Brasil | Bolsonaro calificó a Biden de «izquierdista» y dijo que tiene una obsesión con el medio ambiente

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Bolsonaro calificó a Biden de «izquierdista» y dijo que tiene una obsesión con el medio ambiente

Por Augusto Taglioni

Jair Bolsonaro acusó a su par norteamericano, Joe Biden, de tener una «obsesión»con el medio ambiente, principal escollo en la relación entre Brasil y Estados Unidos.

Cuando llegó al gobierno, Bolsonaro se alineó a la política internacional de Donald Trump y uno de los factores de esa relación fue la impronta anti-globalista y negacionista del cambio climático.

Con ese perfil, puso a un hombre ligado a los agronegocios como Ricardo Salles como ministro de Medio Ambiente que tuvo que renunciar por están vinculada a madereras que deforestaban el Amazonas.

Con Trump en la Casa Blanca, Bolsonaro tuvo cobertura para rechazar un fondo millonario del G7 para el Amazonas y tensó al máximo la relación con el presidente de Francia, Emmanuel Macron. El amazonas es un tema complejo para Brasil porque se combinan miradas soberanistas con otras internacionalistas que lo consideran patrimonio de la humanidad.

Sin el apoyo de Estados Unidos, Bolsonaro tuvo que acomodar su discurso y mostrar predisposición para atender las cuestiones ambientales luego de amenazar: «cuando se acaba la saliva, hay que tener pólvora».

Ahora, el líder brasileño volvió a cargar las tintas contra Biden por insistir en temas ambientales pero consideró que «obviamente el Gobierno de Biden es un Gobierno más a la izquierda, un Gobierno que tiene casi una obsesión por la cuestión ambiental. Entonces eso nos obstaculiza un poquito. De mi parte, estamos de puertas abiertas para hablar con el Gobierno estadounidense, admiro al pueblo de Estados Unidos»

Además, afirmó que si bien tiene diferencias con mandatario estadounidense, conversa habitualmente con autoridades de dicho país «preocupadas» por el crecimiento de la izquierda local, sudamericana y mundial.

«Obviamente el Gobierno de Biden es un Gobierno más a la izquierda, un Gobierno que tiene casi una obsesión por la cuestión ambiental. Entonces eso nos obstaculiza un poquito»

Paradójicamente, la mirada del gobierno de Estados Unidos es otra y si bien comprende el peso económico y comercial de Brasil, mira con preocupación el avance autoritario de Bolsonaro en el enfrentamiento con las instituciones democráticas.

Fuentes consultadas por LPO durante el viaje del asesor de Seguridad Nacional, Jake Sullivan, confirmaron que Washington está preocupado por las actitudes de Bolsonaro y destacan a Argentina como un espacio de estabilidad política y conviviencia democrática.

El diario Globo destacó que la comitiva de Sullivan sintió «estupor» cuando Bolsonaro dijo que iba a sufrir fraude en las elecciones del 2022 como le ocurrió a Donald Trump.

De todas formas Bolsonaro busca colocarse como el interlocutor de Biden sobre el avance de la izquierda en América Latina. «Compartimos la visión de los problemas que existen en América Latina, buscando preservar la democracia en la región».

«El diario Globo destacó que la comitiva de Sullivan sintió «estupor» cuando Bolsonaro dijo que iba a sufrir fraude en las elecciones del 2022 como le ocurrió a Donald Trump»

Bolsonaro viene de perder una importante batalla política luego que el Congreso rechazara el voto impreso y acusó a la Corte Suprema de preparar el terreno para detenerlo. En ese sentido, convocó a la población a a comprar fusiles «para no ser esclavizados» para participar de la marcha del 7 de septiembre en el marco del Día de la Independencia.

El Presidente aprovechará la fecha histórica para repudiar al Supremo Tribunal Federal que lo investiga por atentar contra el sistema electoral y diseminar noticias falsas a la población. En tono confrontativo y apocalíptico, Bolsonaro dijo que en 2022 pueden pasar tres cosas: ganar la elección, morir o terminar preso.

