingen, Dr. Thouzete e Chácara Flora.
Pontos de Acolhimento
Esses locais recebem doações e abrigam desalojados:
Centro de Educação Infantil Chiquinha Rolla
Escola Estadual Augusto Meschick
Escola Municipal Alto Independência
Escola Municipal Ana Mohammad
Escola Municipal Doutor Paula Buarque
Escola Municipal Doutor Rubens de Castro Bomtempo
Escola Municipal Duque de Caxias
Escola Municipal Governador Marcello Alencar
Escola Municipal Odette Fonseca
Escola Municipal Papa João Paulo II
Escola Municipal Rosalina Nicolay
Escola Municipal Stefan Zweig
Escola Paroquial da Igreja Bom Jesus
Quadra do Boa Esperança Futebol Clube
Paróquia São Paulo Apóstolo no bairro de Copacabana