Nuevo récord en Brasil con más de 100 mil casos en un día y Bolsonaro insiste en criticar medidas de aislamiento

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Brasil supera 100 mil casos de covid-19 en un día; van más de 303 mil muertos por pandemia

Brasil registró este jueves un nuevo récord diario de casos de covid-19, al sumar más de 100 mil contagios, mientras crecen las presiones sobre el presidente Jair Bolsonaro para que solucione un drama que ha puesto a los hospitales en vilo.

El país, que contabiliza más de 303 mil fallecidos y hoy reportó otros 2 mil 777, es actualmente el lugar del planeta donde más se muere por covid-19 al día, muy por encima del promedio de Estados Unidos, mil 24, o México, 560, que aparecen justo detrás, según la Organización Mundial de la Salud (OMS).

El número de infectados supera ya los 12.3 millones, después de notificar 100 mil 158 nuevos casos en el último día, de acuerdo con el Ministerio de Salud.

Con el sistema público de salud casi colapsado y las reservas de medicamentos para los pacientes más graves bajo mínimos, Bolsonaro se quejó este jueves de que la crisis del coronavirus eclipse las acciones de su gobierno en otras áreas.

«El gobierno está funcionando, pero no aparece, solo aparece un asunto ahí», dijo el mandatario a un grupo de seguidores, en Brasilia, en alusión a la pandemia.

Casi en paralelo, el vicepresidente Hamilton Mourao reconocía a los periodistas que el número de fallecimientos supera ya «los límites del sentido común».

Mientras, el nuevo ministro de Salud, Marcelo Queiroga, visitó hoy varios hospitales de Sao Paulo en un intento por dar una nueva imagen tras la errática gestión de su antecesor, el general Eduardo Pazuello, investigado por la Justicia por presuntas «omisiones» en el combate a la pandemia.

Queiroga también se acercó a la Universidad de Sao Paulo (USP), donde fue recibido con abucheos y protestas por parte de un grupo de estudiantes de la Facultad de Medicina.

Capilla usada como morgue

En la semana del 15 al 21 de marzo, Brasil aportó el 25 por ciento de todos los decesos mundiales por covid-19. El actual promedio de muertes es de casi 2 mil 300 al día en el país.

Las unidades de cuidados intensivos (UCI) de prácticamente todo el país están a rebosar ante la explosión de contagios, provocada en parte por la circulación de variantes más infecciosas.

Ese es el caso del hospital municipal «O Centenário», en Sao Leopoldo, en la zona metropolitana de Porto Alegre, que está atendiendo a enfermos por encima de su capacidad, que es de 18 camas de terapia intensiva.

Solo en el último fin de semana 11 pacientes que estaban ingresados fallecieron. Los cuerpos de las víctimas son llevados a la capilla del hospital, usada como una suerte de morgue, donde los familiares se despiden de sus seres queridos, según constató EFE.

La vacunación en esta localidad avanza muy lentamente, como en todo Brasil, donde se ha aplicado la primera dosis a tan solo el 6.3 por ciento de la población.

Por otro lado, en Sao Paulo, la alcaldía anunció este jueves la instalación de 19 plantas de oxígeno para garantizar el suministro a los hospitales de la ciudad, cuyas reservas empezaban a escasear ante el fuerte aumento de ingresos.

«Llegamos a un punto, en todo el país, en el que no hay control», afirmó a EFE el médico Fábio Gaudenzi, consultor de la Sociedad Brasileña de Infectología (SBI) y quien ahora está de baja debido al estrés producido por la pandemia.

En su opinión, el escenario puede complicarse aún más en las próximas semanas, pues a partir de abril empezará la temporada propicia para la circulación de otros virus respiratorios, como la influenza, que podrían presionar más la red hospitalaria.

Todo ello con el coronavirus en plena fase expansiva. La Universidad Federal Fluminense divulgó este miércoles un estudio en el que afirmó que Brasil puede llegar a 5 mil muertes diarias por covid entre finales de abril y comienzos de mayo.

