Profesionales de la salud mental alertan que “hay un genocidio en curso” y la OMS dice que el colapso “era evitable”

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«En Brasil hay un genocidio en curso»

«En Brasil hay un genocidio en curso», alertaron más de cien profesionales de la salud mental de Brasil, en su gran mayoría psicólogos que integran la Sociedad de Psicología Analítica, en un documento dirigido a la comunidad internacional.

En el pronunciamiento, con críticas muy fuertes contra el gobierno de Jair Bolsonaro, los psicólogos advirtieron que Brasil atraviesa «una calamidad» que «no encuentra referencias en la historia brasileña» y que se caracteriza por un «colapso hospitalario y funerario».

«Faltan vacunas, medicinas, profesionales de la salud, espacios para enterrar a los muertos», señalaron.

La Sociedad de Psicología Analítica es una asociación internacional con sede en Gran Bretaña que está ligada a la terapia fundada por el médico psiquiatra suizo Carl Jung, discípulo de Sigmund Freud.

«Los ciudadanos brasileños ven, atónitos, un genocidio, testimoniado con frialdad, desdén e incluso con sarcasmo por Jair Bolsonaro y su gobierno», denunciaron los firmantes del texto, profesionales de la psicología que durante tres días, desde el viernes 9 de abril y hasta este domingo 11, participaron de la Conferencia Latinoamericana de la Sociedad de Psicología Analítica que tuvo lugar en Brasil.

Esa actividad estaba convocada para 2020 en San Pablo pero la pandemia y su impacto en Brasil obligaron a postergarla para abril de 2021, y al final se realizó con la intervención a distancia, por videoconferencia, de expositores e inscriptos.

«Los ciudadanos brasileños ven, atónitos, un genocidio, testimoniado con frialdad, desdén e incluso con sarcasmo por Jair Bolsonaro y su gobierno»

La mayoría de los psicólogos que participaron forman parte de la Sociedad Brasileña de Psicología Analítica (SBrPA), de la Asociación Junguiana de Brasil (AJB) y de la Comisión Latinoamericana de Psicología Analítica (CLAPA), tres entidades que agrupan a psicólogos y psiquiatras en el país más grande y poblado de Sudamérica.

«Durante el año pasado, mientras quedarse en casa y mantener el distanciamiento pasaron a tener en Brasil un significado político de oposición al gobierno, fuimos incitados a oír, impotentes, las declaraciones absurdas y perversas del capitán-genocida (por Bolsonaro), invariablemente ladeado por militares de alto rango», cuestionaron los firmantes del documento.

Y también señalaron que, como consecuencia de la pandemia, «el miedo extremado al paroxismo, la ansiedad y la depresión se generalizan y aparecen diariamente» en las consultas de los pacientes, un cuadro generalizado que, advirtieron, se superpone con «la crisis económica que se intensificó», la multiplicación del desempleo y la miseria, más «un escenario desolador» conformado por «las calles de Brasil colmadas por personas viviendo en situación precaria».

En otro párrafo, los profesionales de la salud puntualizaron que «la acción más abyecta del gobierno Bolsonaro consistió en su insistente negación a comprar vacunas contra el Covid-19, mientras importaba y autorizaba la adquisición de armas para ser usadas por sus simpatizantes».

«¡Brasil está asfixiado! ¡Hay un genocidio en curso!», concluyeron los más de cien firmantes antes de solicitarle a la comunidad internacional, y a los psicólogos de todo el mundo que practican la terapia analítica según las orientaciones de Jung, que repliquen las denuncias y las hagan circular en cada uno de sus países.

Télam


Comunicado de más de cien profesionales de la salud mental de Brasil

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Brasil perto de 355 mil mortes por covid-19. Para OMS, colapso era ‘totalmente evitável’

Por Gabriel Valery

O colapso do sistema sanitário e hospitalar em decorrência da covid, como visto no Brasil, seria evitável. Assim a Organização Mundial da Saúde (OMS) se manifestou hoje (12) sobre a situação da pandemia no Brasil. “Neste momento, unidades de tratamento intensivo estão sobrecarregadas e pessoas estão morrendo — e isto é totalmente evitável“, lamentou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhenom. Também hoje, o Brasil teve oficialmente notificadas mais 1.480 mortes e 35.785 casos pela infecção, totalizando 354.617 vítimas e 13.517.808 doentes desde o início do surto, em março de 2020.

A RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Connas). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

A OMS aponta para “confusão, negligência e inconstância” no combate à covid-19, e lamenta que “a pandemia de covid-19 está muito longe de terminar”. Mesmo com o avanço da vacinação em grande parte do mundo, a entidade analisa que, apenas vacinar, não é o adequado em um momento de descontrole da pandemia. “Temos que parar de pensar que a crise se resolve com uma ou outra medida. A vacina é apenas um componente, e é preciso adotar ações amplas, apoiadas por líderes, apoiadas pelos governos”, disse a líder técnica para covid-19 da OMS, Maria van Kerkhove.

Receita conhecida

A receita para controle da covid-19 é conhecida. Além de vacinação, envolve realização em massa de testes, rastreio de contágio, uso de máscaras, ampliação da higiene pessoal e isolamento social. Este, porém, deve vir acompanhado de medidas que garantam a sobrevivência das pessoas enquanto durar o período de restrições ao deslocamento. “Nós também queremos ver sociedades e economias reabrindo, e viagens e comércio recomeçando”, disse Tedros. Entretanto, movimentos para retomada da economia são prejudicados por países, como o Brasil, que não adotam medidas para conter o vírus, o que torna o país, inclusive, um celeiro para novas mutações do vírus.

Piora global

Os dois primeiros meses de 2021 foram marcados por uma forte redução nos casos de covid-19 em todo o mundo. O Brasil seguiu na contramão, e assumiu o posto de epicentro global da pandemia. Agora, no último mês, a OMS verificou um novo recrudescimento de infectados no planeta. O aumento é puxado, especialmente, por Brasil e Índia. “A semana passada foi o quarto maior número de casos em uma única semana até agora”, aponta Tedros.

Desde o início de março, o país asiático vive uma explosão de infectados e, na última semana, superou o Brasil em número de infectados; são 13.686.073. Entretanto, em mortes, o país sul americano lidera com folga. Os indianos contabilizam menos da metade das mortes de brasileiros; 171.089. Uma das explicações para a diferença é a capacidade de testagem superior da Índia.

Novo perfil

Outro movimento que chama a atenção no Brasil é a mudança no perfil dos pacientes graves. Nas últimas semanas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vem alertando para o fato de que jovens passaram a representar grande parcela nas mortes e intubações. Da primeira semana de janeiro de 2021 até a última semana de março, houve um aumento de 1.218,33% de pacientes entre 30 e 39 anos de idade. Na faixa etária entre 40 a 40 anos, o aumento foi de 1.217,95%. Entre as demais idades a variação ficou da seguinte forma: 20 a 29, 872,73%; 50 a 59, 877,46%; 60 a 69 anos 566,46%. No cenário global, incluindo todas as idades, o aumento nos doentes foi de 701,58%.

Esse novo panorama do surto de covid-19 levou a Fiocruz a reforçar o pedido de medidas de isolamento social no país. “Esta mudança no perfil dos casos e óbitos contribui para o aumento da pressão sobre o sistema de saúde, potencialmente prolongando o tempo médio de internação. Além disso, já que se trata de população com maior circulação devido às atividades de trabalho, é importante considerar o potencial de transmissibilidade aumentado devido a este rejuvenescimento. Portanto, este fenômeno requer atenção dos gestores para uma intensificação da adoção das medidas de mitigação, como as de distanciamento físico e social.”

Vacinação

Além da necessidade de medidas para conter a pandemia entre todas as camadas da sociedade através de isolamento, também urge a aceleração na vacinação. Com o aumento de casos graves entre jovens, as perspectivas para reduzir a mortalidade e controlar o surto estão cada vez mais distantes. A Fiocruz, em boletim divulgado no fim de semana, aponta que o ritmo da vacinação contra a covid no Brasil está distante do ideal. Com cerca de 13% da população tendo recebido a primeira dose e 3,68% a segunda, o país está atrás de 56 países em porcentagem de vacinados.

Rede Brasil Atual


Bolsonaro se lanza contra la corte y convoca a sus seguidores a «prepararse»

El presidente Jair Bolsonaro afirmó este lunes que es necesario «restablecer el derecho» de circulación en Brasil, convocó a sus seguidores a «prepararse» y acusó a gobernadores que decretan cuarentena de «prototipos de dictadores», tras repudiar la comisión investigadora que el Senado prepara sobre la gestión de su Gobierno en la pandemia.

