Brasil | Bolsonaro apela al “apoyo de las Fuerzas Armadas” tras el “superpedido” de impeachment

Foto: Paulo Motoryn
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Brasil: Bolsonaro se recuesta sobre las FF.AA. y califica de «delincuentes» a los senadores que lo investigan

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, cada vez más complicado por los casos de corrupción descubiertos en el marco de la compra de dos vacunas contra el coronavirus Covid-19, afirmó este miércoles que tiene el apoyo de las Fuerzas Armadas y que no dejará el cargo por acusaciones de los senadores que investigan el rol del Gobierno en la pandemia y a los que calificó «delincuentes».

«Tengo paz y tranquilidad porque sé que, además del pueblo, tengo a las Fuerzas Armadas comprometidas con nuestra democracia y nuestra libertad. Tenemos una misión por delante y vamos a cumplirla de la mejor manera posible», afirmó el mandatario en Ponta Porá, estado do de Mato Grosso do Sul, cerca de la frontera con Paraguay.

El Presidente se negó a explicar el escándalo de coimas en la negociación para la compra de vacunas por el cual cayó hoy un director del Ministerio de Salud y, además, en otro episodio, se canceló un contrato por la compra del fármaco indio Covaxin, por sobrefacturación.

«No van a lograr pegarnos. No será con mentiras o con esa comisión especial, integrada por siete delincuentes, no nos sacarán», dijo Bolsonaro, quien elogió su alianza con el Poder Legislativo para llevar adelante su agenda económica.

El líder del Gobierno en el Congreso, el diputado Ricardo Barros, del conservador Partido Progresista y ex ministro de Salud de Michel Temer, fue citado a declarar por la comisión del Senado ya que es el eje del escándalo de corrupción vinculado a la sobrefacturación de una compra finalmente no concretada de vacunas Covaxin.

Este miércoles el escándalo se agigantó porque un representante de una empresa de servicios médicos estadounidense denunció al diario Folha de Sao Paulo que le habían pedido un dólar de coima por cada una de las 400 millones de vacunas AstraZeneca que intentó, sin éxito, venderle a Brasil en febrero.

Minuto Uno


Oposição e ex-aliados de Bolsonaro protocolam superpedido de impeachment em Brasília

Por Paulo Motoryn

Deputados, líderes de partidos políticos e integrantes de movimentos e organizações sociais protocolaram, nesta quarta-feira (30), na Câmara dos Deputados, um superpedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

O ato simbólico de entrega do documento no setor de protocolo da Câmara foi cancelado devido à pandemia do novo coronavirus. Dezenas de lideranças, no entanto, fizeram discursos no salão negro da Câmara dos deputados para anunciar ação.

«Esse é um dia histórico, que marca a ascenção da luta política e jurídica da libertação do país de um presidente criminoso», discursou Gleisi Hoffmann (PT-PR). «Esse governo está apodrecido e carcomido pelo ódio e pela mentira. Por isso esse é um marco importante, um resgate importante pra que a gente traga de novo o Brasil ao povo brasileiro».

Durante a entrega do documentou, Molon ressaltou a unidade em torno de pedido, que agrega 23 tipos penais que teriam sido cometidos pelo presidente.

«Aqui há parlamentares e cidadãos de centro, de esquerda e de direita. Estamos todos unidos, porque o país não suporta mais ver o presidente da República cometer deliberadamente crimes e o Congresso Nacional não fazer o que lhe cabe, que é aplicar a Constituição e afastar o presidente da República»

Entre os congressistas presentes, estavam representantes de partidos de direita, ex-aliados de Bolsonaro como Joice Hasselmann (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP).

«Nós temos hoje, o pior presidente da história da República. Nós temos hoje o homem que atacou todas as instituições, alguém que conseguiu desmoralizar até mesmo o Exército brasileiro», discursou Hasselmann.

Denúncias de corrupção fecham o cerco ao presidente

Nos bastidores da política brasileira, não há dúvida sobre o clima de rejeição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Quando acabou o depoimento dos irmãos Miranda, na última sexta-feira (25), na CPI da Pandemia, movimentos, partidos e sindicatos passaram a ser pressionados pela imediata saída do presidente.

A denúncia feita pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor público do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, de que o presidente sabia das irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin, provocou uma hecatombe em Brasília e foi o motor propulsor para o superpedido de impeachment de Bolsonaro, que será protocolado nesta quarta-feira (30), em Brasília, às 17h.

Na véspera da entrega do documento, uma nova denúncia envolvendo a compra de vacinas atingiu o governo Bolsonaro. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, representante de uma empresa responsável pela negociação da AstraZeneca no Brasil, afirmou que o Ministério da Saúde exigiu proprina para a compra da vacina.

«É o momento de aproveitar essa mobilização que está acontecendo no país inteiro pra fortalecer a CPI, que tem dado um bom processo de investigação ao povo brasileiro, tem acompanhado no detalhe essa situação da pandemia e revelado coisas extremamente perigosas, como foi essa operação da úlitma compra da vacina Covaxin», ressalta João Paulo Rodrigeus, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Frente Brasil Popular.

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Brasil de Fato


CPI marca para esta quinta depoimento de vendedor que denunciou suposta propina

A CPI da Pandemia mudou o calendário previsto para esta semana. A comissão marcou para esta quinta-feira (1º) o depoimento do vendedor e representante Luiz Paulo Dominghetti, que afirma ter recebido um pedido de propina do Ministério da Saúde para vender vacinas contra a Covid-19.

A decisão foi tomada pelo presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), após Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, obter um habeas corpus para poder ficar em silêncio durante o depoimento que daria à comissão.

Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, Luiz Paulo Dominghetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, relatou um suposto pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina da AstraZeneca em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

Após a declaração de Dominghetti Pereira, o homem que teria feito o pedido de propina, Roberto Ferreira Dias, foi exonerado do cargo que ocupava, o de diretor de Logística do Ministério da Saúde. A pasta afirma que a demissão já estava prevista. O anúncio foi feito após a divulgação da reportagem.

Se prosseguisse com o planejamento inicial, a CPI da Pandemia iria para o segundo dia consecutivo com um depoente que, apesar de ser obrigado a comparecer, conseguiu o direito de não responder às perguntas dos senadores. Foi o que ocorreu com o empresário Carlos Wizard, que permaneceu em silêncio durante os questionamentos feitos a ele nesta quarta-feira (30).

CNN Brasil


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