Milenio


Em live, Bolsonaro ataca lockdown, mente sobre vacinas e ignora pressão sobre Ernesto Araújo

Em live nesta quinta-feira (25), mais curta que o normal, com apenas 20 minutos de duração, Jair Bolsonaro voltou a repetir o discurso contra o lockdown e mentiu mais uma vez sobre as vacinas contra Covid-19. O mais importante, porém, foi o que Bolsonaro não disse: ele ignorou a pressão do Congresso Nacional pela demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Mesmo com os discursos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), com críticas à atuação de Araújo no Itamaraty, Bolsonaro calou, sem nem sair em defesa de seu aliado.

Araújo participou de sessão no Senado nesta quarta-feira (24) e ouviu por horas manifestações de senadores pedindo sua saída.

Lockdown

Bolsonaro reiterou a distorção que fez mais cedo sobre a fala da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, sobre o lockdown, afirmando que a alemã se arrependeu de ter decretado duras medidas restritivas contra o coronavírus.

Como já havia sido esclarecido anteriormente pela rede alemã Deutsche Welle de rádio e TV, Angela Merkel decidiu suspender o lockdown em razão do curto período para implementação da medida. «A ideia foi um erro. Havia boas razões para optar por ela, mas ela não pode ser implementada suficientemente bem nesse curto período de tempo», disse Merkel. «Esse erro é somente meu. Lamento profundamente e peço desculpas a todos os cidadãos», disse ela.

Vacinas

Mais uma vez, Bolsonaro tentou se desvencilhar da imagem negacionista que paira sobre seu governo e sua pessoa, afirmando que nunca foi contra as vacinas, desde que tivessem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). «Eu sempre disse. Não adianta querer fazer uma narrativa. Entre eu e a vacina existia a Anvisa, tem que respeitar. Daqui a pouco começa a chegar coisa aí, não sabe fabricada onde, e saem distribuindo para população. Todas as vacinas que forem aprovadas pela Anvisa, nós compramos, sem problema nenhum», falou.

Bolsonaro não citou, entretanto, que fez campanha ativa contra os imunizantes, anunciando que não se vacinaria e até mesmo proibindo o então ministro da Saúde à época, Eduardo Pazuello, de adquirir doses da CoronaVac em razão de sua origem, a China.

Brasil 247


‘Água chegou no pescoço’: médicos clamam por ajuda em meio a colapso

Médicos e gestores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) divulgaram vídeo nas redes sociais alertando que a unidade de saúde está em colapso como toda a estrutura hospitalar do estado de São Paulo. Em uma tentativa de concentrar esforços para combater a pandemia de covid-19, os profissionais do HC deram início a campanha #CanceleACovid, pedindo a influenciadores e formadores de opinião que se engajem na promoção de medidas como o isolamento social e o uso de máscaras.

De acordo com o presidente do Instituto Coalizão Saúde e do conselho do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg, “esse tipo de linguagem, uniformização, entendimento e participação fará a diferença” para que a população “se conscientize da gravidade do momento”.

Levantamento divulgado na terça-feira (23) pela TV Globo e portal G1 aponta que, em média, quatro vidas são perdidas todos os dias, desde 1º de março, na espera por um leito de UTI na região metropolitana de São Paulo. Ao todo, 101 pessoas morreram aguardando por uma vaga e outras 767 permanecem na espera na Grande São Paulo.

‘Água chegou no pescoço’

“A água chegou no pescoço. Estamos em uma segunda onda muito difícil”, resume a diretora de infectologia do Hospital das Clínicas, Nassara Levin. O alerta dramático, que abre o vídeo da campanha, é seguido pela advertência da infectologista Ho Yeh Li. “Estamos vivenciando o pior momento dessa pandemia. De tal forma que a gente não consegue mais ampliar para atender pacientes com covid ou com outras doenças”, destaca.

