Inundaciones en el nordeste dejan 18 muertos y 47 ciudades en estado de emergencia
Devastadoras inundaciones en el nordeste de Brasil dejan 18 muertos y a 47 ciudades en estado de emergencia
Las autoridades del estado brasileño de Bahía anunciaron que al menos 18 personas han muerto y 286 resultaron heridas en inundaciones producto de intensas lluvias registradas desde inicios de noviembre, una situación que podría agravarse luego de que dos represas se rompieran este domingo.
Cerca de 4000 personas han sido obligadas a abandonar sus viviendas por torrenciales aguaceros que desde noviembre han afectado a 72 ciudades en 37 municipios del nordeste del país. El gobierno bahiano estima que el número total de personas afectadas ronda las 400.000, según el medio local O Globo.
Hay seis de estos municipios con inundaciones graves y deslizamientos de tierra provocados por los desbordamientos de ríos y las lluvias continuas durante los días 23, 24 y 25 de diciembre.
“En este momento estamos actuando para salvar a gente, para rescatar a gente de los techos de sus casas por medio de botes”, declaró el gobernador de Bahía, Rui Costa, en una visita el domingo a la zona afectada.
El funcionario puso en marcha una misión de asistencia para repartir alimentos, colchones y ropa entre la población golpeada por el temporal, al tiempo que agrego a través de un decreto firmado este domingo a 47 ciudades en la lista bajo situación de emergencia junto a otras 25 que habían ingresado el sábado.
“Con el decreto de emergencia, los alcaldes pueden tener un acceso más fácil a los recursos para las obras de recuperación y para brindar asistencia a las personas sin hogar”, explicó O Globo.
Fuerzas federales y estatales, con la colaboración de otros estados como Minas Gerais, Espírito Santo o Sao Paulo, desarrollaban una operación conjunta con personal, equipamiento y helicópteros, para auxiliar a miles de afectados por inundaciones tras desbordes de ríos.
La crítica situación por las lluvias se agravó en las últimas horas.
“Tenemos 37 ciudades con varias comunidades bajo el agua”, agregó el gobernador, quien sobrevoló en la mañana del domingo las áreas afectadas del sur bahiano.
“Es una tragedia gigantesca. No recuerdo en la historia reciente de Bahía que haya pasado algo de estas proporciones. Es realmente aterrador el número de casas, calles y localidades que están bajo el agua”, apuntó, según recoge el diario Fohla de S. Paulo.
Hasta el viernes, el número de desplazados superaba los 11.000 y casi 4200 personas necesitaron refugio de las autoridades tras abandonar sus hogares, según el último balance de la Superintendencia de Protección y Defensa Civil de Bahía (Sudec). Las personas fueron movilizadas con medios aéreos, camiones y barcos hacia zonas seguras.
El nivel de agua de uno de los principales ríos de la región, el Río Cachoeira, subió más de diez metros y los residentes temen el colapso de los puentes que lo atraviesan debido a las grandes cantidades de agua que se acumulan sobre la estructura.
Estados vecinos como San Pablo, Maranhao, Minas Gerais, Espírito Santo, Río Grande del Norte, Sergipe o Paraíba han enviado también aeronaves y equipos de bomberos para colaborar en el rescate.
San Pablo envió unos 20 hombres, entre ellos bomberos y agentes del Comando de Aviación de la Policía Militar para “auxiliar en el rescate y en la búsqueda de víctimas de las fuertes lluvias del sur de Bahía”, publicó en Twitter el Cuerpo de Bomberos del estado.
Derrumbe de represas
En tanto, dos represas se derrumbaron este domingo en la zona, amenazando con agravar los daños causados por las inundaciones y obligando a la población a escapar de sus hogares ya afectados por las devastadoras tormentas.
Una de las represas afectadas fue en Itambé, mientras otra más pequeña se rompió en la frontera entre Anagé y Vitória de Conquista, sin causar mayores daños.
Los gobiernos municipales de Jussiape e Itambe publicaron mensajes en redes sociales exhortando a sus habitantes a huir de esas zonas inseguras.
“Una represa con alto volumen de agua se ha roto y se pronostica que en breve habrá una inundación repentina en la municipalidad de Itambé. Todos los habitantes deben evacuar las márgenes del río Verruga inmediatamente”, dice el mensaje publicado en la red social Instagram.
No hubo informes de muertos o heridos o daños importantes al momento, aunque los detalles del incidente son limitados.
La Secretaría de Medio Ambiente (Sema), que realiza inspecciones con el Instituto de Medio Ambiente y Recursos Hídricos (Inema), informó que algunas represas recibieron instrucciones de realizar “intervenciones” para “paliar complicaciones futuras”, pero no dio mayores detalles, informó O Globo.
Itambé es una región agrícola en el sur de Bahía ubicada a unos 200 kilómetros tierra adentro de la ciudad costera de Ilheus.
En la capital del estado de Salvador, las autoridades meteorológicas dijeron que las lluvias de diciembre han sido seis veces mayores que el promedio.
