Brasil | El senado aplaza debate de informe sobre el manejo de la pandemia de Bolsonaro

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Senado de Brasil aplaza debate de informe sobre pandemia que involucra en actos “criminales” a gobierno de Bolsonaro

El Senado de Brasil anunció este domingo el aplazamiento para el próximo miércoles del informe de una comisión investigadora sobre presuntos actos “criminales” del gobierno del presidente Jair Bolsonaro durante la pandemia de coronavirus.

Los senadores querían más tiempo para debatir ese contenido del informe de un millar de páginas y será “leído el miércoles por el miembro relator Renan Calheiros”, dijo en Twitter el presidente de la Comisión Investigadora (CPI) Omar Asiz.

La votación del informe, que estaba prevista inicialmente para el miércoles, se realizará la semana próxima, el 26 de octubre, añadió

El viernes, Calheiros, había anunciado al menos 11 cargos contra Bolsonaro, entre ellos “homicidio por omisión”, “charlatanería”, “genocidio de indígenas” y “crimen de lesa humanidad” por la pandemia que dejó más de 600.000 muertos en Brasil.

Los analistas coinciden en que el impacto a corto plazo del informe final de la CPI será “simbólico”, porque el mandatario brasileño aún tiene apoyo suficiente en el Congreso para evitar un juicio político.

Sin embargo, las consecuencias políticas podrían resultar desastrosas para Bolsonaro, quien está lejos de tener la certeza de ser reelegido en menos de un año y derrotar al expresidente de izquierda Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde abril, once senadores escudriñaron en una pequeña sala del Senado en Brasilia las presuntas omisiones y mentiras del gobierno de Bolsonaro en la gestión de la pandemia.

En las acaloradas sesiones televisadas con incisivas entrevistas a decenas de testigos hubo gritos, insultos, lágrimas y hasta un detenido por mentir.

“Prácticas pavorosas”

La CPI escuchó a casi 60 testigos durante audiencias a menudo tormentosas, con muchas revelaciones comprometedoras para el gobierno.

En un principio, hurgó en las responsabilidades por los pacientes muertos en Manaos por falta de oxígeno, pero luego se adentró en irregularidades como la demora del gobierno en comprar vacunas o la existencia de un “gabinete paralelo” de médicos y virólogos defensores de medicamentos sin eficacia comprobada que asesoraba al mandatario.

En el camino fueron identificadas nuevas tramas, entre ellas supuestas irregularidades en la compra -no realizada- de la vacuna india Covaxin, que le valió a Bolsonaro la apertura de una investigación judicial por “prevaricación” al no haber denunciado el caso, del que teóricamente estaba enterado, a la Policía Federal.

O las conexiones entre el gobierno y las operadoras privadas de salud en la promoción de medicamentos ineficaces para el “tratamiento precoz” del coronavirus.

Ahí saltó el escándalo Prevent Senior, una operadora de salud para la tercera edad acusada, entre otros delitos, de aplicar tratamientos experimentales sin consentimiento de los pacientes y de maquillar el número de muertos por coronavirus. La Fiscalía de Sao Paulo investiga ese caso, que ha impactado a Brasil.

“Lo que pasó con Prevent Senior es lo más pavoroso, desconozco prácticas parecidas en hospitales de la segunda guerra mundial”, declaró Bruna Morato, abogada de 12 médicos de la operadora que denunciaron esas prácticas.

La Tercera


Famílias de vítimas da pandemia falam na CPI da Covid nesta segunda

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve na manhã desta segunda-feira (18) o integrante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Nelson Mussolini. À tarde, será a vez de representantes das famílias que perderam entes queridos para a pandemia darem seu depoimento à CPI da Covid.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), adiou em um dia a leitura do relatório final do colegiado. Prevista inicialmente para ocorrer nesta terça-feira (19), a leitura será feita na quarta-feira (20), segundo informações da Agência Brasil. Já a votação do relatório, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), está marcada para a terça-feira da semana seguinte, dia 26. A decisão pelo adiamento foi do presidente da comissão.

São Paulo – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve na manhã desta segunda-feira (18) o integrante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Nelson Mussolini. À tarde, será a vez de representantes das famílias que perderam entes queridos para a pandemia darem seu depoimento à CPI da Covid.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), adiou em um dia a leitura do relatório final do colegiado. Prevista inicialmente para ocorrer nesta terça-feira (19), a leitura será feita na quarta-feira (20), segundo informações da Agência Brasil. Já a votação do relatório, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), está marcada para a terça-feira da semana seguinte, dia 26. A decisão pelo adiamento foi do presidente da comissão.

A CPI ainda pretende esclarecer se houve algum tipo de pressão ou interferência do governo na decisão tomada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec) de adiar a análise de um estudo sobre o tratamento medicamentoso ambulatorial de pacientes com covid-19.

A comissão chegou a aprovar outros requerimentos relacionados ao assunto; mas decidiu ouvir somente Nelson Mussolini. O primeiro requerimento aprovado foi para oitiva do médico Carlos Carvalho, responsável por coordenar o estudo. A presença do médico, no entanto, não era certa; pois, segundo Randolfe, o pneumologista, em contato com a cúpula da CPI, não garantiu que apresentaria à Conitec o relatório retirado da pauta há uma semana.

Os outros requerimentos aprovados pela CPI foram para convocar outros integrantes da Conitec: o representante da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Carlos Eduardo Menezes de Rezende; o representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Elton da Silva Chaves; e o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Luiz Cláudio Lemos Correa. Os três não serão ouvidos pela comissão.

Vítimas

Segundo Randolfe Rodrigues, as vítimas da pandemia serão ouvidas a partir das 16h. Ele argumenta que a presença delas é “uma forma de se dar voz a milhares de outras famílias brasileiras que foram dilaceradas pela covid-19”.

Conforme proposto pelo requerimento do parlamentar, os convidados representam as cinco regiões do país:

* Norte: Mayra Pires Lima, enfermeira de Manaus. Perdeu a irmã, que deixou quatro filhos, por conta do colapso no fornecimento de cilindros de oxigênio em Manaus, no início deste ano;

* Nordeste: Geovana Dulce, jovem de 19 anos. Perdeu a mãe e terá a guarda da irmã de 10 anos, sendo a nova chefe da família;

* Sudeste: Kátia Shirlene Castilho dos Santos. Perdeu pai e mãe. Ela acompanhou a mãe em sua internação na Prevent Senior, em São Paulo, e o tratamento com base no “kit covid”;

* Sul: Rosane Brandão. Perdeu o marido, que era professor da Universidade Federal de Pelotas;

* Centro-Oeste: Jarquivaldo Bites Leite. Em tratamento com graves sequelas. Por impedimento médico de viajar de avião, virá de carro com acompanhante.

Segundo Randolfe, além destes convidados, devem estar presentes ainda um representante da ONG Rio de Paz e o taxista Marcio Antônio do Nascimento Silva, que perdeu o filho para a covid-19. Em abril de 2020, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, Silva recolocou as cruzes que lembravam as vítimas da doença, numa manifestação simbólica pelo combate à pandemia.

RBA

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