Brasil | El Senado investigará a Bolsonaro por el manejo de la pandemia tras otro día récord con 4.200 muertes
Brasil reportó 4.249 muertes en las últimas 24 horas, un nuevo récord diario
Brasil batió este jueves un nuevo récord de muertos por coronavirus, al registrar 4.249 en las últimas 24 horas, lo que eleva a 345.025 la cifra total en el segundo país del mundo más golpeado por la pandemia, que además reportó más de 86.500 nuevos casos, empujando la cantidad de contagios a más de 13,2 millones, mientras se profundiza el colapso en el sistema sanitarios y la campaña de vacunación avanza lentamente.
Hasta ahora, el peor día de la pandemia en el gigantes sudamericano, epicentro actual de la epidemia, había sido el martes último, cuando fueron notificados 4.195 decesos.
El número de casos confirmados se situó en 86.652 y ya son 13.279.857 quienes contrajeron la enfermedad en Brasil, donde la situación epidemiológica está fuera de control, a punto tal que diversos especialistas apuntan que a lo largo de abril se podría llegar a los 5.000 muertos al día.
A pesar de que la mayoría de estados y municipios endurecieron las restricciones en las últimas semanas, la gran mayoría de las capitales del país siguen con las Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) de los hospitales por encima del 90% de su capacidad.
Y pese a las temerarias cifras, el presidente de ultraderecha Jair Bolsonaro descartó totalmente la posibilidad de decretar un confinamiento de la población a nivel nacional, tal como piden algunos expertos para frenar la expansión del virus.
Brasil es el epicentro actual de la pandemia -registra de manera constante la mayor cantidad de decesos en términos absolutos a nivel global- y ocupa el segundo lugar en la lúgubre lista de casos y muertes, solo por detrás de los Estados Unidos.
Pese a las cifras y los llamados de las autoridades sanitarias, Bolsonaro rechazó nuevamente imponer un confinamiento nacional en el país.
“No vamos a aceptar esta política de quedarse en casa y cerrar todo”, dijo el mandatario en un discurso pronunciado en el estado de Santa Catarina.
Las declaraciones fueron hechas luego de que la Asociación Brasileña de Salud Colectiva, que cuenta con casi 20.000 miembros, publicara el martes en el diario O Globo una carta haciendo un llamado a un confinamiento nacional de tres semanas.
“La grave situación epidemiológica que está llevando a un colapso del sistema de salud en varios estados requiere de la adopción inmediata, sin ninguna duda, de estrictas medidas restrictivas”, indicó el comunicado.
En paralelo las autoridades sanitarias continúan con la campaña nacional de vacunación, que tras un lento inicio comienza a ganar velocidad. El país ya ha administrado al menos una dosis del inoculante a casi el 9% de su población, 0,5 durante las últimas 24 horas.
En total, se han aplicado 11,38 dosis -entre primeras y segundas- por cada 100 personas. En términos absolutos, el país se encuentra quinto a nivel global, con 24,2 millones de vacunas aplicadas.
Barroso determina instauração de ‘CPI da Covid’ para apurar ações do governo
Em um duro revés para o Palácio do Planalto, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (8) que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instaure a «CPI da Covid», que mira ações e omissões do governo Jair Bolsonaro no combate à pandemia A decisão atende a pedido formulado pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO), que questionam a inércia de Pacheco em avaliar o requerimento pela investigação, apresentado há 64 dias, no início de fevereiro.
Ao acionar o STF, Vieira e Kajuru destacaram que, em entrevista ao Roda Vida, Rodrigo Pacheco declarou que a abertura da CPI seria ‘contraproducente’. Ao Estadão, o presidente do Senado afirmou que questões como a PEC Emergencial e a retomada do auxílio emergencial são questões mais maduras para discussão na Casa.
«É um direito dos senadores fazer o requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito. No momento oportuno eu vou avaliar a CPI da Saúde, como outros requerimentos que existem no Senado. No entanto, nós temos hoje um obstáculo operacional, que é o Senado Federal com limitação de funcionamento em razão de um ato da comissão diretora que estabeleceu o funcionamento do plenário de maneira remota», afirmou.
Para os senadores, a fala evidencia a «resistência pessoal» do presidente do Senado sobre a abertura da CPI. «Não há qualquer justificativa plausível para a não instalação da CPI», criticam.
