Brasil | Gobernador de San Pablo decreta fase de emergencia y afirma que el país «está colapsando»

Foto: Michel Dantas / AFP
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“Llegamos al momento más crítico”: Sao Paulo impone toque de queda y suspende el fútbol ante posible colapso

Sao Paulo, el estado más poblado y rico de Brasil, endureció todavía más las restricciones de movilidad y determinó este jueves un toque de queda nocturno, la suspensión de las celebraciones religiosas y de los eventos deportivos, entre ellos el fútbol, ante un posible colapso de su sistema sanitario por el agravamiento de la pandemia de coronavirus.

La decisión, que estará vigente entre el 15 y 30 de marzo, fue anunciada en una rueda de prensa por el gobernador paulista, Joao Doria, después de que el estado registrara esta semana un récord de 517 muertos en 24 horas en lo que calificó como el “momento más crítico” de la pandemia.

“Llegamos al momento más crítico de la pandemia, nuestros hospitales están llegando al limite máximo de ocupación (…) Brasil está colapsando y si no frenamos el virus, lo mismo pasará en Sao Paulo”, advirtió Doria.

La medida también incluye una recomendación para que las escuelas reduzcan “al mínimo necesario” las actividades presenciales y adelanta para marzo los festivos previstos en abril y octubre.

El estado de Sao Paulo, con 46 millones de habitantes, se encuentra desde el pasado 6 de marzo en la llamada fase roja, en la que solo están autorizados a funcionar los servicios esenciales, entre los que figuraban, hasta ahora, los templos religiosos y las escuelas.

Sin embargo, la Gobernación decretó una “fase de emergencia” debido a que el sistema de salud paulista, uno de los más avanzados de Brasil, se encuentra al borde del colapso, en medio del exponencial aumento de los casos, muertes y hospitalizaciones a raíz de la covid-19.

Este jueves, Sao Paulo contabilizaba un total de 20.976 personas ingresadas por complicaciones de la enfermedad, de las que 9.184 se encuentran bajo cuidados intensivos, un récord que ya se renueva por vigésimo día consecutivo.

“En cuidados intensivos, tenemos un número que es un 47 % mayor que el registrado en el pico de la primera ola de la pandemia”, señaló el secretario de Salud del estado, Jean Gorinchteyn.

Sao Paulo es uno de los epicentros de la pandemia en Brasil, con 63.010 decesos y más de 2,16 millones de infectados por el coronavirus.

En los últimos 7 días, el número de muertos se elevó un 12,3 % con respecto a la semana anterior, mientras que la cifra de contagiados subió un 12 % en el mismo periodo.

Una de las mayores preocupaciones de las autoridades es el avance de nuevas variantes del coronavirus, que apuntan a ser más transmisibles y letales que la original.

“Hoy, en muchas unidades de cuidados intensivos, un 50 % de los pacientes son menores de 50 años, es decir más jóvenes están siendo comprometidos, muchos en estado grave”, destacó Gorinchteyn.

La “fase de emergencia” también aumenta las restricciones en 14 actividades económicas y establece además la obligatoriedad del teletrabajo en todos los sectores administrativos no esenciales, ya sea en el servicio público o privado, además de mantener el toque de queda entre las 20.00 horas y 5.00 horas de la mañana siguiente.

El coordinador ejecutivo del centro de contingencia de la covid-19, Joao Gabbardo, alertó de que si el estado no consigue implementar esas medidas y aumentar el aislamiento, “mucha gente va a morir”.

“Personas con el mejor plan de salud (van a morir). No va a haber camas en los hospitales privados, gente con mucho dinero en la cuenta morirá, así como trabajadores autónomos y gente de la clase media. No va a haber cama para todo el mundo”, enfatizó.

Brasil, con unos 210 millones de habitantes, atraviesa la fase más mortífera desde el inicio de la pandemia y viene registrando récords diarios de muertes.

Este miércoles, el país rebasó por primera vez los 2.000 decesos diarios y llegó a 270.656 fallecidos, con 11,2 millones de contagiados.

El Comercio


Estado de São Paulo entra na ‘fase emergencial’; templos fecham e futebol para

O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira 10 um conjunto de medidas mais restritivas para conter o avanço da Covid-19. Todo o estado entra, a partir da segunda-feira 15, na chamada ‘fase emergencial’ do plano de enfrentamento à doença, com duração mínima de 15 dias.

A gestão de João Doria (PSDB) decidiu fechar templos religiosos e interromper o Campeonato Paulista de futebol, além de outros eventos esportivos. As mudanças foram anunciadas em entrevista coletiva concedida pelo governador no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.