La declaración ocurre en medio del escándalo surgido porque el domingo el senador derechista Jorge Kajurú divulgó una conversación que tuvo con Bolsonaro en la cual el jefe del Estado dice que es necesario buscar el juicio de destitución de los miembros de la corte para neutralizar las investigaciones en su contra.

«Voy a tener que restablecer el derecho de ir y venir a Brasil, es un problema más serio del que se pueda imaginar. Existen prototipos de dictadores que están haciendo barbaridades en los estados», dijo Bolsonaro este lunes a seguidores en la puerta de la residencia oficial, el Palacio de la Alvorada, en Brasilia.

El plenario del Supremo Tribunal Federal debe votar este miércoles si ratifica la apertura de la comisión del Senado para investigar al Gobierno, sobre todo por la muerte de pacientes sin oxígeno en los hospitales de Manaos, capital de Amazonas, en enero pasado.

También pidió a sus seguidores -pero esta vez por Facebook- «prepararse» aunque no específico para qué y dijo que si el atentado que sufrió en la campaña de 2018 hubiera sido fatal hoy «ya no existiría la libertad».

«En tiempos difíciles hay que unir fuerzas, nunca ofender exactamente a quien puede ser decisivo en este rescate. Hoy se están dando cuenta de qué es el comunismo y quiénes son los prototipos de dictadores, los que decretan prohibiciones de cultos, toques de queda, expropiación de inmuebles (sic), restricciones a los viajes, etc».

Bolsonaro volvió a intentar despegarse de la crisis económica y sanitaria, que ha causado más de 353.00 muertos y coloca a Brasil como eje global de la pandemia, sufriendo un inédito colapso en su sistema sanitario con saturación de camas para atender a víctimas de Covid-19.

«Cada vez más personas se están quedando sin trabajo, ingresos y medios de supervivencia…el caos golpea las puertas de los brasileños. Pregúntense qué puede hacer cada uno de nosotros por Brasil y su libertad y…prepárense», dijo el mandatario.

La reacción de Bolsonaro -que hace una semana cambió los jefes militares porque los anteriores se negaron a adoptar su discurso contra las cuarentenas- se da en el marco de la luz verde que un juez de la corte, Luis Barroso, le dio al pedido para que el Senado investigue a su Gobierno en la pandemia.

Es por eso que el senador Kajurú, del partido Ciudadania, hizo pública una conversación telefónica con Bolsonaro el domingo en la cual el presidente dice hay que hacer maniobras para retrasar la apertura de la comisión legislativa.

Al mismo tiempo, le pide a Kajurú que sean investigados gobernadores e intendentes e intentar neutralizar los trabajos lanzando pedidos de juicio político contra los jueces de la corte.

«A qué punto llegamos que divulgaron la conversación», dijo Bolsonaro.

Kajurú, aliado de Bolsonaro en esta misión contra la corte, reveló este lunes otros trechos de la conversación, en una aparente jugada bolsonarista, en la cual el jefe del Estado dice que va a «cagar a trompadas» al senador Randolfe Rodrigues, del partido Rede, autor del pedido de investigación.

Télam


Rosa Weber suspende trechos dos decretos de armas de Bolsonaro que entram em vigor nesta terça

Por Márcio Falcão e Mateus Rodrigues

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber suspendeu nesta segunda-feira (12), em decisão individual, trechos dos quatro decretos sobre porte e posse de arma editados pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro. Os textos passam a valer nesta terça (13).

A suspensão atinge, por exemplo, o trecho que aumentava, de dois para seis, o limite de armas de fogo que o cidadão comum pode adquirir, desde que preencha os requisitos necessários para obtenção do Certificado de Registro de Arma de Fogo.

No mesmo decreto, Bolsonaro também permitia que policiais, agentes prisionais, membros do Ministério Público e de tribunais comprassem duas armas de fogo de uso restrito, além das seis de uso permitido. Rosa Weber também suspendeu esse trecho.

A ministra do STF suspendeu, ainda, o trecho de outro decreto publicado na mesma data que ampliava, em grande escala, os limites para compras de armas e munição para caçadores, atiradores e colecionadores – conhecidos como «CACs».

Em nota, a presidente do Instituto Igarapé, Ilona Szabó, afirmou que a decisão de Rosa Weber foi uma «grande vitória da sociedade brasileira». «Precisamos de políticas públicas que protejam a vida e não das que cultuam a morte», acrescentou.

