Brasil | Bolsonaro sobre el caso de corrupción de vacunas: «No tengo que responder a los idiotas»

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El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, rechazó las acusaciones de cohecho que se lanzaron sobre su Gobierno en la compra de la vacuna desarrollada en la India contra el coronavirus y afirmó que no hace entrevistas ni responde a las preguntas de los «idiotas».

«Para tristeza de unos pocos, el Gobierno está cumpliendo dos años y medio sin un solo cargo de corrupción. No tiene sentido inventar una vacuna, porque no hemos recibido ni una sola dosis de la que se está hablando en la prensa», dijo en un acto en el municipio de Jucurutu, en el norte de Brasil, donde fue para supervisar las obras de una represa levantada en la región, informó la agencia de noticias Europa Press.

Bolsonaro, quien intercedió para acelerar la compra de millones de dosis de la vacuna Covaxin a través de una carta dirigida al primer ministro indio, Narendra Modi, habría recibido informes en enero y febrero que alertaban que se estarían cometiendo irregularidades.

Fue el legislador Luis Miranda, de Demócratas, aliados del Gobierno, quien le advirtió sobre el posible hecho de corrupción a fines de enero, y aún así el Poder Ejecutivo firmó un entendimiento por 1.600 millones de reales (322 millones de dólares) con el laboratorio indio el 25 de febrero.

Ahora la cuestión será investigada por la comisión del Senado que analiza el manejo de la pandemia por parte del Poder Ejecutivo.

La negociación por las vacunas

Covaxin es la vacuna más cara hasta ahora adquirida por el Gobierno de Brasil, unos 80 reales por dosis (más de 16 dólares), cuyas negociaciones concluyeron en un tiempo récord, en comparación a las de Pfizer o las del Instituto Butantan.

Además, las vacunas fueron adquiridas sin que la Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria (Anvisa), el ente regulador, hubiera constatado su eficacia, y hasta inicialmente rechazó su importación, aunque luego la autorizó.

Según documentos citados por otros medios, Covaxin es la única vacuna que el Gobierno negoció mediante un «intermediario», que identifican como la firma brasileña Precisa, uno de cuyos socios, Francisco Maximiano, es propietario de otra empresa investigada por sospechas de corrupción en contratos con organismos públicos.

La semana pasada, el periódico Folha de Sao Paulo reveló «inusual presión» que habría sufrido un trabajador del Ministerio de Salud para adelantar la compra de Covaxin, lo que abrió una nueva línea de estudio por parte de la Comisión Parlamentaria de Investigación (CPI) por, además, posibles sobreprecios en la adquisición de esta vacuna india contra la Covid-19.

La CPI investiga un contrato del Ministerio de Salud con la Need Medicines, representante de la compañía india Bharat Biotech en Brasil.

La postura de bolsonaro

El presidente brasileño prefirió no pronunciarse al respecto, diciéndole a la prensa que «no tengo que dar entrevistas» ni «responder a las preguntas de idiotas», aunque ordenó a la Policía Federal iniciar una investigación contra Miranda.

Según reveló el sitio El Antagonista, la denuncia de Miranda estaba amparada por información de su hermano, Ricardo Miranda, por entonces jefe del Departamento de Importaciones del Ministerio de Salud, quien le reveló que sufría «presiones» hasta de «coroneles» para concretar ese negocio.

«No tengo que dar entrevistas» ni «responder a las preguntas de idiotas»

El portal reveló que el hermano del diputado “supuestamente estaba siendo perseguido por ello, e incluso fue exonerado” del cargo.

Si se comprueba el aviso, Bolsonaro puede ser acusado como mínimo de prevaricación.

El Código Penal define la mala conducta como “retrasar o no practicar, de manera indebida, un acto oficial, o practicarlo contra una disposición expresa de la ley, para satisfacer un interés o sentimiento personal”.

Télam


CPI da Covid começa a investigar escândalo da Covaxin

A CPI da Covid entra nesta sexta-feira (25) definitivamente em uma nova fase. Os senadores vão ouvir, a partir das 14h, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, que denunciou irregularidades por integrantes do governo de Jair Bolsonaro na compra da vacina indiana Covaxin. “Tudo aquilo que pensávamos sobre esses remédios (cloroquina e ivermectina) – sobre o que estaria por trás de se entregar tantos remédios ineficazes à população e até com suspeita de compras superfaturadas –, tudo isso está ficando no chinelo, com o que virá a partir de amanhã”, disse a senadora Simone Tebet (MDB-MS), na comissão, na tarde desta quinta-feira (24). A negociação, que levou o governo a reservar R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses do imunizante, tem termos que contradizem argumentos do próprio governo para rejeitar a aquisição do similar da Pfizer.