“Estou bastante triste, mas a nossa prioridade é preservar as pessoas”, disse Doria, antes de exibir um vídeo que mostra uma situação dramática em hospitais paulistas. Nesta quinta, o estado registra 87,6% de ocupação de leitos de UTI (86,7% na Grande São Paulo, que inclui a capital), com 9.184 pacientes internados nessas unidades.

A ‘fase emergencial’ aumenta as medidas restritivas em 14 atividades. Além disso, estão proibidos serviços de retirada (take-away) de todos os setores; o funcionamento de lojas de materiais de construção; celebrações religiosas coletivas; e atividades esportivas coletivas.

Haverá, ainda, um toque de recolher entre 20h e 5h e a proibição do uso de praias e parques.

Mais cedo, Doria havia publicado um vídeo nas redes sociais em que antecipou a decisão de adotar ações mais duras com o objetivo de cortar a disseminação do novo coronavírus. “Teremos que adotar medidas ainda mais restritivas de distanciamento social para diminuir a circulação do vírus no estado de São Paulo. É a única forma para tentarmos, neste momento, conter a aceleração das mortes e evitar que tantas famílias sejam devastadas”.

“Não é fácil tomar essa decisão, uma decisão impopular, difícil, dura. Nenhum governante gosta de parar atividades econômicas.”

Carta Capital


Bolsonaro: ‘Até quando podemos aguentar esta irresponsabilidade do lockdown?’

Um dia após ensaiar um tom mais moderado, usando máscara e fazendo uma defesa mais amena de procedimentos ineficazes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar governadores que estão adotando medidas restritivas para tentar conter a disseminação do novo coronavírus.

Em audiência virtual com pequenos e micro empresários, ao lado do ministro Paulo Guedes (Economia), nesta quinta-feira (11), o presidente disse que «lockdown não é remédio» e que governadores que restringem serviços em seus estados estão encampando uma luta pelo poder.

«Até quando nós podemos aguentar esta irresponsabilidade do lockdown? Estou preocupado com vida, sim «, questionou Bolsonaro.

«Até quando nossa economia vai resistir? Que se colapsar, vai ser uma desgraça. Que que poderemos ter brevemente? Invasão a supermercado, fogo em ônibus, greves, piquetes, paralisações. Onde vamos chegar?»

Ele citou dois governadores que adotaram medidas do tipo –seu às vezes aliado Ibaneis Rocha (MDB-DF) e seu adversário declarado João Doria (PSDB-SP).

«Nós aqui buscamos salvar empregos e, na ponta da linha, um ou outro, como o de São Paulo, por exemplo, vai para a destruição», afirmou Bolsonaro, logo após Doria anunciar uma «fase emergencial» mais dura de seu plano de combate à pandemia.

O presidente se queixou das medidas de restrição «até para cancelar o futebol», novamente aludindo a medidas anunciadas por Doria.

«Ficamos praticamente um ano em lockdown. E começamos este ano, como estamos vendo em alguns estados no Brasil, novas medidas seriamente restritivas. Até para cancelar o futebol», disse Bolsonaro.

Para o presidente, a adoção de medida restritiva tem apenas uma consequência, que, para ele, é «transformar os pobres em mais pobres».

«Sou preocupado com vidas, antes que peguem um extrato da minha conversa, alguém, e publique nos jornais como se fosse o presidente sem coração. Mas, como sempre disse, a economia e a vida têm que andar de mãos dadas.»

Jair Bolsonaro disse que, no DF, onde está em vigor um toque de recolher entre 22h e 5h, «toma-se medida, por decreto, de estado de sítio».

O presidente disse ouvir das pessoas que elas querem trabalhar. «Quem é que rema contra isso daí? Com que intenção? Não vou falar que não tem coração, que coração já demonstrou que não tem. Agora, tem uma tremenda ambição. Parece que tem gente que está lutando pelo poder e só consegue atingir a figura do presidente da República se continuar tomando medidas como essas. Porque ainda grande parte do que acontece no Brasil o pessoal culpa o presidente», afirmou.

«Isso eu não posso admitir que continue acontecendo. Porque eles não querem salvar vidas, eles querem é poder», afirmou sem citar nomes.

Bolsonaro afirmou não estar fazendo um desabafo e que, para ele, seria «muito fácil adotar uma política semelhante à que alguns estão adotando e suprimindo cada vez mais liberdades individuais, que parece que não são mais garantidas pela Constituição, em troca de continuar presidente sem dor de cabeça, apenas lamentando».
«Eu não tenho que lamentar, eu tenho que agir. Agir defendendo as pessoas infectadas, lutando por vida, dando esperança para estas pessoas», afirmou.

O presidente voltou a defender o tratamento precoce com medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente ou com a ineficácia já atestada pelos cientistas.

Na tentativa de se livrar das críticas de ineficiência no combate à pandemia, Bolsonaro listou ações do governo ao longo do último ano.