Se prevé que las lluvias continúen durante al menos una semana más, lo que alarma a las autoridades y a la población.
Chuvas na Bahia já atingem 72 cidades, causam 18 mortes e deixam mais de 16 mil pessoas desabrigadas
As fortes chuvas que atingem o Sul e Sudoeste da Bahia já causam danos em 72 cidades. Ao menos 18 morreram devido à força das águas, e o governo baiano estima em cerca de 430 mil o número de atingidos pela tragédia. Em algumas localidades, rios subiram 10 metros e deixaram municípios inteiros debaixo d’água. Com estradas bloqueadas por deslizamentos, há distritos isolados, o que dificulta as operações de salvamento.
Na tarde deste domingo, o governador Rui Costa assinou decreto que adicionou 47 cidades à lista de municípios em situação de emergência em decorrência dos temporais — outras 25 haviam entrado na lista no sábado. Com a decretação de emergência, os prefeitos podem ter acesso facilitado a recursos para obras de recuperação e para dar assistência a desabrigados.
— Estamos mobilizando todas as nossas forças. Montamos uma base de apoio em Ilhéus e estamos deslocando reforço de pessoal dos bombeiros, polícia, Defesa Civil — disse o governador. — Estamos mobilizando todos os esforços para socorrer as pessoas atingidas pela água. Nesse momento, o esforço é para retirar todas as pessoas de área de risco, de casas que eventualmente correm risco de desabar e prestar essa assistência inicial, restabelecendo ligação de água, energia, e garantir apoio com cestas básicas.
O estado da Bahia sofre com os efeitos das fortes chuvas desde o fim de novembro, cenário que só se agravou com a chegada do verão. São 72 cidades em situação de emergência, pelo menos 37 completamente alagadas e, desde o início dos temporais, há registro de 18 mortes, de acordo com a Defesa Civil estadual, e 286 feridos com as enchentes. Ainda segundo o último balanço da pasta, até agora são 16.001 pessoas desabrigadas e 19.580 desalojadas — ou seja, precisaram deixar suas casas, mas não requisitaram abrigo. A estimativa é de que uma população de 430 mil pessoas já tenha sido afetada. O nível do Rio Cachoeira, um dos maiores da região, subiu mais de dez metros, e um grande volume de agua invadiui as principais ruas da cidade de Itabuna, pressionando uma ponte que atravessa o local. Os moradores tememum desmoronamento. O superintendente da pasta, Coronel Miguel Filho, admite que os números mudam a todo momento.
Além da base que já estava montada em Itamaraju, no extremo Sul baiano, agora foi instalada também uma base de operações em Ilhéus, onde estão deslocadas equipes do corpo de Bombeiros, Defesa Civil e da Polícia Rodoviária Federal, que cedeu agentes e aeronaves à operação. Além disso, após uma série de reuniões neste sábado, Rui Costa afirmou que receberá apoio logístico e de efetivo de pelo menos quatro estados: Maranhão, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Espírito Santo. Além disso, o governo estadual convocou o Conselho Nacional de Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom), instituição que reúne bombeiros de todo o país, para auxiliar nas tomadas de decisão.
Neste sábado (25), Rui Costa se reuniu com representantes do governo federal, e garantiu apoio também com combustíveis e aeronaves para auxiliar em resgates. Curiosamente, um dos presentes era o ministro Marcelo Queiroga, que está hospitalizado desde a noite do dia 24, quando sofreu um acidente de moto no Rio de Janeiro. Ele participou da videoconferência com a câmera desligada.
Além disso, o governador da Bahia também revelou que entrou em contato com vários estados em busca de ajuda e, num primeiro momento, já recebeu aceno positivo por parte de Espírito Santo, Minas Gerais, Maranhão e Rio Grande do Norte, que devem contribuir com bombeiros e equipamentos.
São Paulo também criou uma força-tarefa para auxiliar o governo baiano. Embarcaram do Campo de Marte para a Bahia 14 homens, entre bombeiros e agentes do Comando de Aviação da Polícia Militar. Pela manhã, o Corpo de Bombeiros de SP publicou fotos dos militares partindo rumo ao nordeste, e anunciou que, ao todo, serão 20 homens empenhados na missão.
Neste domingo (26), o governador Rui Costa e o ministro da Cidadania, João Roma Netto, visitam áreas afetadas. Há expectativa de que novas ações sejam anunciadas. «Sabemos que existem posições políticas distintas, mas a população pede socorro e quem pede socorro não quer saber de onde vem ajuda», escreveu o ministro.
