Exgobernador de San Pablo Geraldo Alckmin renunció al PSDB y aumentan sus chances para ser vice de Lula 

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Alckmin renunció al PSDB y aumentan sus chances para ser vice de Lula

Por Pablo Giuliano

Considerado como un aspirante a ser candidato a vicepresidente del favorito Luiz Inácio Lula da SIlva, el conservador exgobernador de San Pablo Geraldo Alckmin anunció este miércoles que se desafilió luego de tres décadas del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), de cara a su estrategia electoral para los comicios generales de 2022.

«Es un nuevo tiempo, es tiempo de cambios», dice la carta de despedida del PSDB firmada y divulgada por Alckmin en las redes sociales, en el marco de las negociaciones para posiblemente ser compañero de fórmula de su antiguo rival Lula, favorito en las encuestas a vencer en primera vuelta las elecciones de octubre próximo.

Alckmin fue gobernador de San Pablo en tres ocasiones y candidato presidencial en 2006, cuando fue derrotado por Lula, y en 2018, cuando sacó un 4,7% de los votos, el peor resultado del PSDB en su historia.

Ahora, su renuncia abre un panorama novedoso en el marco de las negociaciones que mantiene con Lula, con quien participará el domingo de una cena de beneficencia organizada por el grupo de juristas Prerrogativas, un centro de pensamiento progresista que ha enfrentado al lawfare ejecutado por la Operación Lava Jato.

Tanto Lula como Alckmin intercambiaron elogios pese a que el ahora ex-tucán (como se llaman los del PSDB de Fernando Henrique Cardoso) participó activamente de la campaña de impeachment contra la expresidente Dilma Rousseff, del PT, en 2016.

El futuro de Alckmin depende de una serie de negociaciones que involucran candidaturas a la gobernación de San Pablo por parte de Fernando Haddad, el exministro de Educación y mano derecha de Lula.

Entonces, Alckmin tiene ofertas para afiliarse a partidos que negocian ser aliados de Lula como el Partido Socialista Brasileño (PSB) que gobierna Pernambuco y Paraíba, Solidaridad, un partido de la derecha sindical, y el Partido Social Demócrata (PSD) del exintendente paulista y dirigente derechista Gilberto Kassab, exministro de Dilma Rousseff.

El PSDB ha proclamado al gobernador paulista, Joao Doria, como su candidato para 2022, aunque por el momento cuenta con entre 2 y 3 por ciento de intención de voto en las encuestas.

Télam


Alckmin indica a aliados estar propenso a ser vice de Lula

Ao comunicar que iria se desfiliar do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin deixou mais claro a pessoas próximas que hoje está propenso a encampar o projeto de ser candidato a vice ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo relatos, o agora ex-tucano verbalizou que precisa pensar no país e que se aliar a uma chapa com o petista pode trazer a candidatura de Lula para o centro, afastando tentativas de atrelar a ela a pecha de radical de esquerda.

Aliados de Alckmin que conversaram com ele nos últimos dias o veem maduro na decisão.

O ex-governador paulista chegou a dizer, em encontro com um prefeito paulista, que já havia recebido convite de Lula para se juntar à chapa. E, de acordo com pessoas próximas ao ex-tucano, o ex-presidente e Alckmin têm se falado com frequência.

Embora reconheça haver conversas, uma parte da cúpula do PT não confirma o convite e trata a possibilidade da chapa com cautela.

«Não tem nenhuma conversa formal na mesa com a gente», diz a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Segundo ela, o partido está em processo de conversa com outras siglas e de decisão interna a respeito da formação de federações —quando as legendas se unem nacional e regionalmente por quatro anos.

O PT discute a possibilidade de se unir a PSB, PC do B e PSOL.

«Caso seja formada [a federação], a decisão passa a não ser só do PT. Claro que temos uma preponderância na montagem da chapa, mas tem que ouvir a todos [os partidos], senão é desconsideração», diz.

Apesar da cautela de Gleisi, nos bastidores, alas do PT dizem que Lula está entusiasmado com a ideia de se unir a Alckmin e que as tratativas estão avançadas.

As conversas entre petista e ex-tucano ocorrem pelo menos desde novembro, com antecipou a coluna Mônica Bergamo e tem como entusiastas membro de PT e PSB.

A definição do partido para o qual Alckmin migraria para se juntar ao petista, no entanto, não está fechada. O destino mais provável do ex-tucano é o PSB.

Porém, como a Folha mostrou, dirigentes do PSB têm condicionado a filiação de Alckmin e formação da chapa ao apoio ao nome de Márcio França (PSB-SP) como candidato ao governo no estado.

Para isso, o PT deveria renunciar à candidatura de Fernando Haddad (PT-SP), ex-prefeito paulistano, o que sofre resistências internas.

Alckmin indicou ter ficado chateado com a condição imposta pelo PSB e passou a considerar outras opções de partidos para migrar, como Solidariedade e PSD. No caso deste último, o convite está inicialmente atrelado à candidatura do ex-tucano ao Governo de São Paulo.

Ou seja, seria necessário haver uma construção para o presidente da sigla, Gilberto Kassab, topar unir-se a Lula. Isso porque Kassab lançou a pré-candidatura à Presidência de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado.

De toda forma, no PSB, a aposta é que a aliança sairá e que Alckmin se filiará à sigla. A decisão de o PT abrir mão de Haddad, avaliam pessebistas, não será fácil de ser concretizada, mas nascerá, mesmo que a fórceps.

O PSB paulista, inclusive, elaborou e mostrou ao ex-tucano pesquisas para embasar a decisão e mostrar que ele poderia agregar votos a Lula.

Nesta semana, Alckmin participou de reunião no PSB paulista onde discutiu o ingresso de um aliado na legenda.

Como mostrou a Folha, o ex-tucano e o médico Sandro Lindoso, que foi candidato a prefeito de Osasco em 2020 pelo Republicanos, foram recebidos na sede estadual do partido por França, que é líder do PSB no estado de São Paulo, próximo de Alckmin e entusiasta do arranjo com o PT.

Integrantes do PSB leram no gesto do ex-governador uma sinalização de que ele quer se aproximar do partido.

Alckmin se desfiliou nesta quarta-feira (15) do PSDB e afirmou, em mensagem nas redes sociais, que deu o melhor de si durante os 33 anos em que foi filiado ao partido.

«É um novo tempo! É tempo de mudança», escreveu o ex-governador.

«Um soldado sempre pronto a combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho.»

O ex-tucano afirmou que anunciará em breve os próximos passos. A expectativa entre pessoas próximas é que o anúncio de para qual partido migrará ficará para o ano que vem.

Folha de S. Paulo

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