«A acusação de negacionista, terraplanista, genocida não cola», disse o presidente.

O Tempo


Pazuello diz que Brasil não terá colapso na Saúde e reduz pela quinta vez previsão de vacinas para março

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou, na quarta-feira (10), que o sistema de saúde brasileiro «não colapsou, nem vai colapsar». A fala foi proferida no mesmo dia em que o país perdeu 2.349 vidas para a Covid-19, o maior número de mortes em 24h desde o início da pandemia. A declaração de Pazuello também é o contrário do que dizem secretários de Saúde, prefeitos e governadores ao redor do país .

Na semana passada, o jornal «Valor Econômico» noticiou que pessoas no entorno do ministro previam que o Brasil teria 3 mil mortes diárias pela Covid em março.

Ainda na quarta-feira (10), Pazuello afirmou, também, que o Brasil receberia, neste mês, de 22 a 25 milhões de doses de vacinas, «podendo chegar a 38 milhões». A quantidade é menor do que a última previsão divulgada pelo Ministério da Saúde, no dia 6 de março, de 30 milhões de doses. A redução é a quinta feita nas previsões de doses a serem entregues no mês de março.

Até agora, o Brasil aplicou 9 milhões de doses de vacina – o equivalente a 11,7% da população em grupos prioritários. Só 3,1 milhões de pessoas receberam ambas as doses de algum imunizante.

Recordes de mortes e colapso nos estados

Depois de registrar, em fevereiro, o 2º maior número de mortes mensais desde o início da pandemia, o Brasil teve quatro recordes de mortes vistas em 24h só no mês de março. O primeiro foi no dia 2, quando 1.726 pessoas perderam a vida para a Covid.

No dia seguinte, mais 1.840 pessoas morreram pela doença, outro recorde diário. Os últimos dois picos foram vistos na terça (9), com 1.954 mortes, e na quarta (10), com 2.349 óbitos.

O colapso na Saúde que Pazuello afirmou que o país não teria também está acontecendo, segundo afirmações feitas por prefeitos, governadores, secretários de Saúde municipais e estaduais e profissionais na linha de frente. Dados de internações em UTIs também levaram a Fiocruz a dar «alerta crítico» para 20 estados.

Alguns estados já tiveram que alugar contêineres e abrir covas para acomodar os mortos pela Covid-19.

Veja algumas situações ao redor do país:

No estado de São Paulo, ao menos 30 pessoas com Covid haviam morrido na fila por vagas de UTI até o dia 9. Com o ritmo atual de internações e de criação de novos leitos, o sistema de saúde estadual pode chegar ao colapso em 25 dias.

Em Salvador, o secretário de Saúde alertou que a cidade vai entrar em colapso até a manhã de sexta (12). O dono de uma funerária também disse que «vai entrar em colapso» devido à alta na demanda. O governo da Bahia já alugou contêineres para armazenar corpos e ampliou o número de vagas em cemitérios.

Recife também teve que abrir novas covas e ao menos um hospital já alugou um contêiner para armazenar os mortos. Uma urgência pediátrica foi fechada para abrigar leitos de Covid-19.

Em Divinópolis (MG), o secretário de Saúde afirmou que evita falar em colapso, mas que o município está ‘próximo disso’.

Em Teresina, as UTIs atingiram 100% de ocupação no dia 9. O presidente da Fundação Municipal de Saúde afirmou que a demanda por leitos estava maior do que a capacidade local de abrir mais vagas. Um especialista fala em colapso no Piauí.

No Rio Grande do Norte, o secretário estadual de Saúde disse que o estado vive «um momento trágico» na pandemia.

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estão com mais de 90% da capacidade das UTIs esgotadas. No Rio Grande do Sul, a capacidade está acima de 100% desde 2 de março.

No Paraná, 42 Unidades Básicas de Saúde (UBS) serão fechadas e transformadas em pronto-atendimento, enquanto as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) passam a atender como unidades de internação para Covid-19.

Em Santa Catarina, pacientes chegaram a ser transferidos para o Espírito Santo, mas o serviço terá que ser suspenso após aumento de hospitalizações no outro estado.

No Distrito Federal, pacientes com Covid-19 foram deixados no corredor de um hospital com as enfermarias lotadas. Profissionais de Saúde relataram a falta de profissionais e material nos hospitais; o chefe da Casa Civil alertou para a falta de leitos.

No Amapá, o maior hospital do estado atingiu 100% de ocupação de UTIs no dia 7. O Ministério Público pediu abertura de mais leitos.

No mesmo dia, Mato Grosso tinha 59 pessoas à espera de UTI e pediu ajuda a outros estados para transferir pacientes. Na noite de quarta (10), eram 68 pessoas na fila por um leito intensivo.

G1


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