Denuncian a Bolsonaro ante el Tribunal Penal Internacional por crímenes de lesa humanidad

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Denunciaron a Jair Bolsonaro ante el Tribunal Penal Internacional por crímenes de lesa humanidad

Una entidad de juristas brasileños denunció al presidente de Brasil, Jair Bolsonaro​, por crímenes de lesa humanidad durante la pandemia ante el Tribunal Penal Internacional (TPI) de La Haya, en Países Bajos.

La acusación se basa en el informe de más de 1200 páginas elaborado por la Comisión Parlamentarias de Investigaciones (CPI) sobre la pandemia creada en el Senado.

Bolsonaro cometió «crímenes contra la humanidad» por haber defendido la «inmunidad de rebaño, boicoteado el programa de vacunación y opuesto a las políticas de cuidados sanitarios», señala la denuncia de la Asociación Brasileña de Juristas por la Democracia (ABJD).

Las conclusiones del Senado, sumadas a los aportes de investigadores, señalan el «empeño y la eficiencia de la actuación del presidente en pro de la diseminación del virus en el territorio nacional», consigna la ABJD.

La entidad presentó una denuncia contra Bolsonaro en 2020 ante el Tribunal Penal, que archivó el caso. Sin embargo, a partir de las nuevas «evidencias», la ABJD considera que la denuncia podría avanzar en la corte internacional.

El mandatario tiene que ser procesado, señalan los juristas, «por las muertes y afecciones de un número impreciso de personas» infectadas por la COVID-19

«Tal vez no se pueda saber cuántas muertes podrían haber sido evitadas», pero la CPI demostró que «hubo un proyecto institucional del gobierno para diseminar la COVID-19».

La CPI del Senado denunció a Bolsonaro por nueve delitos, entre ellos crímenes contra la humanidad, ante la Procuraduría General de la República, el Supremo Tribunal Federal y planea llevar el caso al Tribunal Penal Internacional

La ABJD considera que la actuación de Bolsonaro se encuadra en la doctrina del Estatuto de Roma, del cual surgió el TPI, según la cual no es necesario que haya una guerra para que un jefe de Estado sea acusado de «crímenes contra la humanidad» y de «exterminio de la población».

Clarín


Bolsonaro é alvo de nova denúncia no Tribunal Penal Internacional por extermínio

O presidente Jair Bolsonaro está no centro de uma nova denúncia no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. A ação foi protocolada nesta quarta-feira 10 pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) com novos fatos apurados pela CPI da Covid no Senado e faz um adendo à representação apresentada pelo grupo em abril de 2020. A alegação é de que o ex-capitão cometeu crime de extermínio durante a pandemia.

O objetivo da nova denúncia, de acordo com o comunicado da ABJD, é que a Corte dê prosseguimento no caso e apure as acusações de crime humanitário cometido pelo presidente contra a população brasileira. Segundo os juristas, Bolsonaro teria cometido o crime ao deliberadamente boicotar a vacinação e os demais cuidados sanitários e assumido a opção pela imunidade de rebanho, como teria comprovado a CPI.

“As normas produzidas, decretos e vetos a leis votadas no Congresso, os discursos e atos de Bolsonaro foram determinantes para que o país alcançasse o atual número de mais de 600 mil mortos e 21 milhões de contaminados pela Covid-19”, escrevem os juristas na denúncia enviada ao TPI.

Em comunicado, a ABJD destaca que as ações do presidente ocorreram de forma ‘intencional’ e ‘sistemática’. O grupo diz ainda não ter “dúvidas de que, por não ter cumprido seu dever constitucional de proteção da saúde pública, Bolsonaro deve responder pelas mortes e lesão corporal de um número ainda indeterminado de pessoas”.

Por ter agido intencionalmente, como apontou a CPI, os juristas pedem ao TPI que Bolsonaro seja enquadrado em dois artigos do Estatuto de Roma (art. 5º, 1, “b” e art. 7º, 1 “b” e “k”). A interpretação é de que o ex-capitão privou os brasileiros de acessarem a vacina visando, deliberadamente, destruir parte da população.

“A CPI da Pandemia construiu a linha de tempo mais macabra da história da saúde pública do Brasil, revelando que não se tratou de negligência, imprudência ou irresponsabilidade”, conclui a ABJD.

Ainda de acordo com o comunicado do grupo, o pedido da ABJD em Haia se justifica pela omissão do procurador-geral da República, Augusto Aras, ao não dar prosseguimento com as denúncias contra o presidente.

Confira a íntegra da nova denúncia:

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Carta Capital

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