A transação apresenta fatos novos a cada dia. Também ontem, o site The Intercept Brasil relatou que o embaixador brasileiro na Índia, André Aranha Corrêa do Lago, alertou oficialmente o governo de que a vacina indiana passava por “processo alegadamente opaco de autorização para uso emergencial”. Mas o governo ignorou o alerta e continuou as tratativas, que envolviam o pagamento antecipado de 45 milhões de dólares a uma empresa de Singapura – a Madison Biotech, que a CPI concluiu ser uma “empresa de fachada”. Toda a intermediação era feita pela empresa Precisa Medicamentos, com a qual o governo brasileiro assinou contrato em 25 de março.

Em seu depoimento à CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello justificou a rejeição à vacina da Pfizer dizendo que era cara, além de que a empresa tentava impor um “contrato leonino” ao governo brasileiro. No entanto, a negociação com a fabricante da Covaxin previa o custo de US$ 15 (R$ 80,70) por dose, enquanto o da norte-americana era de US$ 10. Pazuello também declarou que imunizantes da Pfizer não foram comprados em 2020 por falta de aprovação pela Anvisa à época. Porém, o contrato com a Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, foi assinado sem aprovação da agência, que só autorizou a importação no início deste mês, mas com várias restrições.

‘E daí?’

Enquanto se desenrolava essa negociação, o Brasil perdeu 95,5 mil vidas para a covid. Mortes que poderiam ter sido evitadas se Bolsonaro e seus liderados não tivessem boicotado as vacinas CoronaVac e Pfizer, segundo cálculos do epidemiologista Pedro Hallal, mencionadas por ele à CPI da Covid nesta quinta-feira (24). Em abril de 2020, confrontado com o crescimento da pandemia, pouco mais de um mês depois do primeiro caso detectado no país, o presidente da República respondeu: “E daí?”.

Ao encerrar a sessão que ouviu Hallal e a diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no exercício da presidência, lamentou mais uma das atitudes diárias de Bolsonaro, que desafiam a razão e provocam repúdio. No Rio Grande do Norte, em evento no qual provocou aglomerações, ele pediu a uma criança de dez anos para tirar a máscara que usava, informou Randolfe. A presença do presidente brasileiro como governante de um dos maiores países do mundo é hoje incompreensível para cidadãos em todo o planeta.

Em outra frente de trabalhos, a CPI da Covid recebeu na quinta as quebras de sigilos telefônico e telemático (de mensagens) de vários envolvidos na condução do combate à pandemia pelo governo, seus aliados e membros do “gabinete paralelo”. Entre eles, os dos ex-ministros Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). A comissão recebeu também os sigilos telefônico e telemático quebrados do médico Paolo Zanotto, da “capitã cloroquina” Mayra Pinheiro, entre outros, além do sigilo bancário do empresário Carlos Wizard.

Ameaças: a tática bolsonarista

Pedro Hallal foi questionado e confirmou à CPI que ele e a mulher sofrem reiteradas ameaças por ele expor seus posicionamentos científicos. Segundo o acadêmico, todos os ataques de que o casal tem sido vítima estão sendo investigados pela Polícia Federal, Delegacia da Mulher e Polícia Civil. Ele lembrou que o próprio Bolsonaro tuitou um ataque contra ele “diretamente”. Relatou que a mulher foi perseguida enquanto dirigia, há duas semanas. “Está tudo registrado, filmado devidamente”, disse o pesquisador e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Em sua intervenção, o senador Otto Alencar (PSD-BA) foi solidário a Hallal e falou dos ataques que ele próprio recebe. “Tenho passado pelos mesmos problemas que Hallal tem passado. Recebi 15 mil e duzentas mensagens agressivas e até ameaças de morte. Nunca imaginei isso na minha vida, por estar participando de uma CPI que está apurando o que aconteceu. Mas ameaças por trás de um computador, um celular, normalmente são de pessoas covardes”, afirmou o parlamentar.

Rede Brasil Atual

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