La Política Online


Bolsonaro cita ‘obsessão’ de Biden por questão ambiental e diz que ela atrapalha Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda (30) que o presidente dos EUA, Joe Biden, tem «quase uma obsessão pela questão ambiental» e que isso «atrapalha um pouquinho» o governo brasileiro.

As declarações foram dadas durante entrevista a uma rádio de Goiás.

«Da minha parte, o Brasil está de portas abertas e pronto para continuar a conversa com o governo americano. Obviamente, o governo Biden é um governo mais de esquerda. Um governo que tem quase uma obsessão pela questão ambiental, então isso atrapalha um pouquinho a gente», disse o presidente.

«O Brasil é o país que mais preserva o seu meio ambiente. A gente sofre ataques o tempo todo de países europeus. Lá eles não sabem o que é mata ciliar porque não têm. Aqui tem. Nós temos das mais rígidas legislações que tratam dessa questão».

Embora o Brasil seja considerado o país com a maior biodiversidade do mundo, isso não se reflete no compromisso do governo com o ambiente. O Brasil liderou em 2020 o ranking mundial de desmatamento.

O país concentrou mais de um terço da superfície de florestas virgens devastadas no planeta, cerca de 1,7 milhão de hectares, segundo o relatório Global Forest Watch, divulgado pelo World Resources Institute.

Em relação à Amazônia, o desmatamento cresceu cerca de 9,5% de agosto de 2019 a julho de 2020 em comparação com o período anterior. No total, foram derrubados 11.088 km² de floresta nesse intervalo de tempo. Os dados consolidados do ano são os primeiros sob responsabilidade do governo Bolsonaro.

Assim, Bolsonaro sofre forte pressão devido à sua atuação em favor de uma política de desregulamentação de normas de preservação e, principalmente, pelo avanço do desmatamento na Amazônia.

Depois de dois anos em que as críticas vinham basicamente da Europa, a situação mudou com a chegada de Biden à Casa Branca —seu antecessor, Donald Trump, era cético em relação à crise climática e retirou o país do Acordo de Paris, por exemplo. Assim, os EUA se juntaram aos países europeus e também passaram a exigir compromissos e resultados do Brasil nessa área.

O governo Bolsonaro chegou a fazer um gesto em abril, durante a cúpula do clima liderada pelo presidente americano. Na ocasião, o mandatário brasileiro se comprometeu com o fim do desmatamento ilegal até 2030 e a atingir a neutralidade climática até 2050.

Bolsonaro, porém, frustrou parte das expectativas dos americanos, ao não anunciar medidas mais ambiciosas. Repetiu metas já assumidas pelo país e o compromisso expresso em carta enviada a Biden.

Embora tenha mantido o objetivo de redução, o Brasil mudou a linha de base de cálculo sobre as emissões de 2005, que se mostraram superiores com o novo método. Ao mudar a linha de base sem ajustar a meta, o Brasil eleva seu teto de emissões até o fim da década, podendo emitir até 400 milhões de toneladas de gases-estufa a mais do que o previsto no compromisso anterior.

Por fim, as dificuldades em apresentar resultados no combate a crimes ambientais permanecem como o principal obstáculo no relacionamento entre os dois países em temas de ambiente.

Na entrevista desta segunda, Bolsonaro se declarou um «admirador do povo americano».

Sem citar o ex-presidente Trump nominalmente, disse ter torcido pela reeleição do republicano.

«Sou admirador do povo americano. Torci por um presidente [Trump] como cidadão, logicamente não posso me intrometer em eleições de outro país. Temos recebido autoridades do governo americano no Brasil, eles têm demonstrado preocupação com o crescimento da esquerda no Brasil e no mundo», disse.

«O Brasil está sempre pronto a conversar com outros países. Os EUA são um país importantíssimo. Antes de eu assumir aqui, governos anteriores, tirando o [do ex-presidente Michel] Temer, não tinham qualquer simpatia com o governo americano. Então esse diálogo não era bom. Comigo está bom», disse.