O CEO do HC, Antonio José Pereira, o Tomzé, também observa que o país tem aproximadamente 3.200 mortes diárias e “iremos para um exponencial disso. Não temos limite”. “Não adianta mais leitos de UTI e mais respiradores, logicamente tudo isso é plausível, mas, neste momento, temos apenas uma solução imediata, a solução das pessoas continuarem em casa, usarem álcool em gel e máscaras.”

Também participam do vídeo o professor e infectologista Esper Kallas e o diretor da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Conselho do HC, Tarcísio Barros. Os especialistas apelam aos influenciadores que os ajudem a angariar apoio e comuniquem as medidas de isolamento. Apesar das dificuldades de se cumpri-las sem um auxílio efetivo por parte do governo federal, elas são imprescindíveis para frear a pandemia.

Não existe tratamento precoce

O pedido de socorro dos profissionais de saúde reforça que a situação é de fato desesperadora. Ainda ontem, o presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner, fez um pronunciamento público, divulgado nas redes sociais do centro médico, defendendo que as medidas de prevenção e vacinação “são as únicas chances que nós temos para vencer a pandemia. Precisamos voltar a preservar a vida, deixando de ser um país que, infelizmente, vem cultivando a morte”.

O cirurgião também pediu à população “que não ignorem as recomendações baseadas na ciência que continuam sendo fundamentais”. E criticou, sem citar nomes, autoridades que defendem o uso de medicamento sem eficácia comprovada, como cloroquina e ivermectina, que fazem parte do rol de remédios listado no chamado kit-covid. “Se apegaram a fake news que disseminam tratamento de prevenção. Sendo que não há, até agora, qualquer medicamento, chá, ou receita caseira que evite a contaminação pelo vírus”.

“Quem já pegou pode pegar novamente e às vezes até de modo mais grave. Além disso, pacientes que se recuperaram da doença apresentam sequelas, como alterações cardiovasculares, neuropsiquiátricas, perdas nutricionais e musculares, inclusive morte”, acrescentou Klajner.

Manifesto dos professores

Na manhã desta quinta (25), o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu com 72 professores titulares da Faculdade de Medicina da USP para criar “uma ambiência favorável para que as coisas avancem”, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Queiroga foi ao encontro acompanhado do também ministro da Educação Milton Ribeiro. Os dois, em coletiva de imprensa, falaram brevemente em uma gestão de saúde “ao lado da ciência, ouvindo a acadêmica”. Após mais de um ano do governo Jair Bolsonaro contestar as principais medidas adotadas para controlar o vírus em todo o mundo.

Do lado de fora do complexo do HC da USP, estudantes protestavam com cartazes cobrando vida, pão, vacinas e educação.

Em função da movimentação, os professores da FMUSP decidiram elaborar um manifesto, em contraposição à gestão presidente Bolsonaro que levou ao atual caos sanitário. O documento é centrado na necessidade de coordenação entre os entes federativos, assim como uma comunicação alinhada, transparência de todos os dados, adoção do distanciamento social como política prioritária, combate às notícias falsas e a medicamentos sem comprovação científica, além da vacinação universal e gratuita.

Rede Brasil Atual


Butantan cria primeira vacina brasileira contra Covid, que irá a testes

O Instituto Butantan criou uma nova candidata a vacina contra a Covid-19, que irá a ensaios clínicos com seres humanos.

O pedido de autorização será encaminhado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta sexta (26).

O Butantan é o maior produtor de vacinas do país e já fornece a Coronavac, de origem chinesa.

A vacina do Butantan se chama Butanvac e foi desenvolvida pelo instituto. O diretor do Butantan, Dimas Covas, diz ser possível encerrar todos os testes da vacina e ter 40 milhões de doses prontas antes do fim do ano, informa a Folha de S.Paulo.

Brasil 247


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