Risco das barragens
Além do estrago relativo à destruição de casas, estradas e pontes, há preocupação ainda em relação às barragens. Uma série de vistorias técnicas têm sido realizadas em diversas cidades para verifica o estado destas represas após os temporais. Em Itambé, houve o rompimento de uma barragem e pessoas precisaram deixar suas casas às pressas. Uma outra — essa de menor porte, conhecida como barra Beija-Flor — também rompeu na divisa de Anagé com Vitória da Conquista, mas a água correu para o Rio de Contas e não causou danos significativos, de acordo com o governo. A Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que realiza as inspeções junto ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) afirma ainda que algumas barragens foram orientadas a realizar «intervenções» para «amenizar futuras complicações», mas não foram revelados maiores detalhes.
Além de todos os problemas, a previsão de chuva continua pelo menos para os próximos 7 dias, podendo ser forte, o que preocupa ainda mais. Enquanto isso, campanhas são criadas por moradores para ajudar aqueles que perderam suas casas, que precisam da doação de comida, roupas e objetos pessoais.
Cidades da Bahia ficam em alerta por rompimento de barragem após chuva
A Prefeitura de Itambé, no sudoeste da Bahia, divulgou alerta na noite de sábado, 25, em razão do rompimento de uma barragem com alto volume de água na região. O comunicado nas redes sociais, que também informava sobre forte enxurrada, pediu que moradores da margem do rio Verruga fossem retirados com urgência.
A barragem fica no distrito de Iguá, em Vitória da Conquista, município que fica a quase 60 km de distância, mas o córrego da barragem também atinge rios que chegam até Itambé. No Estado, o mau tempo nas últimas semanas também já deixou 17 mortos, 286 feridos e ao menos 15, 4 mil sem casa. A população atingida, no total, supera 378 mil pessoas.
O município de Vitória da Conquista continua monitorando as consequências provocadas. Segundo a prefeitura, apesar da seriedade do rompimento da barragem, não houve feridos nem foram registrados graves prejuízos para as localidades nas proximidades. A prefeitura já havia avisado com antecedência a população local. Além disso, assim que teve conhecimento do rompimento, também avisou Itambé.
«Tiramos todas as pessoas que estavam próximas desse córrego, então todas as medidas foram tomadas e estamos prontos para dar toda a assistência aos moradores. Agora é torcer realmente para que não quebre a estrada e não precise interditar a 116», disse a prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (DEM). Desde novembro, a cidade tem recebido alertas e grandes precipitações de chuvas em curto período de tempo, o que provocou alagamentos em várias bairros da cidade.
Enchentes
No momento, diversas cidades da Bahia estão em alerta em razão dos fortes temporais. Após as chuvas iniciadas na noite de quinta-feira, 23, o número de desabrigados e desalojados cresceu. Até a tarde de sexta-feira, 24, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado (Sudec) e as prefeituras dos municípios atingidos registraram 4.185 desabrigados e 11.260 desalojados. O número de feridos era de 286 e a população total atingida chegava a 378.286. O total de mortos pelas enchentes era de 17 pessoas.
Na noite de sábado, Salvador acionou as sirenes de alerta no Bosque Real, em Sete de Abril, e Moscou, em Castelo Branco, diante do risco de deslizamento.
A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) também monitora a situação das rodovias estaduais atingidas pelas chuvas durante o fim de semana. A equipe técnica acompanha as ocorrências registradas em ao menos 17 trechos de vias em seis diferentes regiões baianas. O trabalho vem sendo realizado no extremo sul, litoral sul, médio sudoeste, médio Rio de Contas, Irecê e Recôncavo.
Ainda na no sábado, uma força-tarefa, formada pelo governo federal, governo da Bahia, secretários estaduais e municipais, discutiu as ações de socorro às cidades baianas atingidas pelas fortes chuvas.
“O momento é de solidariedade e trabalho. As diferenças políticas precisam ser deixadas de lado e todos precisam estar unidos para ajudar às vítimas das enchentes”, disse o governador da Bahia, Rui Costa (PT).
Equipes do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e do Rio Grande do Norte seguiram para Ilhéus, também levando aeronaves e equipamentos para se juntar à operação.
O governador de São Paulo, em exercício, Rodrigo Garcia (PSDB), também autorizou, na manhã de sábado, o envio de uma força-tarefa. Ao todo, 36 profissionais do Corpo de Bombeiros e do Comando de Aviação da Polícia Militar também devem seguir para Ilhéus para atuar em uma operação integrada com outras forças de segurança. Espírito Santo e Maranhão já indicaram que vão prestar auxílio.
Campanhas solidárias
Campanhas também estão sendo realizadas para arrecadar doações para as famílias atingidas pelas enchentes. A Prefeitura de Itambé arrecada mantimentos, produtos de higiene e limpeza para os moradores afetados pela enchente que atingiu o rio Verruga.
A partir deste domingo, 26, o grupo Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), também se mobiliza para arrecadações.
Quem quiser ajudar pode entregar alimentos não perecíveis, água, roupas e materiais de higiene e limpeza na sede da VSBA, localizada no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, em Salvador das 8h às 20h. A mobilização também permanece nos próximos dias.
Desde o fim de novembro, moradores de cidades da regiões sul e extremo sul da Bahia também têm sido castigados pelas fortes tempestades.