Tensión en Brasil | Además de la marcha pro-Bolsonaro, el 7-S habrá protesta de gremios y movimientos contra el presidente

2.471

Centrales sindicales en Brasil llaman a la unión contra Bolsonaro

Un manifiesto firmado por 10 centrales sindicales llamó a la unión de todos los poderes, gobernadores, alcaldes, parlamentarios, trabajadores y a la sociedad civil para contener al presidente Jair Bolsonaro y salvar a Brasil.

A través de un balance de las crisis económica, social y política que vive el país, las representaciones signatarias critican la escalada autoritaria del gobierno y advierten de la necesidad de unidad el 7 de septiembre, aniversario 199 de la proclamación de la Independencia, en defensa del Estado Democrático de Derecho.

El objetivo, de acuerdo con el documento, es contener los impulsos autoritarios del exmilitar y discutir temas urgentes como la creación de empleos dignos, la necesidad de programas sociales y el enfrentamiento de la crisis sanitaria causada por Covid-19.

Un extracto del escrito reza que ‘en lugar de actuar para resolver los problemas, agravados por el caos político que se instaló en Brasilia en la actual gestión, el gobierno los alimenta’.

Y los utiliza, agrega, para ‘atacar los derechos laborales, afectando aún más el ya de por sí inestable mercado de trabajo’.

De acuerdo con las centrales sindicales, ‘el propio presidente se encarga de generar personalmente enfrentamientos diarios, creando un clima de inestabilidad y una imagen de descrédito de Brasil’.

Alertan que el país no aguanta más, sobre todo las personas pobres, las que más sufren las consecuencias del desgobierno de Bolsonaro.

Brasil ‘no puede estar a merced de las ideas descabelladas de una persona que ha demostrado una total incapacidad política y administrativa, y una total insensibilidad social’, denuncia el contenido.

Insta a que los poderes Legislativo y Judicial en todos sus niveles, los gobernadores y alcaldes se pongan al frente de las decisiones importantes en nombre del Estado Democrático de Derecho.

Para los firmantes del pliego, ‘este movimiento debe ser impulsado por la sólida unión de los trabajadores y sus órganos de representación’.

De igual manera por todas las instituciones democráticas, de la sociedad civil organizada, en definitiva, por todos ‘los ciudadanos que quieran reconducir nuestro país por un camino virtuoso en beneficio del pueblo’.

Miembros del Supremo Tribunal Federal pronostican que el 7 de septiembre intensificará la crisis institucional.

Las manifestaciones progobierno, estimuladas incluso por Bolsonaro, quien anunció su participación en los actos de Brasilia y Sao Paulo, preocupan a las secretarías de Seguridad Pública y del Congreso.

Ese día, según la Central Unitaria de Trabajadores, el rugido de concentración Fuera Bolsonaro se unirá al Grito de los Excluidos en todo Brasil con la participación de sindicatos, movimientos sociales, entidades de la sociedad, partidos progresistas en un total de más de 80 organizaciones.

Prensa Latina


7 de setembro é dia de ocupar as ruas contra desvarios de Bolsonaro e por direitos

Movimentos populares, entre eles a CUT, que há anos realizam o Grito dos Excluídos, derrotaram, em São Paulo, o governador João Doria (PSDB), que tentou proibir a realização de manifestações em defesa da democracia, no dia 7 de setembro na capital paulista. O “Fora, Bolsonaro” e o grito no Dia da Independência ganharam mais força em todo o país com essa vitória e será realizado em centenas de cidades. Confira abaixo mapa e lista de locais onde já tem ato marcado.

A Justiça garantiu aos grupos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) o direito de realizar manifestação no vale do Anhangabaú, na capital paulista, em 7 de setembro. Doria queria que o ato fosse realizado no dia 12, junto com movimentos de direita como o MBL e o Vem Pra rua, além de partidos políticos, que estão organizando protestos para este dia.

“Foi uma vitória da democracia. O governador não tem o direito de proibir a manifestação. Pelo contrário, o papel do Estado é garantir o direito de manifestação. O cidadão não precisa permitir permissão para ninguém para se reunir de maneira pacífica, para expressar sua visão sobre o país”, afirma o presidente da CUT, Sérgio Nobre, que classificou a atitude de Doria como uma intervenção autoritária e ilegal.

A alegação do governador de São Paulo, derrotada por uma liminar conquistada na Justiça, foi de que no dia 7 de setembro haverá atos em defesa de Bolsonaro, convocados pelo próprio presidente, e a realização simultânea das pautas opostas coloca em risco a segurança dos manifestantes.

Atos em todo o país

Os atos democráticos do dia 7 de setembro serão realizados em várias cidades do país e vão engrossar o coro do ‘Fora, Bolsonaro’ no dia 7. Ao tentar proibir a mobilização em São Paulo, João Doria também ignorou o caráter nacional da manifestação, realizada desde 1994.

O Grito

O ‘7S’ é a quinta grande manifestação este ano contra o governo de Jair Bolsonaro. Protestos já foram realizados nos dias 29 de maio, 19 de junho, 3 de julho e 18 de agosto, data em que houve paralisação dos servidores públicos contra a reforma Admisntirativa (PEC 32).

Para o dia 7 de setembro, a convocatória das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e da Campanha Nacional Fora Bolsonaro reforça que a democracia e a soberania do Brasil estão sob ataque. E que Bolsonaro e sua base ameaçam o país com um golpe, citando ameaças diárias do presidente contra as instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atacando o as urnas eletrônicas.