Os decretos de Bolsonaro foram anunciados pelo governo no fim da noite de 12 de fevereiro, às vésperas do carnaval, e as mudanças não passaram pela análise do Congresso. Os textos fazem uma nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003.

Na decisão, Rosa Weber determina que o tema seja enviado ao plenário do STF, que pode confirmar ou rejeitar o que a ministra decidiu.

O julgamento das ações protocoladas pelos partidos PT, PSB e Rede contra esse pacote de quatro decretos de Jair Bolsonaro já estava marcado para começar na próxima sexta (16), em plenário virtual.

“A medida privilegia a prudência ao evitar que os decretos produzam seus efeitos mais nefastos e imediatos antes que o STF possa analisar sua constitucionalidade», afirmou nesta segunda o advogado Rafael Carneiro, do escritório que representa o PSB na ação.

«Como já foi amplamente demonstrado, flexibilizar a compra e o uso de armas de fogo e munições no Brasil resultará no aumento de crimes violentos como assassinatos e feminicídios, além de representar uma ameaça à estabilidade institucional. A sociedade não tem nada a ganhar com isso», disse Carneiro.

Na semana passada, reportagem do Jornal Nacional mostrou a articulação de senadores para tentar derrubar, em plenário, os decretos.

Ponto a ponto

Veja, na lista abaixo, quais regras estavam previstas nos decretos de Bolsonaro e foram suspensas por Rosa Weber:

  • fim do controle feito pelo Comando do Exército sobre categorias de munições e acessórios para armas;
  • autorização para a prática de tiro recreativo em entidades e clubes de tiro, independentemente de prévio registro dos praticantes;
  • possibilidade de aquisição de até seis armas de fogo de uso permitido por civis e oito armas por agentes estatais com simples declaração de necessidade, revestida de presunção de veracidade;
  • comprovação pelos CACs da capacidade técnica para o manuseio de armas de fogo por laudo de instrutor de tiro desportivo;
  • dispensa de credenciamento na Polícia Federal para psicólogos darem laudos de comprovação de aptidão psicológica a CACs;
  • dispensa de prévia autorização do Comando do Exército para que os CACs possam adquirir armas de fogo;
  • aumento do limite máximo de munição que pode ser adquiridas, anualmente, pelos CACs;
    possibilidade de o Comando do Exército autorizar a aquisição pelos CACs de munições em número superior aos limites pré-estabelecidos;
  • aquisição de munições por entidades e escolas de tiro em quantidade ilimitada;
  • prática de tiro desportivo por adolescentes a partir dos 14 anos de idade completos;
  • validade do porte de armas para todo território nacional;
  • porte de trânsito dos CACs para armas de fogo municiadas; e
  • porte simultâneo de até duas armas de fogo por cidadãos.

A decisão de Rosa Weber

Na decisão provisória, Rosa Weber afirma que inúmeros estudos revelam uma «inequívoca correlação entre a facilitação do acesso da população às armas de fogo e o desvio desses produtos para as organizações criminosas, milícias e criminosos em geral, por meio de furtos, roubos ou comércio clandestino, aumentando ainda mais os índices gerais de delitos patrimoniais, de crimes violentos e de homicídios.»

Para Rosa Weber, os decretos de Bolsonaro fragilizam pontos do Estatuto do Desarmamento de 2003 – que, nas palavras da ministra, «inaugurou uma política de controle responsável de armas de fogo e munições no território nacional».

A relatora diz ainda, na liminar, que Bolsonaro extrapolou as prerrogativas do Poder Executivo ao alterar, por decreto, trechos da legislação aprovada pelo Congresso.

«Desse modo, entre o agir do Poder Executivo, no exercício da competência regulamentar, e a atuação do Poder Legislativo, no desenho da moldura normativa delegada àquele, deve haver a observância da coerência normativa entre os atos na construção do direito, que têm em si uma relação de hierarquia e dependência», diz a ministra.

«Os Decretos de fevereiro de 2021 alteram de maneira inequívoca a Política Nacional de Armas, em atividade regulamentar excedente do seu espaço secundário normativo», prossegue.

Política armamentista

Neste domingo (11), estreou no G1 o podcast «À mão armada», em que a repórter Sônia Bridi investiga as motivações e as consequências da política armamentista do governo Jair Bolsonaro.

G1


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