Nuevo exabrupto del hijo de Bolsonaro hacia la prensa: “Métanse el barbijo en el culo”
Nuevo exabrupto del hijo de Jair Bolsonaro: “Métanse el barbijo en el cu…”
En medio del aceleramiento de la crisis que vive Brasil, que ayer registró más de dos mil muertes por coronavirus, uno de los hijos del presidente Jair Bolsonaro, Eduardo, tuvo una reacción polémica en redes sociales cuando se refirió a la prensa del país y dijo que la población debería terminarla con la preocupación de los barbijos y los tapabocas.
Pese a que el país ya reporta más de 270.000 fallecidos, Eduardo Bolsonaro, diputado federal por el estado de San Pablo, ordenó a la población ponerse las máscaras protectoras contra el coronavirus “en el culo”. Anoche, en una transmisión en vivo por Instagram, criticó esta medida de prevención sanitaria y además apuntó contra los medios de comunicación.
“Es una lástima que esta prensa pequeña que tenemos aquí en Brasil sea capaz de cubrir solo la máscara. Ayy, la máscara, sin máscara, con máscara. ¡Que se la metan en el culo”, dijo de acuerdo con lo publicado por el diario Estadão.
Las declaraciones de Eduardo tuvieron lugar luego de que su propia padre, el presidente de derecha Jair Bolsonaro, cambiara su discurso, se mostrara con la boca tapaba e incluso hablara sobre la importancia de las vacunas.
Desde que comenzó la pandemia hace un año, Bolsonaro (quien tuvo coronavirus) se mostró en contra de las decisiones que tomaron sus pares del mundo y aseguró que las cuarentenas (que varios gobernadores sí decretaron en sus estados) no eran la solución para frenar el brote sino un problema porque significaban un golpe a la economía. De hecho aseguró varias veces que si se cerraban las ciudades, las personas no iban a morir por Covid-19 pero sí por hambre, a causa de la falta de trabajo.
Asimismo siempre intentó bajarle el tono a la crisis y hasta aseguró durante los primeros meses de pandemia que los brasileños no debían preocuparse porque son fuertes y no se infectan. Sin embargo el país es el segundo más afectado del mundo.
Pico de muertes
Ayer Brasil superó por primera vez los 2000 muertos diarios por coronavirus, con 2286 fallecidos en las últimas 24 horas, un segundo récord consecutivo que confirma un agravamiento de la situación y causa alarma mundial.
El país totaliza 270.656 muertes, de acuerdo con datos publicados por el Ministerio de la Salud. Con 212 millones de habitantes, además reporta 11,2 millones de infectados.
En los últimos siete días hubo un promedio de 1627 víctimas de Covid-19, una cifra en constante alza desde el 22 de febrero. Los expertos estiman que este repunte podría deberse a la confusión creada por las diferentes orientaciones para enfrentar la pandemia entre los gobernadores partidarios de medidas de confinamiento y el presidente, que minimizó su importancia.
También mencionan la nueva variante del coronavirus registrada en la Amazonía, conocida como P1, que puede ser al menos dos veces más contagiosa, y una campaña de vacunación que avanza en cámara lenta. Desde que inició la campaña hace casi dos meses, 8,9 millones de personas fueron vacunadas (4,23% de la población), incluyendo 3,1 millones con la segunda dosis.
El nuevo pico puso en jaque al sistema sanitario nacional, con más de 80% de ocupación de camas en las unidades de cuidados intensivos de 25 de las 27 capitales de los estados.
En este contexto, la OMS instó la semana pasada al gobierno de Brasil a tomar medidas más agresivas, ya que de no hacerlo podría afectar a los países vecinos y a otros.
Eduardo Bolsonaro sobre uso de máscara contra Covid: ‘enfia no rabo’
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) criticou o excesso de questionamentos sobre o uso da máscara de proteção contra o novo coronavírus.
«Eu acho uma pena, essa imprensa mequetrefe que a gente tem aqui no Brasil fique dando conta de cobrir apenas a máscara. ‘Ah a máscara, está sem máscara, está com máscara’. Enfia no rabo gente, porra! A gente está lá trabalhando, ralando», disse Eduardo em um vídeo publicado na noite desta quarta-feira (10) em seu perfil no Instagram.
A declaração foi dada enquanto o deputado e filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentava a viagem que fez para Israel junto a uma comitiva brasileira para conhecer o spray contra a Covid-19 que está em fase de testes iniciais no país do Oriente Médio.
No fim de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro questionou a eficácia do uso da máscara no combate ao novo coronavírus, embora o item seja indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como forma de prevenção a disseminação do vírus.
«Começam a aparecer os efeitos colaterais das máscaras». «Eu tenho minha opinião sobre as máscaras, cada um tem a sua, mas a gente aguarda um estudo sobre isso feito por pessoas competentes, disse na época.
Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente Bolsonaro respondeu as críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação as ações do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. A doença tem batido recordes de número de mortes no país.
Ao longo da pandemia, Bolsonaro minimizou a importância do uso da máscara, incentivou aglomerações, se declarou contra as medidas de isolamento social e desdenhou das vacinas contra a Covid-19.
Em resposta ao ex-presidente Lula, Bolsonaro disse que o petista «agora inicia uma campanha» política e que ele «não tem nada para mostrar de bom».
«Não justifica essa crítica do ex-presidente Lula, que agora inicia uma campanha. Como não tem nada para mostrar de bom, essa é uma regra no PT, a campanha deles é baseada em criticar, mentir e desinformar», afirmou Bolsonaro.
A postura do presidente contrariou a recomendação de seus assessores, para quem ele deveria ignorar as declarações do petista e focar a defesa da vacinação contra a Covid.
Em sua primeira manifestação após ter tido seus direitos políticos reabilitados, Lula classificou de «desgoverno» a resposta de Bolsonaro na crise sanitária.
«Demos todos os meios para prefeitos e governadores, até na questão do oxigênio em Manaus. Nas primeiras 48 horas estavam chegando os primeiro cilindros na região, isso graças ao trabalho da Força Aérea e a ligação direta que o ministro [Eduardo] Pazuello [da Saúde] tem com o ministro da Defesa [Fernando Azevedo]», respondeu Bolsonaro.
«Falar de desgoverno, ele [Lula] tá fazendo acusação sem qualquer fundamento», complementou.
A avaliação do entorno presidencial é que, devido ao recrudescimento da pandemia, o governo precisa abraçar o «Plano Vacina» e tentar se descolar do rótulo de negacionista -imagem conquistada por Bolsonaro após diversas declarações questionando imunizantes e o isolamento social e defendendo tratamentos ineficazes para a doença.
«Plano Vacina» é como aliados de Bolsonaro apelidaram uma ofensiva deflagrada para tentar estancar a perda de popularidade do mandatário diante do aumento de mortes por Covid-19 e pela lenta evolução na imunização no país.
Logo após Lula fazer pronunciamento em que criticou Bolsonaro por sua atuação durante a pandemia, outro filho do mandatário, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), pediu para que seus seguidores no aplicativo Telegram compartilhassem até viralizar uma imagem de seu pai com a mensagem «nossa arma é a vacina».
Bolsonaro criticou durante meses a Coronavac, o principal fármaco na imunização em curso no Brasil, fez pouco caso da importância da vacinação e segue defendendo remédios sem eficácia contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina e a ivermectina.
Em outubro de 2020, o presidente chegou a afirmar que não compraria «a vacina chinesa do Doria», em referência à origem do laboratório que desenvolveu a Coronavac e à participação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na importação e na negociação para produção da Coronavac pelo Instituto Butantan.