«Sabemos e mantemos contato com o governo americano dos problemas que existem na América Latina; que há interesse, por parte dos EUA, em buscar cada vez mais preservar ou manter a democracia nesses países.»

Folha de S. Pablo


‘Bolsonaro flerta com um golpe dentro do golpe’, diz Dilma Rousseff

A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) analisou os quase cinco anos desde o impeachment que a tirou do poder em 31 de agosto de 2016. Para ela, o golpe na democracia já foi dado com seu impedimento, o que ocorre agora é que Jair Bolsonaro flerta com ‘um golpe dentro do golpe’. As declarações foram dadas em entrevista à revista Focus Brasil, da Fundação Perseu Abramo.

“O golpe ocorreu em 31 de agosto de 2016. O que estamos vivendo agora é a possibilidade de um novo golpe baseado nas formas derivadas da guerra híbrida. Lá atrás, houve um golpe parlamentar, judiciário e midiático. Mas, sobretudo, um golpe do setor financeiro, do capitalismo financeirizado. Um golpe neoliberal. Não houve uma intervenção clássica militar, mas uma manipulação das regras legais”, afirma Dilma, que em seguida acrescenta: “Ali aconteceu uma ruptura violenta contra o status quo da democracia”.

Para ela, “o que estamos vivendo são as etapas do possível endurecimento do regime político no Brasil. O governo flertando com a possibilidade de um golpe dentro do golpe”. Essa possibilidade, como explica, já estava anunciada há cinco anos, mas o Judiciário só teria ‘se movimentado’ porque as ameaças agora estão direcionadas a eles.

“Chegou agora neles. Quando eu disse, há cinco anos, que o golpe não ficaria ali, é porque sabia que haveria um avanço rápido sobre todas as instituições”, afirma. “Como é que começa agora este momento de radicalização do Supremo? Começa com o fato de que o Executivo estava tentando colocar o STF de joelhos, colocando estruturas como Receita e PF a investigar os ministros da Corte. Passa pelas fake news contra os ministros e, depois, com Eduardo Bolsonaro ameaçando: ‘É preciso apenas um soldado e um cabo do Exército para fechar o Supremo’. Até chegar à manifestação pelo fechamento do Supremo”, detalha Dilma.

Segundo a ex-presidenta, todo o processo do impeachment, apesar de não militarizado, não foi brando e permitiu que os militares pudessem chegar ao poder e fazer as atuais ameaças.

“Não dá para dizer que é um golpe brando. Não foi um golpe brando coisíssima nenhuma […] Não existe golpe brando, como não existe ditadura branda. O Golpe não só corroeu a democracia, como a gente está vendo, mas é responsável pelo aumento da pobreza porque antes de começar a pandemia, em 2020, já havia um aumento extraordinário da miséria e os primeiros indícios da fome”, analisa.

Dilma destaca que, como em uma ditadura, um golpe é feito de etapas e seu impedimento seria o ‘ato zero’ do que está ocorrendo agora, com as ameaças institucionais dos militares.

“Lembre que toda ditadura é um processo. Por isso que eu digo que o Golpe de 2016 é o ato zero do golpe, é o ato inaugural, mas o processo continua”, afirmou Dilma, detalhando em seguida que a prisão de Lula e sua retirada das eleições de 2018 seriam os dois ‘atos seguintes’ ao golpe.

Para a petista, tudo isso só foi possível com a anuência dos militares, que finalmente foram colados novamente no poder. “Já tinham tirado o gênio da garrafa…Quando digo o gênio da garrafa, eu falo dos militares. Lembra que no governo Temer deram uma importância grande aos militares, voltando a ter o GSI, levando um militar para dirigir o Ministério da Defesa? Isso nunca tinha acontecido. Entregar o Ministério da Defesa a um militar. Nem Fernando Henrique”, detalha.

“E eles [militares] gostaram e não querem voltar para a garrafa”, conclui a ex-presidenta sobre a escalada golpista dos militares brasileiros.

