Brasil | Ministro del STF rechaza el pedido de Bolsonaro para anular confinamientos regionales
Brasil: la Corte Suprema rechazó la petición de Bolsonaro de anular los confinamientos
La Corte Suprema de Brasil rechazó este martes la petición presentada por el presidente Jair Bolsonaro de impedir que los gobiernos regionales y municipales impongan medidas restrictivas para intentar frenar el avance del coronavirus en momentos en que el país vive el peor momento de la pandemia.
El magistrado Marco Aurelio Mello, el decano entre los once miembros del Supremo Tribunal Federal, negó en una medida cautelar que las decisiones adoptadas por los gobiernos regionales o municipales sean inconstitucionales y, por lo mismo, rechazó suspenderlas.
Bolsonaro, líder de la negacionista ultraderecha brasileña, alega que las medidas restrictivas como los confinamientos y los toques de queda, por provocar desempleo y hambre, tienen peores efectos que la propia pandemia.
La Presidencia de la República presentó el pasado viernes un recurso ante el Supremo pidiendo que se declararan inconstitucionales las medidas adoptadas por las Gobernaciones para intentar restringir la circulación de personas.
La decisión del magistrado mantuvo en vigor decretos que, entre otros asuntos, impusieron toques de queda nocturnos y prohibieron provisionalmente el funcionamiento de todas las actividades, con excepción de las esenciales.
Pese a que la petición se refería concretamente a decretos para promover el distanciamiento social anunciados pocos días antes por los gobernadores de Río Grande do Sul, Bahía y Brasilia, el recurso, en caso de que la máxima corte lo hubiera aceptado, se habría extendido a todas las medidas de gobiernos regionales y municipales para restringir la movilidad e intentar frenar la pandemia.
Ante la falta de una medida nacional y de una orientación de la Presidencia, la mayoría de los gobernadores y alcaldes del país han anunciado en los últimos días medidas para intentar restringir la movilidad en momentos en que Brasil se acerca a las 300.000 muertes por covid y supera los 12 millones de contagios.
Brasil, el país que más ha registrado muertes y casos de la enfermedad en la última semana, es el segundo en el mundo con más víctimas y contagios desde el inicio de la pandemia, superado tan solo por Estados Unidos.
En su petición ante la Corte Suprema, Bolsonaro alegó que las medidas eran inconstitucionales porque solo podían haber sido impuestas mediante leyes aprobadas por los legislativos regionales y no mediante decretos ejecutivos.
«Son medidas dictatoriales», propias de un «estado de sitio», sostuvo el líder de la ultraderecha brasileña, quien dijo que «el terreno fértil para las dictaduras son el hambre y la pobreza».
También advirtió de que las Fuerzas Armadas no intervendrán para imponer el cumplimiento de las medidas de las autoridades locales.
En su sentencia de rechazo, Mello aclaró que tanto la Presidencia como los gobernadores y los alcaldes tienen competencia para adoptar medidas para enfrentar la pandemia.
El magistrado alegó igualmente que, en un régimen democrático, es «impropia la visión totalitaria» de quien quiere asumir todos los poderes exclusivamente.
«Ante los aires democráticos que vivimos, es impropio, a todos los títulos, tener una visión totalitaria. Al presidente de la República le corresponde el liderazgo mayor y la coordinación de los esfuerzos que buscan el bienestar de los brasileños», afirmó el magistrado en su sentencia.
Dijo igualmente que las medidas restrictivas impuestas por gobernadores tienen como base la jurisprudencia ya establecida por el Supremo en 2020 y que concede autonomía a los gobiernos regionales y a los municipales para adoptar medidas destinadas a enfrentar la pandemia.
Mello también citó un error de procedimiento en su sentencia y aclaró que no le corresponde al presidente de la República directamente, y sí a la Abogacía General de la Unión, presentar ante la Justicia peticiones para que se defina la constitucionalidad de alguna norma.
Bolsonaro dá posse a Marcelo Queiroga em cerimônia fora da agenda
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu posse, no final da manhã desta terça-feira (23), ao novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga.
Por causa de pressão do bloco do centrão, a cerimônia ocorreu no gabinete da Presidência da República, sem a presença de convidados e da imprensa e sem constar na agenda oficial.
A decisão se deveu ao movimento iniciado desde o final de semana por integrantes do centrão de convencer o presidente a indicar outro nome para o posto.
A expectativa é de que a nomeação seja publicada em edição extra do Diário Oficial da União, que deve também incluir o remanejamento do general Eduardo Pazuello para chefiar o PPI (Programa de Parcerias e Investimentos).
Com a demora de Queiroga em se desvincular de uma clínica da qual era sócio, o bloco partidário chegou a sugerir a ministros palacianos que reconsiderassem as indicações dos deputados federais Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), o Doutor Luizinho, e Ricardo Barros (PP-PR).
Além disso, segundo assessores palacianos, a posse às pressas também teve como objetivo evitar cobranças das cúpulas do Legislativo e do Judiciário em reunião marcada para quarta-feira (24).
A falta de uma definição em meio à escalada de mortes é uma das reclamações que seria levada ao encontro pelas cúpulas do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
A decisão de fazer uma posse discreta não foi bem avaliada por integrantes do próprio governo, sobretudo da cúpula militar. A avaliação deles é de que Bolsonaro deveria ter aproveitado a cerimônia para sinalizar uma mudança de postura do governo federal em relação à crise de saúde.
Em entrevista à coluna Painel, publicada nesta terça-feira, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que a demora na efetivação da troca é «um erro do governo». «Deveria ter tomado posse na semana passada, espero que isso se resolva amanhã (23)», declarou.
O PPI hoje está sob o guarda-chuva do ministro Paulo Guedes (Economia). A ida de Pazuello deve coincidir com a transferência do programa de privatizações para a Secretaria-Geral, do ministro Onyx Lorenzoni (DEM), numa nova derrota para Guedes. Onyx já teve o programa sob sua supervisão quando ele esteve vinculado à Casa Civil.
Saúde informou que seis estados são os mais críticos para falta de oxigênio, diz PGR
O Ministério da Saúde informou, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, que seis estados estão em situação crítica para falta de oxigênio hospitalar: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte.
O relato do Ministério da Saúde diz ainda que estão em uma situação não tão grave, mas em estágio de atenção, os seguintes estados: Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Representantes do ministério e da PGR se reuniram para discutir ações de combate à pandemia de Covid-19. Ainda segundo a PGR, o ministério tem monitorado os níveis do oxigênio hospitalar em todo o país.
Nas últimas semanas, o Brasil tem vivido a fase mais grave da pandemia. O número de novos infectados e de mortos vem batendo recordes negativos diariamente. O sistema de saúde dos estados está cada vez mais sobrecarregado e a ameaça de falta de oxigênio hospitalar, como ocorreu em janeiro em Manaus, preocupa autoridades e pacientes.
De acordo com a PGR, uma medida discutida na Saúde é aumentar a produção de cilindros e instalar concentradores de oxigênio em diversos locais, que funcionarão de forma parecida com miniusinas.
O governo também cogita concentrar na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os dados de consumo de oxigênio em todo o país.
No encontro, representantes da White Martins, uma das principais empresas fornecedoras do gás hospitalar, afirmou que, em alguns estados, a demanda chegou a subir 300% nos últimos dias.