Se registraron 41 casos en dos días de torneo y Bolsonaro ironiza: “La Copa América contagia, las otras no”

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‘Copa América transmite covid’; Presidente de Brasil ironiza ante críticas al torneo

Un día después de que Brasil registró más de mil muertos por coronavirus y sigue siendo el país latinoamericano con más personas fallecidas por la enfermedad, el presidente de Brasil Jair Bolsonaro volvió a entrar en polémica por la organización de la Copa América y lanzó un comentario irónico sobre el certamen.

La Selección de Brasil debutó con goleada 3-0 ante Venezuela este domingo y lo hizo ante un equipo sumamente mermado que tuvo 13 contagios por covid y debió hacer una convocatoria de jugadores de emergencia.

“En este certamen no hay mayor riesgo de contagio que en la Libertadores o Sudamericana. ¿Alguien vio la Copa América ayer? El que se opone a la Copa América no puede mirarla, eh. ¿Murieron cuántos de Covid-19? La Copa América transmite Covid-19, las otras no…», ironizó en referencia a la seguridad que hay en el país para albergar el torneo tras salir del Palacio de la Alvorada, en Brasilia.

Bolsonaro ha tenido varias polémicas relacionadas con la enfermedad, desde llamarla una “gripe” hasta ser multado por no usar cubrebocas.

Tite también criticó la Copa

Por otro lado, tras la victoria del equipo brasileño, el entrenador Tite calificó de desastrosa la organización del torneo por parte de la Conmebol.

«Cuando un campeonato es hecho de forma desastrosa y rápida como la Conmebol lo hizo, está sujeto a eso y lo va a hacer de nuevo, independientemente del país que fuese. Fuimos leales y lo pedimos antes (de la suspensión a Argentina y Colombia).

“No la queríamos por respeto, por todo lo que vive el país y por el lado sentimental. Nos pidieron tiempo y quedamos a merced, luego la situación fue definida y quedamos expuestos», expresó Tite.

El Ministerio de Salud brasileño informó que hubo mil 129 personas fallecidas a causa del coronavirus además de que tienen 37 mil 948 casos positivos. Además de que suma 487 mil 401 muertos en la pandemia.

​Medio Tiempo


Ministério da Saúde confirma 41 casos de covid-19 na Copa América

Por Ricardo Brito

O Ministério da Saúde confirmou nesta segunda-feira (14) o registro de 41 casos positivos do novo coronavírus (covid-19) de pessoas envolvidas com a Copa América no domingo (13), dia do início da competição.

Os casos referem-se a 31 jogadores e membros de delegações e a 10 de prestadores de serviços contratados para o evento.

“Todos os casos de prestadores de serviços foram confirmados em Brasília [DF]. A positividade de casos por covid-19 foi de 1,40%. Os resultados do sequenciamento genético para análise de variantes serão concluídos em até 14 dias, prazo necessário para realização da análise”, disse a pasta em nota.

Em entrevista na porta do Ministério da Saúde, o ministro Marcelo Queiroga disse que os 10 prestadores de serviço identificados eram trabalhadores de hotéis onde atletas e comissões técnicas que disputam o torneio estão hospedados. Os profissionais e pessoas que tiveram contato com eles foram isolados, acrescentou Queiroga.

No comunicado, o Ministério da Saúde também informou que, até o momento, foram realizados 2.927 testes de tipo RT-PCR em jogadores, membros de delegações e prestadores de serviços.

EBC


Brasil lidera mortes por covid-19 em 2021. Total de vítimas se aproxima de 490 mil

Por Gabriel Valery

A um dia de atingir a marca de 490 mil mortos por covid-19, o Brasil registrou mais 827 mortes hoje (14). Com o acréscimo, o número oficial de vítimas é de 488.228 desde o início da pandemia, em março de 2020. O número de novos casossegue em patamar elevado, especialmente para uma segunda-feira. Foram 39.846 registros de infectados, totalizando 17.452.612 desde o ano passado. Dados apontam que mortalidade por covid-19 no Brasil é 4,4 vezes superior à média global.

