Brasil | Bolsonaro: «Tengo las Fuerzas Armadas de mi lado y podrían salir a las calles para garantizar la libertad»
Bolsonaro reitera que Fuerzas Armadas podrían salir a las calles para «garantizar la libertad»
El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, volvió a decir el viernes que las Fuerzas Armadas podrían salir a las calles para «garantizar la libertad», pero no lo harán para que las personas cumplan con los toques de queda.
«Tengo a las Fuerzas Armadas de mi lado. Soy el jefe supremo de ellas. Jamás ellas irían a las calles para mantenerlos en casa. Podrían, sí, un día ir a las calles para garantizar su libertad y su bien común, que es lo que está previsto en la Constitución», afirmó el mandatario en un discurso en Espírito Santo.
Recientemente, Bolsonaro presentó otra acción al Supremo Tribunal Federal para intentar revisar el poder de los estados y municipios para adoptar medidas para combatir la epidemia de COVID-19 en el país, pero la petición aún no ha sido juzgada.
El presidente ha amenazado con emitir un decreto prohibiendo acciones de control de la pandemia como el cierre del comercio y la institución de toques de quedas, aunque aún no lo ha hecho.
‘Tenho as Forças Armadas ao meu lado e elas poderão ir às ruas’, diz Bolsonaro no ES
O presidente Jair Bolsonaro voltou a usar as Forças Armadas para fazer uma ameaça à democracia. Durante evento em São Mateus (ES), o ocupante do Palácio do Planalto evocou os militares para atacar governadores que adotam medidas para conter a disseminação da Covid-19.
Bolsonaro também se referiu aos críticos como “os que buscam o poder pelo poder” e se definiu como “um presidente que acredita em Deus, que é leal ao seu povo, que acredita nos militares e que nunca jogou fora das quatro linhas da Constituição”.
“Um presidente que respeita todos os incisos do artigo V, onde estão escritos a liberdade de culto, o direito ao trabalho, o direito de ir e vir e a inviolabilidade do seu lar. Nada que ferisse esses dispositivos nasceu da minha caneta Bic. Não fechei nenhum comércio, não destruí nenhum emprego, jamais decretaria toque de recolher”, repetiu.
A seguir, tornou a tentar se apropriar dos militares. “Tenho as Forças Armadas ao meu lado, sou chefe supremo delas. Jamais elas irão às ruas para mantê-los em casa. Poderão, sim, um dia ir às ruas para garantir a sua liberdade e seu bem maior, que é aquilo previsto em nossa Constituição”.
O presidente ainda pediu que os apoiadores estabelecessem uma comparação entre o seu governo e as gestões anteriores. “Como vivíamos no passado e como estamos hoje, apesar do momento difícil da pandemia?”.
Na quinta-feira 10, Bolsonaro condecorou o comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Oliveira, com o grau mais alto da Ordem do Mérito da Defesa.
A homenagem foi feita uma semana depois de o Exército livrar de qualquer punição o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, que compareceu a um ato político pró-Bolsonaro no Rio de Janeiro.
Em nota, o Exército afirmou que, após o comandante ter analisado argumentos apresentados por Pazuello, “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar” por parte do ex-ministro. “Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado”, diz o informe.
Na cerimônia de quinta, no Ministério da Defesa, também foram condecorados, com graus mais baixos que o do comandante do Exército, a primeira-dama Michelle Bolsonaro;os ministros Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Anderson Gustavo Torres (Justiça e Segurança Pública), Milton Ribeiro (Educação), Marcelo Queiroga (Saúde), Gilson Guimarães (Turismo), Fábio Faria (Comunicações), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).