Bolsonaro diz que STF, ao mandar abrir CPI, interfere em Poderes e cita pedidos de impeachment de ministros
Por Daniel Carvalho
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse na noite desta quinta-feira (8) que o STF (Supremo Tribunal Federal) interfere nos outros Poderes ao mandar abrir a CPI da Covid-19. O mandatário citou ainda pedidos de impeachment de ministros da corte que estão no Senado e na visão dele deveriam ser apreciados.
Em entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro disse que «não há dúvida de que há uma interferência do Supremo em todos os Poderes».
«Agora, no Senado, tem pedido de impeachment de ministro do Supremo. Eu não estou entrando nesta briga, mas tem pedido. Será que a decisão não tem que ser a mesma também, para o Senado botar em pauta o pedido de impeachment de ministro do Supremo?», indagou Bolsonaro.
«Não está na hora de, em vez de ficar procurando responsáveis, unir Supremo, Legislativo, Executivo para a busca de soluções? O que que vai levar a abertura da possível CPI? As provas que estamos no caminho certo, que fizemos tudo o possível estão aí».
O ministro do Supremo Luís Roberto Barroso mandou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instalar uma CPI da pandemia.
Em sua decisão, Barroso afirmou que estão presentes os requisitos necessários para a abertura da comissão parlamentar de inquérito, incluindo a assinatura favorável de mais de um terço dos senadores, e que o chefe do Senado não pode se omitir em relação a isso.
Além do potencial de agravar a crise política e da insatisfação de Bolsonaro, a determinação do ministro do STF retomou a discussão —acalorada nos últimos meses— sobre a disputa por protagonismo e a interferência entre Poderes.
«É uma medida que, não tenho a menor dúvida, é para atingir o governo federal», afirmou Bolsonaro.
«Agora, queria que ele fizesse a mesma coisa, já que fez para nós, eu não queria entrar numa briga com ninguém do Supremo, uma liminar para o Senado abrir o processo de impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal também. Afinal de contas, aí mostra que ele é isento e tira meu discurso de agora, […] que seria uma perseguição ao Poder Executivo», disse o presidente da República.
Pacheco afirmou que vai cumprir a decisão de Barroso, oferecendo segurança para os senadores e depoentes que frequentarem as audiências, mas manteve sua posição contrária à instalação da CPI durante a pandemia.
O presidente do Senado disse que a comissão neste momento será um “ponto fora da curva” e que pode “ser o coroamento do insucesso nacional no enfrentamento da pandemia”.
Pacheco também afirmou que as audiências da CPI podem ser uma antecipação da corrida eleitoral em 2022 e servir de “palanque político” para potenciais candidatos. Alguns senadores criticaram o que consideraram ser uma interferência indevida do Judiciário no Legislativo.
Barroso submeteu sua decisão para a análise da corte. O caso será julgado na próxima sessão virtual do Supremo, que começa em 16 de abril e vai até o dia 26 do mesmo mês. Nesse período, os magistrados deverão incluir seus votos no sistema.
Em outra derrota de Bolsonaro, o Supremo manteve por 9 votos a 2 a decisão do ministro Gilmar Mendes de permitir que estados e municípios proíbam a realização de celebrações religiosas presenciais como forma de conter o avanço da pandemia da Covid-19.
«Temos decisões acontecendo e vocês sabem qual a minha opinião, OK, e vamos tocar a vida aí. O Brasil está sofrendo demais e o que nós menos precisamos é de conflitos. Da minha parte, você sabe a minha posição. Respeito completamente a nossa Constituição. Não tem um pingo fora das quatro linhas da mesa», disse Bolsonaro à CNN Brasil.
Questionado especificamente sobre a decisão envolvendo as igrejas, o presidente afirmou que é «quase zero» a chance de contaminação entre frequentadores de igrejas e templos.
«Geralmente, o cara, quando está numa situação depressiva, ele procura Deus. E ele procura onde? Deus está em todo lugar, sabemos disso, mas ele vai na igreja, vai num templo. O templo fechado. E, lá dentro, com todas as medidas de afastamento etc, não tem a possibilidade de transmitir o vírus é quase zero.»
A decisão do Supremo não obriga gestores estaduais e municipais a proibirem cultos e missas, mas declara que decretos nesse sentido são permitidos e não violam a Constituição.