Às segundas-feiras, os dados tendem a ficar abaixo dos demais dias da semana, já que um menor número de profissionais está em atividade aos domingos, especialmente em medicina diagnóstica. A distorção tende a ser corrigida nos dias seguintes. Além disso, a subnotificação de casos e mortes por covid-19 no Brasil se mantêm em toda a pandemia, já que o país testa pouco e mal sua população. Além da baixa quantidade de testes, falta também coordenação federal para o enfrentamento da pandemia.

O Brasil é o segundo país com maior número total de vítimas da covid-19 e, em 2021, lidera triste ranking. Com cerca de 293 mil mortes apenas na primeira metade do ano até aqui, o país segue tendência inversa de países que trabalharam pelo monitoramento e controle do coronavírus. Contribuem para o cenário brasileiro a lentidão da vacinação da população e a influência negativa do governo de Jair Bolsonaro. O presidente atua para dificultar o combate à covid-19; divulga mentiras e atrapalha a aquisição de vacinas, desestimula o uso de máscaras; tenta impedir estados e municípios de adotarem políticas de distanciamento social, e promove aglomerações constantemente.

Morte e vida

Além de prejudicar o controle da disseminação do vírus, Bolsonaro segue apostando e promovendo medicamentos comprovadamente ineficazes conta o vírus; como a cloroquina e a ivermectina. Além de não funcionarem, trazem riscos de efeitos colaterais graves. “Fica claro quem aprendeu a lição e quem ainda insiste em cloroquina e em não adotar distanciamento”, destaca o biólogo e divulgador científico Atila Iamarino.

O epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) Pedro Hallal analisa a média global de mortes por habitantes da covid-19 e conclui que o o cenário é de calamidade do Brasil. “Três de cada quatro mortes ocorridas até hoje no Brasil teriam sido evitadas se estivéssemos na média mundial. Poderíamos também estar melhor do que a média, e ter poupado ainda mais vidas.”

Ele explica o cálculo adotado para a definição. “Em 1,5 ano, a covid-19 ceifou 3,8 milhões de vidas no mundo (uma morte a cada 2.000 pessoas). Já no Brasil, em menos de 1,5 ano, a covid-19 ceifou 480 mil vidas (uma morte a cada 454 pessoas). Logo, nossa mortalidade cumulativa é 4,4 vezes maior que a mundial.”

Copa covid

Em outra manobra “aliada do vírus”, Bolsonaro decidiu trazer a Copa América de futebol para o Brasil. O torneio foi aberto ontem (13) sem brilho, com baixa audiência e envolto em incertezas e críticas. O resultado já aparece: Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru registraram contágio entre atletas. As seleções desses países têm jogadores que atuam em 23 países diferentes e de todos os continentes. A possibilidade de uma “mistura” de diferentes cepas virais preocupa autoridades e cientistas, já que podem levar o coronavírus a desenvolver variantes mais letais e com mais facilidade de transmissão. Por sua vez, a eficácia das vacinas atualmente disponíveis pode ser perdida.

No Peru, por exemplo, que recentemente revisou os dados que apontavam grande subnotificação de mortes, circulam atualmente pelo menos quatro variantes do vírus Sars-Cov-2. Tratam-se de mutações classificadas como “de preocupação” pelas autoridades sanitárias por trazerem riscos maiores à população.

A secretaria de Saúde do Distrito Federal, que recebe jogos da Copa América, divulgou um comunicado para demonstrar preocupação com as cepas. “A mobilização de pessoas aumenta o risco de entrada de novas variantes do SARS-CoV-2, bem como o risco de introdução e propagação de outros agentes infecciosos causadores de doenças de importância para a saúde pública”, informou.

Rede Brasil Atual


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