Brasil | La 11° edición del Festival «Durante,» tendrá como eje la relación entre cuerpo y política en tiempo de pandemia
XI edición del Festival «DURANTE,» presenta performances de Minas Gerais, Ceará, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul y São Paulo
Por Redacción Nodal Cultura
Después de una decena de ediciones presenciales, el Festival «Durante,» (usan la coma dando idea de continuidad y simultaneidad) llega a su 11° de manera online, proponiendo una mirada intensa sobre el modo en que el artista se relaciona con su propio cuerpo y qué asociaciones políticas existen al respecto.
El evento, creado en Belo Horizonte por Cesco Napoli, Luan Nobat y otros artistas, se llevará a cabo entre el jueves 8 y el lunes 12 de abril. En las anteriores ediciones, realizadas de forma presencial, se presentaban varias funciones simultáneas durante un día. De ellas participaban artistas, estudiantes y público en general, pues el objetivo de los organizadores fue siempre acercar al público no especializado en arte contemporáneo.
Para no perder ese carácter de «todo sucediendo al mismo tiempo«, las 12 representaciones en video que componen el programa estarán disponibles en línea, en www.festivaldurante.com.br, solo durante el período en que se desarrolle «Durante,». La curaduría está a cargo de los artistas Paulo Nazareth, Shima y Camila Buzelin, coordinada por la investigadora Yacy-Ara Froner.
En la convocatoria se presentaron más de 170 artistas de todo Brasil (la mayoría de Minas Gerais), con obras de diferentes áreas y expresiones artísticas. El requisito previo era que los videos de la actuación dialogaran con el lema de «Del cuerpo a la tierra», evento que tuvo lugar en abril de 1970, que contó con actuaciones y acciones vinculadas críticamente a la situación política de Brasil, en medio de la dictadura militar.
Entendiendo que el arte brasileño no encaja en las narrativas que dominan la historia del arte, la invitación tenía como lema inicial la siguiente provocación: ¿Cómo me relaciono con mi propio cuerpo? ¿Cuáles son las implicaciones políticas de esta relación? ¿Hasta qué punto el acontecimiento «Del cuerpo a la Tierra» anticipa una mirada descolonial?
Para dialogar con este disparador curatorial, las performances Cura Senhor Onde Dói, de Daniel Bretas (Belo Horizonte / MG); Depil (acción), de Pedrosa Camilo (Contagem / MG); Edi_t – Una gimnasia autobiográfica fragmentada en varios selfies, de Ciber_Org (Belo Horizonte / MG); Ex-rojo, de Rodrigo Augusto de Souza Antero (Belo Horizonte / MG); Meu Rabo, de Mamutte (Belo Horizonte); TErrEnA TERrEnA NO IDENTIFICATION, de Nanaue (Belo Horizonte / MG).
Además de los artistas mineiros detallados, hay otros seis espectáculos conformados por artistas de todo Brasil: Acciones de Confinamiento, de Aline Luppi Grossi (Maringá-PR); La rectificadora negra, de Dona Conceição (Alvorada / RS); Echa raíces, de Roberta Pereira de Miranda (Goiânia / GO); Mendieta Morta, de Luna Recaldes (São Paulo / SP); Pedagogía del Operário Artista, de Lívio (Crato / CE); y GO CARNAL !, de Clara de Clara (Sorocaba SP).
También forma parte de «Durante,» un extenso programa de eventos que incluye presentaciones de artistas, mesas de discusión, lanzamientos de álbumes y libros, entre otras actividades, que permite ampliar la discusión sobre la presencia de la performance en la actualidad.
Entre esas actividades especiales se incluye una conversación con Manfredo Souzanetto, artista que participó en «Del cuerpo a la tierra». También habrá una mesa de debate (virtual) donde se discutirá la importancia de aquel evento que resuena hasta hoy, 50 años después.
11ª edição do FESTIVAL «DURANTE,» abrange performances de Minas Gerais, Ceará, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo
Como o artista se relaciona com seu próprio corpo e quais as associações políticas existentes nesta conexão. Este era um dos motes do evento happening «Do corpo à Terra», que foi parte da Semana de Vanguarda de 1970, importante evento homenageado agora na 11ª edição do Festival «Durante,» criado por Cesco Napoli, Luan Nobat e outros artistas, em Belo Horizonte.
Em 2021, a mostra acontece totalmente virtual, entre 8 e 12 de abril de 2021, por meio do site www.festivaldurante.com.br. A curadoria é dos artistas Paulo Nazareth, Shima e Camila Buzelin, com coordenação da pesquisadora Yacy-Ara Froner. As mesas e debates estarão disponibilizadas nas redes sociais do festival.
«O «Durante,» sempre promoveu uma aproximação de artistas e público em geral. Público não especializado, público que desconhece todos os meandros que acontecem no, muitas vezes, elitizado mundo da arte. Na 11ª edição, o «Durante,» faz uma homenagem ao «Do Corpo à Terra», um evento ocorrido em Belo Horizonte na década de 1970. Nós selecionamos 12 performances do Brasil inteiro para que esses artistas, em diálogo com «Do Corpo à Terra», pudessem não só rememorar esse evento emblemático mas também atualizá-lo, neste momento extremamente simbólico que estamos vivendo, quando a história está acontecendo aos nossos olhos, durante o «Durante,». Duremos», diz Cesco Napoli.