Paralelamente, continuam as consequências da falta de enfrentamento à pandemia, bem como a política econômica desastrosa que vem aumentando o desemprego e deixando milhões de pessoas na miséria e na fome.

O Brasil não pode esperar! Precisamos dar um basta nessa situação! Por isso convidamos todo o povo brasileiro para ir às ruas conosco no 7 de setembro! Vamos juntos com o 27º Grito dos Excluídos à luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho, renda e Fora Bolsonaro Já!

Sérgio Nobre destaca ainda que o dia 7 é um dia crucial “dado o comportamento claramente golpista e de ataque às instituições e à democracia”.

“E a gente sabe o que significa um golpe. Já vivemos uma ditadura no país e não vamos permitir novamente”, completa o presidente da CUT.

O dia 7 de setembro será um contraponto ao autoritarismo de Bolsonaro. Os atos têm de ser grandes não só nas capitais, mas também nas cidades do interior

Por isso, Sérgio Nobre convoca todas as estaduais da CUT e sindicatos filiados a mobilizarem suas bases tanto para ocupar as ruas das cidades como organizar caravanas para as capitais, em especial para São Paulo, onde o ato, este ano, será realizado no Vale do Anhangabaú, região central da cidade.

Já tem atos marcados

CUT


Nunca houve oportunidade como essa, diz Bolsonaro sobre atos de 7 de setembro

Em meio a um cenário de recrudescimento da crise institucional entre os Poderes e da escalada de discursos de cunho autoritário, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a população brasileira nunca teve uma oportunidade como a que terá com os atos do próximo dia 7 de Setembro.

O presidente, porém, não deu detalhes sobre qual seria essa oportunidade e para fazer o que exatamente no feriado.

As declarações foram dadas nesta terça-feira (31) em Uberlândia (MG), em um discurso sem ataques ao Supremo Tribunal Federal, o que tem sido raro nas últimas semanas, e com promessas de seguir a Constituição, também raro diante de seguidas falas golpistas, como as de ameaça às eleições de 2022.

“A vida se faz de desafios. Sem desafios a vida não tem graça. As oportunidades aparecem. Nunca outra oportunidade para o povo brasileiro foi tão importante ou será importante quanto esse nosso próximo 7 de Setembro”, afirmou o presidente em discurso de improviso no interior mineiro.

O presidente se prepara para participar de protestos de raiz golpista e de pautas autoritárias em seu favor que estão marcados para o feriado de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na avenida Paulista, em São Paulo. Bolsonaro prometeu comparecer e discursar nos dois atos.

Como o próprio Bolsonaro já disse, ele busca nesses protestos uma foto ao lado de milhares de apoiadores para ganhar fôlego em meio a uma crise institucional provocada por ele mesmo, além das crises sanitária, econômica e social no país.

Isolado, Bolsonaro perde apoio nas classes política e empresarial, além de aparecer distante do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em diferentes pesquisas de opinião sobre a corrida eleitoral de 2022.

Nesta terça, em seu discurso em Minas, o presidente criticou a imprensa e o ex-presidente Lula. Também fez uma comparação do momento atual do Brasil ao da proclamação da Independência, há 199 anos.

“Creio que nós vamos mudar os destinos do Brasil e tenho certeza, dentro das quatro linhas da Constituição. Não será levantando uma espada cima e proclamando algumas palavras. No passado, foi assim. Hoje pela complexidade do que está em jogo em nossa nação, será um pouco diferente”, disse.

Na sequência, afirmou que seria mais fácil para ele “estar do outro lado”, não especificando qual este seria, mas disse que prefere ter a consciência tranquila.

E voltou a falar em liberdade: “Um homem, uma mulher sem liberdade não é ninguém. A liberdade é a origem para tudo. É a certeza que nós podemos crescer”.

Também falou das dificuldades do cargo de presidente: “Não queiram a minha cadeira, ela tem criptonita e só vocês nos dão força para continuar sempre se dirigindo ao norte. Norte esse que vocês dão para nós, políticos do Brasil”.

O presidente chegou ao ato em Uberlândia montado em um cavalo e segurando uma bandeira do Brasil, após percorrer um trecho de estrada de terra.

Bolsonaro não usou máscara de proteção contra a Covid-19 durante a cerimônia, que marcou a inauguração de uma estação de tratamento de água. Ao contrário de discursos anteriores, prestou solidariedade às vítimas da Covid-19.

“Eu sou um mortal, sou sensível à muita coisa. Sofremos muito com a pandemia, lamentamos aqueles que nos deixaram”, disse.

Outras 25 pessoas dividiram o palco com o presidente, 15 delas sem máscara. Entre os convidados do presidente estava Alysson Paulinelli, ex-ministro da Agricultura no governo Ernesto Geisel e atual presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho.

Nesta segunda-feira (30), um grupo de sete entidades ligadas ao agronegócio publicou um manifesto em defesa das instituições e do equilíbrio entre os Poderes da República.

Em discurso durante a cerimônia, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, também falou sobre a harmonia entre Poderes.

«Todos os brasileiros de bem precisam estar atentos para que não percamos o que conquistamos: a nossa liberdade, o nossos direito de pensamento e de crítica”, disse Marinho.

Folha de Sao Paulo


VOLVER

Más notas sobre el tema