Lula y el presidente español Pedro Sánchez dialogan sobre la pandemia y el cambio climático

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Dialoga Lula da Silva con gobernante de España

El exmandatario brasileño fue recibido en el Palacio de la Moncloa por el jefe del Gobierno de España, Pedro Sánchez, quien destacó el envío de material médico a Brasil, segundo país del mundo con mayor número de fallecidos por Covid-19.

En una nota oficial, Sánchez subrayó que durante el encuentro con Lula da Silva trataron la situación de la pandemia, el cambio climático y la recuperación económica.

“Es imprescindible poner en marcha acciones rápidas y eficaces para hacer frente a este desafío”, de manera singular ante el aumento de la deforestación en la Amazonía, declaró el jefe del Ejecutivo, quien destacó los fuertes vínculos entre España y Brasil.

Considerado eventualmente el candidato que puede desbancar del poder a Jair Bolsonaro, el líder histórico del Partido del Trabajo (PT) se verá en horas de la tarde con la vicepresidenta segunda y ministra de Trabajo y Economía Social, Yolanda Díaz, militante del Partido Comunista de España y miembro de Unidas Podemos.

Además, el sábado se encontrará con la actual líder de Podemos y ministra de Derechos Sociales, Ione Belarra, en un foro sobre alianzas populares, en el cual estará también el exvicepresidente Pablo Iglesias.

Lula da Silva participó ayer en un evento sobre cooperación multilateral y recuperación regional posCovid-19, acompañado por el expresidente del Gobierno español José Luis Rodríguez Zapatero.

En su discurso, lamentó el hambre que sufre la población del gigante sudamericano y remarcó que “con Bolsonaro, Brasil vuelve al hambre”.

No piensa en nada, no articula nada que no sea maldad, por eso se despierta por la mañana y dice cinco o seis mentiras por día, precisó.

En su gira europea, visitó primero Alemania, donde se reunió con el futuro canciller Olaf Scholz; luego en Bélgica se entrevistó con el alto representante de la Unión Europea para la Política Exterior, Josep Borrell, y en Francia fue recibido por el presidente Emmanuel Macron.

Lula recuperó en marzo pasado sus derechos políticos, después de que el Supremo Tribunal Federal de Brasil anulase todos los procesos por los que fue sentenciado.

Quedó así habilitado para participar en los próximos comicios presidenciales de Brasil que tendrán lugar en octubre de 2022.

Prensa Latina



Lula em Madri: humanidade precisa se curar também do vírus da desigualdade

Em sua participação hoje (18) no seminário “Cooperação Multilateral e Recuperação Regional Pós-Covid-19”, promovida pelo ONG Common Action Forum, em Madri, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os brasileiros querem que a pandemia chegue logo ao fim, mas que, antes da chegada do coronavírus, outro problema já assolava o Brasil e diversos outros países: a desigualdade social. “Antes do primeiro caso de covid-19, o mundo já estava doente, vítima de um vírus igualmente mortal chamado desigualdade”, disse Lula. “A desigualdade está na raiz de incontáveis mortes que acontecem ao redor do mundo. Inclusive quando o atestado de óbito informa como causa da morte a covid-19. A desigualdade mata todos os dias.”

Lula apresentou dados para criticar o abusivo acúmulo de capital por parte dos mais ricos, lembrando que a riqueza de uma parcela de 1% da população mundial é equivalente ao dobro da renda somada de quase 7 bilhões de habitantes. “Em plena pandemia, os bilionários ficaram bilhões de dólares mais ricos. Ao mesmo tempo, os pobres atingiram um nível tão devastador de pobreza, que precisarão de uma década e meia para recuperar o que perderam e voltar à pobreza inicial”, alertou. “A verdade é que a reconstrução do mundo passa necessariamente pela cura da Covid-19, mas precisa ir muito além. A humanidade precisa se curar também do vírus da desigualdade“, completou o pré-candidato do PT às eleições presidenciais do ano que vem.

Desigualdade vacinal

Ao levantar a bandeira da luta contra a desigualdade em Madri, Lula estabeleceu a conexão entre o tema com a saúde pública e o combate à pandemia. Ele lembrou à plateia que mais de 50 países ainda não atingiram meta vacinal. E que apenas 2% da população das nações de baixa renda haviam recebido ao menos uma dose da vacina. “Vivemos um verdadeiro apartheid de vacinas; Enquanto em países ricos há uma extrema direita e negacionistas que se recusam a tomar a vacina, os países mais pobres lutam para ter acesso à imunização. A África não tem 10% de sua população vacinada”, criticou.

O acesso à saúde, reafirmou, é um direito básico da humanidade, assim como alimentação, educação e emprego de qualidade. É a partir da garantia desses direitos, disse Lula, que será possível reconstruir o mundo pós-pandemia e enfrentar a desigualdade. “É preciso dizer ao mundo que não aceitamos mais essa normalidade perversa. O normal é que todas os seres humanos tenham direito a no mínimo três refeições por dia. Que tenham empregos de qualidade, com salários dignos e garantia de direitos trabalhistas. Que tenham acesso à saúde e à educação. Que tenham o direito de serem felizes”, afirmou.

‘Lula precisa voltar’

Ainda durante o seminário em Madri, o ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez Zapatero tomou a palavra, afirmou que a América Ibérica e o mundo necessitam de Luiz Inácio Lula da Silva presidente do Brasil novamente. “Para mim é especialmente significativo que este ato de ‘Lula Livre’ na Espanha (…) e estaremos do seu lado para que ocorra o que necessita a Ibero-américa e o mundo, que é Lula presidente do Brasil novamente.”

Zapatero lembrou ainda do encontro com Lula, quando este teve a liberdade decretada, e brincou, ao afirmar que as primeiras palavras ditas pelo brasileiro foi: “estou apaixonado”. “Realmente, fico contente. Eu o vejo tão feliz. Nós vamos tê-lo presidente novamente”, disse o espanhol.

O ex-presidente da Espanha também parabenizou o colega brasileiro pela biografia. “Aprendi muito com ele. Eu aprendi que o mais importante da vida é trabalhar pelos outros, nunca renunciar, nunca se resignar. E, em primeiro lugar, ser corajoso. Se Lula não tivesse sido um metalúrgico corajoso, não teria tirado 30 milhões de pessoas da pobreza e não teria colocado o Brasil na liderança mundial”, encerrou.

Red Brasilatual

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