Selecionados
Foram mais de 170 inscrições, de todo o Brasil e com trabalhos de diversas áreas e expressões artísticas, boa parte de Minas Gerais. O pré-requisito era de que os vídeos de performances deveriam, de alguma forma, dialogar com o mote do «Do corpo à Terra». Valem trabalhos anteriores que se aproximem do evento homenageado ou trabalhos confeccionados a partir desta convocatória.
Na ocasião do «Do Corpo à Terra» o corpo tropical emergia como um canal de comunicação e participação. Em 2021, nessa edição do «Durante,», a proposta é pensar a relação do corpo com a terra, evocar a memória artística das cidades e provocar esse desafio que a pandemia nos trouxe: tentar transpor a tactibilidade do corpo para o dispositivo eletrônico.
Entendendo que a arte brasileira não cabe nas narrativas que dominam a história da arte, a convocatória teve como mote inicial a seguinte provocação: Como eu me relaciono com meu próprio corpo? Quais as implicações políticas desta relação? Em que medida o happening «Do corpo à Terra» antecipa um olhar decolonial?
Para dialogar com essa provocação curatorial, as performances Cura Senhor Onde Dói, de Daniel Bretas (Belo Horizonte / MG); Depil(ação), de Pedrosa Camilo (Contagem/ MG); Edi_t – Uma Ginástica Autobiográfica Fragmentada em Vários Selfies, de Ciber_Org (Belo Horizonte / MG); Ex-tinto, de Rodrigo Augusto de Souza Antero (Belo Horizonte/MG); Meu Rabo, de Mamutte (Belo Horizonte); ViDa TeRrEnA NãO IdEnTiFiCaDa, de Nanaue (Belo Horizonte / MG) – todas de artistas mineiros – foram selecionadas para se apresentarem ao público do Durante, nesta edição tão singular da história mundial.
Para as outras seis vagas destinadas a artistas de todo o país, foram escolhidas: Ações em Confinamento, de Aline Luppi Grossi (Maringá-PR); A Máquina de Moer Pretos, de Dona Conceição (Alvorada/RS); Enraíze-se, de Roberta Pereira de Miranda (Goiânia/GO); Mendieta Morta, de Luna Recaldes (São Paulo/SP); Pedagogia do Artista Operário, de Lívio (Crato/CE); e VÁ CARNAL!, de Clara de Clara (Sorocaba SP).
A curadoria, diante da potência poética de tantas obras que acabaram não entrando na lista de selecionados, optou por fazer uma lista de menções honrosas, para destacar e valorizar tais trabalhos que serão disponibilizados em uma playlist no canal oficial de YouTube do Festival (https://www.youtube.com/
Todos esses trabalhos podem ser vistos no site do Festival (www.festivaldurante.com.br), de 8 a 12 de abril.
Mais programação
Além das performances, disponíveis apenas durante o Festival, fazem parte da programação do «Durante,» uma extensa programação para ampliar a discussão sobre a presença da performance nos dias de hoje.
Nos dias 8, 9 e 12 de abril, sempre às 19h, acontecem mesas virtuais de debates, transmitidas pelo canal do Youtube do Festival «Durante,». Na quinta, 8/4, Francesco Napoli, Yacy Ara Froner e Marília Andrés Ribeiro, com mediação de Michelle Barreto, falam sobre o festival, explicando um pouco mais da programação e sobre os artistas e obras escolhidas. No dia seguinte, 9/4, sexta-feira, com mediação de Francesco Napoli, os pesquisadores Ana Cecília Soares, Guilherme Bueno e Rita Lages conversam sobre Itinerário Crítico. No dia 12/4, segunda-feira, o assunto é «Do Corpo à Terra 50 anos depois», com os convidados Celso Favaretto e Maria Angélica Melendi, com mediação de Yacy-Ara Froner.
Estão programadas também três rodadas de conversas com os artistas selecionados, para explanação sobre seus trabalhos, intenções e percursos. Elas acontecem de 8 a 11 de abril, às 21h, via Instagram do Festival Durante,. No dia 12 haverá uma sessão especial, com a participação de Manfredo Souzanetto, artista mineiro que participou de «Do Corpo à Terra».
Reforçando o aspecto de criar pontes entre o que está sendo discutido nas universidades e o que está sendo colocado em prática pelos artistas, haverá o lançamento de um e-book e de um audiobook com artigos selecionados pela professora Yacy-Ara Froner, da UFMG, que discutem essa questão. Entre os estudiosos do assunto que participam da publicação estão: Marília Andrés Ribeiro, Ana Cecília Soares, Guilherme Bueno, Rita Lages, Celso Favaretto, Maria Angélica Melendi (Piti), Rachel Cecília de Oliveira, Francesco Napoli, Camila Buzelin, Paulo Nazareth, Shima, Manfredo Souzanetto, Georg Helt , além de um texto da própria professora Yacy-Ara Froner. No dia 10 de abril, a professora Yacy-Ara e Sandra Makowiecky (Diretora da Associação Brasileira de Críticos repercutem alguns desses artigos. A transmissão acontece via Instagram do Festival Durante, no dia 11 de abril, domingo, às 19h, com mediação de Cesco Napoli.