Na entrevista, Dilma também tratou de outros dois aspectos que seriam consequências desastrosas do seu impeachment para o Brasil: o congelamento de investimentos em políticas públicas com o teto de gastos e a devastação ambiental sob o comando de Jair Bolsonaro e do ex-ministro Ricardo Salles. Nos dois casos, parte das consequências pode ser irreversível, diz.

“O golpe permitiu dois crimes imediatos contra o País: o teto dos gastos — que tirou o povo do orçamento, afetando os programas sociais e os investimentos — e a destruição da Amazônia”, afirma. “Quando se tira essa possibilidade por duas décadas — decidir para onde irão os recursos durante cinco eleições —, o que se fez foi invadir a democracia”, acrescenta.

Sobre a devastação ambiental, recorde no governo Bolsonaro, ela acredita que ‘talvez seja a maior tragédia’ do golpe. “Porque não tem volta, né? Tem coisas que você destrói na natureza que leva décadas e às vezes até séculos para reconstruir. O que eles estão fazendo na Amazônia é um absurdo. Abriram a Amazônia para uma coisa que nós jamais permitimos e nenhum governo anterior: a entrada das grandes empresas mineradoras”, justifica a afirmação.

Carta Capital


Centrais sindicais pedem união no 7 de setembro contra ‘desgoverno’ de Bolsonaro

“São quase 15 milhões de desempregados, 6 milhões de desalentados, outros 6 milhões de inativos que precisam de um emprego e mais 7 milhões ocupados de forma precária. Inflação alta, carestia e fuga de investimentos. Aumento da fome e da miséria, crescimento da violência, insegurança alimentar e social. Escalada autoritária e uma calamitosa gestão da pandemia do coronavírus. Sem falar na crises ambiental, energética, entre tantas outras.” Esse retrato do Brasil governado por Jair Bolsonaro abre o manifesto assinado por 10 centrais sindicais do Brasil, divulgado nesta segunda-feira (30).

Por meio desse balanço das crises vividas pelo país – econômica, social e política –, representantes dos trabalhadores criticam a escalada autoritária do governo de Jair Bolsonaro. Por isso, alertam para necessidade de união de todos os poderes, governadores, prefeitos, representantes dos trabalhadores e sociedade civil em defesa do Estado democrático de direito. O objetivo, de acordo com o documento, é conter os arroubos autoritários do presidente. E, desse modo, discutir questões urgentes como criação de empregos decentes, a necessidade de programas sociais e o enfrentamento correto da crise sanitária.

‘Total incapacidade’
“Ao invés de agir para resolver os problemas, agravados pelo caos político que se instalou em Brasília na atual gestão, o governo os alimenta. E os utiliza para atacar os direitos trabalhistas, precarizando ainda mais o já combalido mercado de trabalho”, diz trecho do manifesto. “O próprio presidente se encarrega de pessoalmente gerar confrontos diários, criando um clima de instabilidade e uma imagem de descrédito do Brasil.”

Os sindicalistas afirmam, ainda, que o Brasil não aguenta mais, em especial o povo pobre que mais sofre com as consequências do desgoverno Bolsonaro. “O país não pode ficar à mercê das ideias insanas de uma pessoa que já demonstrou total incapacidade política e administrativa e total insensibilidade social”, reforça o documento.

“É preciso que o Legislativo e o Judiciário em todos os níveis, os governadores e prefeitos, tomem a frente de decisões importantes em nome do Estado Democrático de Direito. E não apenas para conter os arroubos autoritários do presidente, mas também que disponham sobre questões urgentes. Como geração de empregos decentes, a necessidade de programas sociais e o enfrentamento correto da crise sanitária”, destaca o manifesto. “Esse movimento dever ser impulsionado pela sólida união dos trabalhadores e suas entidades representativas. Bem como por todas as instituições democráticas, a sociedade civil organizada, enfim, todos os cidadãos e cidadãs que querem redirecionar nosso país para uma trajetória virtuosa em benefício do povo.”

Rede Brasil Atual


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