Som no «Durante,»
No dia 10 de abril, sábado, às 19h, acontece o lançamento e uma audição comentada do álbum do Coletivo nMUnDO. Participam os integrantes do coletivo – Barulhista, Camila Buzelin, Francesco Napoli e Michelle Barreto – e a live poderá ser acompanhada via Zoom (link a ser disponibilizado no dia através das redes do Festival Durante). O álbum é formado por cinco faixas, uma para cada integrante e uma dedicada à performance intitulada «O que você diria para o mundo se todos pudessem te ouvir?», em que um carro de som circulou pelo bairro Goiânia, na periferia de Belo Horizonte, enquanto projetava uma peça sonora produzida pelos artistas integrantes do grupo.
Fundado pelo músico, professor, pesquisador e radialista Cesco Napoli, o coletivo com a artista visual e cenógrafa Camila Buzelin; o músico e escritor G.A Barulhista; e a atriz Michelle Barreto, o nMUnDO promove propostas artísticas transversais, que conciliam territórios artísticos diferentes, propondo um diálogo entre as artes visuais, a performance a música e a radioarte.
Quatro programas, em formato de podcast, veiculados no Tropofonia – programa de rádio da UFMG, comandado por Napoli, que propõe ser um programa de arte, poesia e experiências sonoras com convidados das mesas e artistas selecionados. O primeiro episódio da temporada 2021 tem como tema o happening «Do Corpo à Terra», vai ao ar às 23h do dia 12 de abril, segunda-feira, e pode ser também acompanhado ao vivo via Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) e pelo site https://www.ufmg.br/online/
Sobre o «Durante,»
O «Durante», é um festival de performance que teve sua primeira edição em 2016. Ele foi criado por Cesco Napoli, Luan Nobat e outros artistas, em Belo Horizonte, no qual várias performances eram apresentadas ao mesmo tempo durante um dia, com a participação de artistas e estudantes com o objetivo de aproximar o público em geral, não especializado em arte contemporânea, da produção e discussão artísticas. Foram realizadas dez edições presenciais, com a participação de mais de 30 artistas.
Programación completa
8 de Abril de 2021
- 19h – Mesa de Apertura
Participan: Francesco Napoli, Yacy Ara Froner e Marília Andrés Ribeiro – Modera: Michelle Barreto
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante - 21h – Charlas con artistas
Conversación con los artistas seleccionados participan del Festival: Ciber_Org (Belo Horizonte / MG), Mamutte (Belo Horizonte/ MG), Nanaue (Belo Horizonte / MG)
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante
Dia 9 de Abril de 2021
- 19h – Mesa: Itinerario Crítico
Participan: Ana Cecília Soares + Guilherme Bueno + Rita Lages – Modera: Francesco Napoli
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante - 21h – Charlas con artistas
Conversación con los artistas seleccionados participan del Festival: Aline Luppi Grossi (Maringá-PR), Pedrosa Camilo (Contagem/ MG) e Lívio (Crato/CE)
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante
Dia 10 de Abril de 2021
- 19h – Lanzamiento y audición comentada del álbum de Coletivo nMUnDO
Participan: Barulhista, Camila Buzelin, Francesco Napoli e Michelle Barreto
Transmissão pelo Zoom (Link a ser disponibilizado no dia através das redes do Festival Durante) - 21h – Charlas con artistas
Conversación con los artistas seleccionados participan del Festival: Dona Conceição (Alvorada/RS), Roberta Pereira de Miranda (Goiânia/GO), Rodrigo Antero (Belo Horizonte/MG)
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante
Dia 11 de Abril de 2021
- 19h – Lanzamiento de e-book
Participan: Yacy-Ara Froner + Sandra Makowiecky (Diretora da Associação Brasileira de Críticos de Arte – Modera: Francesco Napoli
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante - 21h – Charlas con artistas
Conversación con los artistas seleccionados participan del Festival: Luna Recaldes (São Paulo/SP), Daniel Bretas (Belo Horizonte / MG) e Clara de Clara (Sorocaba SP)
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante
Dia 12 de Abril de 2021
- 19h – Mesa: Del cuerpo a la Tierra 50 años después
Participan: Celso Favaretto e Maria Angélica Melendi – Modera: Yacy-Ara Froner
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante - 21h – Charla con Manfredo Souzanetto
Transmisión por el canal de Youtube do Festival Durante - 23h – Tropofonia especial «Del cuerpo a la tierra»
Transmisión en vivo a través de Radio UFMG Educativa (104,5 FM) y por el sitio https://www.ufmg.br/online/radio/arquivos/002140.shtml